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Michael On.

"É agora" pensei, me levantei do lugar onde eu estava, era um sótão, ou não sei o que era, mas era muito arrumado para um sótão, tinha sofás uma televisão, e uma geladeira, tinha também uma pequena janela, com uma cruz de madeira no meio, o vidro era muito grosso, sem chances de eu quebrar, examinei todo o local, e já estava pronto para começar.

-Aaah! Minha barriga! Por favor me ajudem!- Gritei alto o bastante para dar a ouvir até de longe da casa.

-Estamos indo!- Gritaram lá de baixo, com certeza esses não herdaram a minha inteligência.

Eu me joguei no sofá e comecei a me contorcer de uma dor falsa, logo chegaram e abriram uma portinha que saia do chão, dois de mim chegaram e se sentaram ao meu lado.

-O que você está sentindo?- perguntou um deles que apelidarei de 1

-Não sei! Uma dor estranha e forte na barriga, aah como dói!- Falei

-Como podemos te ajudar?- Falou o número 2

-Pegue água para mim- Falei.

-Na geladeira tem- Falou o número 1 e o número 2 caminhou até a geladeira.

-NÃO! Quer dizer, não tem água ai, bebi toda- Falei.

-Ah, vou pegar lá em baixo- Falou o número 2 saindo do sótão.

Eu fiz menção de vomitar e pedi para o número 1 ir correndo pegar um balde, quando ele saiu, esperei três segundos e sai, desci as escadas, a casa era enorme, não sabia por onde saia, mas agora eu tinha que me esconder.
Rodei um pouquinho e logo ouvi passos se aproximando, minha salvação brilhou na minha frente, um quarto, com um baú grande, quando eu o abri tinha uma colcha enorme e grossa de algodão, puxei a colcha e deitei lá, coloquei ela em cima de mim e fechei o baú, no mesmo momento ouvi.

-ELE SUMIU!!

Comecei a ouvir dois passos correndo pela casa e comecei a ajeitar ainda mais a colcha em cima de mim tentando deixar ela perfeita, ouvi Passos no quarto e deixei meus movimentos mais rápidos, porém sem emitir barulho, logo ouvi os passos se aproximando de mim e ajeitei ainda mais a colcha, pronto, perfeita.
Ele abriu o baú, não soube quem, mas logo fechou, isso! Consegui!
Ouvi duas pessoas conversando, estavam distantes mas ainda pude ouvir.

-Ele não pode ter saído da casa!- 1

-Claro que ele saiu, olhamos em todos os lugares!- 2

-Mesmo assim, chame os outros, temos que procura-lo!- 1

E assim ouvi passos para fora da casa, contei até dois, e sai, eu precisava de algo que fizesse com que eles não me identifiquem, peguei algumas roupas que vi no guarda-roupa e troquei com as minhas, baguncei o cabelo e passei um estranho perfume, guardei o anel no bolso e pronto, tinha que servir.

Saí do quarto e procurei a saída da casa, quando a achei, percebi que tinha um cara guardando ela, tentei parecer o mais normal possível e caminhei até lá.

-Licença- Falei e ele me encarou.

-De qual TUB você é?- Ele.

-A... TUB... que ta... rodando a cidade.

-Não tem nenhuma TUB rodando a cidade.

-Não?

-Você é novato né? As que rodam a cidade são chamadas de ROD.

-Ah claro, valeu, mas eu tenho que encontrar o pessoal, então se você puder me dar licença.

-Não seja formal comigo, e passa logo, o cara pode estar na casa- Falou e aproximou o rosto de meu pescoço- E pode ser qualquer um de nós.

Os quatro contos proibidos (primeiro conto)Onde histórias criam vida. Descubra agora