1. Moonlight

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NOTAS: Olá. Se você abriu esta fanfic para dar uma chance a ela, tenho algumas coisas que preciso te informar. Por favor, leia esta nota antes de prosseguir com a leitura.

A fanfic foi inteiramente escrita por mim, mas com os personagens de Sett e Aphelios de League of Legends, sem seguir a história original do universo de Runeterra. Há algumas coisas que devem ser consideradas: essa fanfic trata de temas pesados, como a depressão e suicídio. Caso algum desses tópicos seja um gatilho para ti, estarei disponibilizando, a cada vez que uma cena com esses tópicos (ou mais pesados) apareça, um aviso como esse no início do capítulo.

Eu sou autista, então não, não precisa se preocupar sobre Aphelios e Alune estarem sendo escritos por alguém que não é. Foi algo que escrevi para, sobretudo, relaxar sobre minhas experiências como Pessoa com Deficiência e, após apoio, resolvi publicar.

As raças originais de Runeterra foram mantidas pois quero brincar com as orelhas do Sett por aqui, antes que surja alguma dúvida. Para maiores explicações, Runeterra, no universo de "Limiar da Noite", é um arquipélago na América do Norte, próximo as Bahamas.

Esta fanfic está sendo publicada em outros sites. A capa está sendo feita.

TW: Menção a suicídio. Se isso te dá gatilhos, pule para o parágrafo que diz "Aphelios sentou-se na varanda [...]". Boa leitura.


*

Era mais uma daquelas noites. Com o estômago embrulhado e nada além de sua força de vontade segurando o vômito, Aphelios correu para o banheiro.

Ele desabou ali, apenas expulsando tudo que havia ingerido de seu corpo. Phel se sentia culpado de sempre tentar isso quando algo dava minimamente errado. Na verdade, se sentia culpado de viver. De existir.

Não havia nada que não doesse. Sua cabeça, sua garganta, seus pulsos, seu estômago, Aphelios por inteiro. Sentia que iria perder a consciência. Cada passo rápido que ele ouvia no corredor martelava em sua mente. Dor, dor e dor.

Ela o abraçou por trás, derramando suas lágrimas nos ombros nus de Aphelios. Ele não precisava olhar: sabia que era Alune e, em desespero, não conseguia fazer nada além de sussurrar infindos "me desculpe".


Estar livre do hospital pela sétima vez em 1 ano não era algo que Aphelios se orgulhasse. Se sentia mal por Alune, por Diana e por Leona, mas nem a Lua poderia salvar seu deprimido coração.

Sua irmã segurava sua mão enquanto eles atravessavam a rua.

— Por que você continua fazendo isso, Phel? — ela tinha a voz tremida, como quem segurava o choro. Aphelios respirou fundo e apertou a mão dela. Ele odiava ver Alune assim.

— Me perdoa. — ele disse, a voz baixa como sempre. — Eu disse isso todas as outras vezes, mas me perdoe, Alune. — bastou isso para que lágrimas escorressem do rosto dela.

— O perdão vem quando as pessoas mudam, irmão. Você não mudou. — com a voz trêmula, Alune encarava Aphelios enquanto tentava abrir o portão de casa. — Eu posso só te pedir uma coisa?

— Você pode me pedir o que quiser. Não fui um bom irmão, gostaria de poder fazer algo por ti.

— Volte a ir para a escola. Se você não voltar, vai repetir de ano novamente. — o portão se abriu, fazendo um barulho estridente que machucou as orelhas de Aphelios. Alune se soltou completamente do irmão. — Por favor, Phel. Eu sei que você não gosta, mas por favor. Você não precisa falar com ninguém, não precisa fazer nada, mas pode, uma vez na sua vida, fazer algo que eu te peço? — Ela não conseguia parar de chorar. O homem tentou abraçar sua irmã, mas ela se esquivou. Alune fechou o portão atrás deles. — Não me encosta agora, por favor. Eu não quero. Vai pro seu quarto, eu vou pro meu. Não quero conversar agora.

Limiar da Noite [SettPhel]Onde histórias criam vida. Descubra agora