Capitolo primo: Prologo

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Era uma noite agitada em um hotel cinco estrelas em Richmond, capital da Virginia.

Naquela noite, haviam alguns hóspedes ilustres pelo hotel, que participariam de uma conferência sobre um filme que lançaria na cidade.

Era fim da carreira de uma atriz renomeada da Itália.

A porta da área de serviços, foi aberta bruscamente; um homem, emanando superioridade, apontou o dedo para três camareiras que estavam descansando e as obrigou a se levantarem.

— Você, você e você! Venham comigo! – Disse o gerente, com arrogância, as apressando.

As meninas se entreolharam confusas e as seguiram de imediato. Elas sabiam que, não tinham o direito de recusar a ordem, pois precisavam muito daquele emprego.

O homem, então, as olhou enfurecido e logo deu sua ordem.

— Kate, você está responsável pela área da piscina. Consuelo, você cuidará dos corredores e lembre-se, nada pode estar sujo. Já você Cecília, o quarto principal é seu.

— Por que ela? – Cogitou Kate, torcendo os lábios.

— Porque, se você tivesse feito o seu trabalho direito, eu não teria que estar trocando toda equipe nesse momento. Por favor, apressem-se, uma celebridade está hospedada lá! – Respondeu Arnold, saindo em seguida.

As três meninas, entraram juntas no elevador indo até o último andar. Assim que as portas metálicas se abriram, Cecília saiu, sem olhar para trás.

Ela estava com pressa para cumprir sua obrigação e voltar logo para casa, para descansar. Já faziam mais de doze horas que ela estava trabalhando direto.

Cecília, passou o cartão de acesso na porta e entrou, se assustando com tamanha bagunça que encontrou na suíte. Haviam roupas jogadas pelo chão, garrafas de bebidas em cima da mesa, junto a restos de comidas e até mesmo sujeiras no carpete.

— Que sujeira! – Resmungou ela, respirando fundo pela exaustão.

Em seguida, Cecília foi direto para as portas de vidro da varanda, as abrindo para que o lugar ventilasse.

Ela se sentiu enojada pelo mau cheiro e desrespeito; como os ricos poderiam fingir ser educados perante as televisões, quando, na verdade, eles eram piores que porcos?

Esse era o pensamento de Cecília.

A garota, colocou seu par de luvas de borracha e abriu os sacos de lixo, limpando tudo o que havia de sujo no lugar. Ela já era acostumada com aquele tipo de trabalho, foi o que ela conseguiu depois da morte de sua avó e se dedicava a ele.

Cecília sempre sonhou em ter boas condições, para dar uma vida melhor para sua avó, por isso ela fazia o seu melhor em tudo o que conseguia. Pena que, a mais velha partiu antes da hora, também como os pais da garota.

Cecília olhou incrédula para aquela desordem e recolheu as roupas do chão, as dobrando e colocando em cima da cama. A hóspede daquele quarto não estava lá e provavelmente, voltaria em breve.

Ela, então, colocou seus fones de ouvido e começou a ouvir uma música animada, enquanto continuava com o trabalho.

Em menos de uma hora, Cecília já havia limpado os carpetes, as janelas, trocado os forros da cama, deixando apenas o banheiro para o final.

Cecília havia reparado que, os produtos de limpeza que ela havia levado já haviam acabado. Ela, então, decidiu sair para buscar mais, voltando em seguida e dessa vez com o carrinho de limpeza.

Assim que ela destravou a porta e entrou, alguém já estava a esperando.

— Senhora, me desculpa! – Disse Cecília, abaixando a cabeça.

DESCEDENTES DA MÁFIA- A NOIVA DO CHEFE.Onde histórias criam vida. Descubra agora