CAPÍTULO 41

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Song-i estava mais que entusiasmada ao descobrir que o filho estava enfim dando uma chance ao amor. Ela quase flutuava com cada resposta às suas perguntas eufóricas, sendo contida pelo esposo que desceu as escadas correndo quando ouviu seus gritos.

— Ah, isso é tão maravilhoso! — Exclamou ela, batendo palmas. — Vocês formam um casal adorável. Eu é que estou me sentindo adorável com isso...

Todos riram, até mesmo Ellen, que pôde aliviar um pouco a tensão de seus ombros.

— Há quanto tempo vocês...

— Querida, o Diego. — Jun-ho interrompeu, lembrando que deveriam tratar de algo mais urgente agora. — Ele não deve estar muito bem...

— Bom, pelo menos assim ele aprende a não encher a cara. — Ela bufou, revirando os olhos. Encarou Thomas e a namorada por alguns segundos antes de socorrer o caçula grunhindo no banheiro. — Quero conversar mais com vocês, tá?

— Ok, mãe. — Tom sorriu, coçando a nuca. Sentindo o rosto esquentar quando a irmã escorada ao batente da porta lançou um sorriso provocativo. — Mari, serve o café da manhã. Eu vou ajudar a mãe e o pai com o Diego...

Ellen engoliu em seco, olhando de soslaio o namorado e sendo arrastada pela cunhada para a cozinha antes que pudesse falar qualquer coisa. Mariana percebeu os olhos perdidos de Ellen, sorrindo de forma amigável enquanto se sentavam à mesa.

— Então vocês se conheceram no museu? — Indagou, soltando uma risadinha quando Ellen balançou a cabeça afirmativamente. — Agora tudo faz sentido.

Ellen franziu a testa, piscando algumas vezes. A irmã de Tom empurrou o prato com torradas na direção da cunhada, apoiando o cotovelo sobre a mesa e o rosto na mão.

— Não se assuste, eu consegui perceber que tinha alguma coisa diferente nele. Na verdade, acho que todo mundo percebeu, mas a gente fingiu que não.

— Ah...

Ellen mordeu os lábios, sorrindo de lado e virando o rosto na direção de Thomas conversando com os pais e o irmão agora na sala de estar, depois de ele ter se recuperado minimamente. Pela expressão deles, Diego estava levando uma bronca múltipla por ter sido tão infantil na noite anterior. E provavelmente ele não esqueceria daquilo tão cedo, ainda mais por agora ser forçado a voltar para a casa dos pais caso não fosse continuar na faculdade ou arrumar um emprego. Parecia extremo para um jovem maior de idade, mas um número não significa nada quando não se tem responsabilidade e muito menos dinheiro para si mesmo. E o irmão caçula da família não tinha nenhum dos dois.

— Está decidido, Diego. — Jun-ho falou sério, encarando o filho. — Nós não vamos encorajar um comportamento assim, nem mesmo você já sendo adulto. Você poderia ter se metido em uma confusão maior, sabe disso. Se você quer ser tratado como um adulto, haja como um.

— Eu sinto muito.

— Arrume suas coisas. Vamos embora depois do almoço. — Ele continuou, engolindo em seco. — Pelo menos enquanto você estiver lá, você tem mais tempo pra pensar no que quer da vida e não deixa ninguém preocupado.

— Hoje? Mas pai, eu...

— Você ouviu o seu pai, Diego. E nem pense que vai ter moleza quando chegarmos lá, ok? — Song-i semicerrou os olhos, cruzando os braços. — E trate de se comportar. Porque se eu pegar você se entupido de cigarros, eu te bato até você chegar no espaço!

— Mãe...

— Eu acho bom você obedecer a mãe, Diego. — Tom comprimiu os lábios, cruzando os braços.

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