11. Jogo

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Lutsie Lancaster

— Você acha mesmo que eu vou fazer isso? — ele indagou, me olhando.

Pois se não fizer eu quebro ele no soco, e ele também não tem muitas opções.

— Você tem duas opções. — declarei. — Ou você faz, ou seu circo desmorona.

"De longe falam alto, mas de perto tão pequeno" Karol whit K que me ensinou, amor.

— Eu simplesmente não aguento mais olhar pra essa sua cara. — ele proferiu, me olhando feio.

Pois eu só tenho essa, querido.

— Acha mesmo que eu queria estar aqui olhando pra sua? — indaguei. — Não mesmo, prostitutinho.

— Para de me chamar assim! — esbravejou.

TA GRITANDO PORQUÊ?

— Comigo você fala baixo. — eu ordenei.

Comigo você nem fala, só obedece.

Seu semblante mudou de irritação, para serenidade.

Saquei... Ele é bipolar, claro!

— Se eu fizer o que você quiser, eu ganho algo além de não ser entregue? — seu olhar malicioso entregou a intenção da pergunta.

— Além de não ser espancado também? — indaguei. — Não.

— Vou te fazer mudar de ideia. — ele se virou, voltando até a porta.

— Onde pensa que vai? — questionei.

Tá achando que vai fugir assim fácil é? Vai não.

Se ele acha que vai fugir de arrumar esse cabaré, ele tá muito enganado.

— Estou indo buscar as coisas pra arrumar o quarto. — ele diz simples.

Uma ideia maligna surgiu na minha cabeça.

Ele tá com a cópia da chave do meu quarto, e não quer devolver...

— Me dá a chave do seu quarto. — proferi.

ele se virou para me olhar.

— O que? por que você quer a chave do meu quarto. — indagou.

— Você tá com a chave do meu quarto, e eu sei que não vai me devolver. Nada mais justo do que eu ter a sua. Ou você simplesmente me devolve.

Eu achei que ele iria me devolver a chave do meu quarto simples assim, mas ele simplesmente me jogou a chave do quarto dele.

Ele bate bem da cabeça?

Eu vou fazer o que com essa caraia? Eu queria que ele tivesse neurônios e negasse e me devolvesse a minha, mas ele é meio idiota da cabeça.

Como que ele simplesmente me dá a chave do seu quarto? Ele é maluco?

Mas pelo menos se ele tentar fugir, eu apareço bem bonita lá no cabaré particular dele.

Até porque essa aqui tava mais pra cabaré público.

Ele saiu do quarto, e então eu puxei meu telefone do bolso, e encaminhei as fotos do quarto para um grupo com as meninas.

Eu tenho certeza que ter um grupo com mais duas amigas deve ser lei. E o pior, o nome do grupo era sempre algo muito estranho.

O nome do nosso era: "Procura-se velho rico"

poucos segundos depois meu celular começou a vibrar desesperadamente.

The ValentinneOnde histórias criam vida. Descubra agora