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Eu estava.... meu Deus, não poderia ser eu, eu estava linda mas mesmo assim entrei em desespero.

-QUE MERDA ACONTECEU COMIGO?- Falei e todos que estavam ao meu redor se assustaram e fizeram quela onde de "ooooo".

-Você virou Poustran- Falou Michael com uma voz calma.

-Nossa! E agora? O que eu vou falar ao Dracke? Que eu virei outra pessoa do nada? minha aparência mudou totalmente! não sou eu aqui! como eu vou falar ao Dracke que eu virei uma maluca que pintou o cabelo de verde, eficou com os olhos vermelhos? além desse corpo? meu Deus onde eu arranjei tanto corpo?

-Calma Kathe, a gente inventa alguma coisa!- Falou Kalaya.

-Não tem o que inventar Kalaya! eu tô mentindo pro Dracke inventando histórias e eu não sei se ele vai acreditar em mais uma!- Falei.

-Ta, eu não tenho mais o que te falar então só peço que você se acalme e vá na grande árvore, Fauno quer falar com você- Falou o Michael.

-PROBLEMA DELE!- Levantei e saí correndo dali, entrei em meio a muitas árvores até que achei um lugar bem distante e com sombra, comecei a chorar, me sentei no chão encostada em uma árvore, abracei os joelhos e comecei a chorar e a me lamentar.

-Porque merda eu entrei nessa história toda? bem que aquele maluco do medo e todos os outros me avisaram, isso não é pra mim, na verdade é só que... eu não aguento mais aceitar tudo! eu me desgasto demais com isso, eles não tem parentes nem amigos nem família, eu tenho o Dracke, ele é a pessoa mais importante da minha vida e no momento minha única família, e agora? o que eu vou falar a ele? como se tudo isso que eu estou passando fosse racional.

Falei e encostei a cabeça na árvore, lembrei de minha mãe e meu pai, eu sei o que minha mãe me diria "Faça aquilo que lhe deixará em paz, que quando você colocar a cabeça no travesseiro não se culpe por não ter feito" meu pai ja diria o contrario "faça as coisa por você, não pelos outros, ninguém merece seu esforço além de você mesmo".

Eles foram os melhores pais do mundo, tão bons que deram suas vidas por nós, estávamos todos os quatro de carro indo para a praia.

*INÍCIO DO FLASHBACK*

Mamãe estava dirigindo enquanto papai resolvia umas coisas da empresa no telefone, o Dracke estava dormindo com a cabeça no meu ombro e eu estava mexendo no celular.

-Não quero saber! eu ja disse que quero esse dinheiro na minha conta até manhã eu eu corto os vínculos da minha empresa com a sua!- Papai esbravejou falando no telefone e desligou na cara de quem quer que seja que ele estava falando, se virou para nós e sorriu eu devolvi o sorriso e ele voltou a olhar para frente.

-Daniel, nossos bebês são lindos né?- Falou mamãe rindo e eu falei.

-Bebês dona Mônica? sei disso não- Ela e o papai riram.

Ficamos mas alguns minutos conversando e rindo até que um caminhão apareceu do nada tentando fazer uma ultrapassagem, mamãe tentou desviar jogando o carro para o lado mais o caminhão acabou colidindo com uma ponta do fundo do nosso carro, fazendo ele capotar e bater contra um poste, eu não sei se desmaiei ou se só fechei os olhos por um longo tempo, quando abri os olhos o carro estava virado e senti um cheiro enorme de gasolina, o Papai estava ja fora do carro tentando puxar o Dracke que estava em cima de mim, quando ele tirou o Dracke eu vi que estava presa no cinto e que ele não queria abrir, o carro ia explodir, mamãe tentou afrouxar o cinto para eu sair, e conseguiu , mas mamãe ainda estava dentro do carro e papai tinha entrado para me tirar, quando eu saí o carro explodiu, e assim morreram as melhores pessoas do mundo.

*FIM DO FLASHBACK*

Eu comecei a chorar, e senti uma mão no meu ombro, imaginei que fosse o Michael ou a Kalaya e falei.

Os quatro contos proibidos (primeiro conto)Onde histórias criam vida. Descubra agora