17. Bound 2

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oi

capítulo mais curto hj pois iremos começar uma nova etapa em breve

na capa, uma das rosas lilases q sett trouxe (está escrito "flor", em árabe)

boa leitura!

*


Nunca havia percebido o detalhe de que a casa de Phel era roxa. O portão, porém, em contraste, era de um branco pérola. Havia também uma grande árvore que decorava a varanda. Se sentia tapado por não ter reparado nisso antes.

Inspecionou em busca de uma campainha. Embora tenha demorado alguns segundos, conseguiu encontrá-la e pressionou o pequeno botão, instaurando sua ansiedade. Batia o pé incontrolavelmente contra o calçamento, esperando que alguém o atendesse.

Esperou por alguns minutos até que o portão finalmente fosse aberto e, em sua frente, de um sorriso saudoso, a expressão de Aphelios passou para um rosto confuso e chateado.

Ele, aliás, estava lindo. Tudo bem, ele já era bonito antes, mas o azul lhe caiu como uma luva. Era tão vibrante que entrava em contraste com a personalidade soturna dele. Lindo, muito lindo. Não esperava essa cor, mas caiu tão bem que sempre pareceu estar ali.

Quando estava prestes a entrar, de forma desajeitada, Phel fechou o portão e saiu correndo para dentro de casa novamente. Conseguiu adentrar a residência antes que o portão fechasse e, com rapidez, alcançou Aphelios (o que, sinceramente, não fora difícil devido a diferença de altura e porte físico dos dois).

— Phel, olha, eu preciso conversar com você. — Sett pede, tocando o ombro do de cabelos azuis, que dá um pulo e recua, balançando a cabeça negativamente. — Preciso pedir desculpas. Por favor. — implora, as orelhas fazendo pose para decorar o seu pedido [1].

O menor parecia sem escolhas, então apenas suspirou fundo enquanto agarrou-se na porta e entrou para dentro de casa, deixando-a aberta como um convite silencioso para que o vastaya entrasse.

O ruivo sempre se surpreendia com o quão pequena, porém aconchegante, a moradia dos Lunari parecia. Aphelios praticamente o guiava pelo caminho. Subiram as escadas e não pararam de andar até entrarem no quarto do azulado, que prontamente fechou a porta e tirou seu celular do bolso. Certo, mais um monólogo. Sempre tinham um.

— Comprei para você. — estendeu o buquê, as bochechas ficando vermelhas. Em um movimento brusco, Phel pegou o objeto de sua mão e colocou na escrivaninha.

"Você não há de resolver tais problemas com flores.", escreveu, "Aprecio seu gesto, no entanto.".

— Fui um idiota por ter contado para o Kayn. — Sett suspirou fundo. — Olha, bolinho, — quando pronunciou isto, pôde ver Aphelios sinalizando muito rápido com as mãos. Mesmo que não soubesse linguagem de sinais, não poderia negar nem para si mesmo que estava sendo xingado. Engoliu seco. — a Xayah, uma amiga minha, descobriu que a gente tem... Uma coisa. — admitir aquilo em voz alta era pior ainda.

"Deixe-me adivinhar: o senhor gatinho também contou para ela?", ironizou Phel. Encarando-o um pouco mais, poderia perceber que ele estava tremendo e com os olhos um pouco inchados. Ele havia chorado?

— Não, ela ouviu a gente no banheiro. Aquela hora que a gente tava bem envolvido, tá ligado? — e, mais uma vez, recorrendo à informalidade para disfarçar o próprio nervosismo. — Aí ela contou pro Kayn e o Kayn veio me perguntar. Não teve jeito: tive que contar sobre nós. — ele coça a cabeça, envergonhado.

"O que quer dizer com 'contar sobre nós', Sett? Não temos nada e, seguindo suas atitudes, nunca teremos.", aquelas palavras foram como um tapa na cara que ele nunca recebeu, "Suas desculpas são chulas. Não vejo verdadeiro arrependimento.".

Limiar da Noite [SettPhel]Onde histórias criam vida. Descubra agora