6. Super Freak

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olá! queria dizer que escrevi a maior parte desse capítulo completamente louco de zolpidem.

na capa do capítulo, está um desenho que fiz da Morgana nesta fanfic :) nos próximos, irei pôr na capa desenhos que fiz dos personagens. não esperem muito, não sou exímio desenhista.

tw: sexo oral. nada muito descritivo.

boa leitura!

*

Uma, duas, três flexões. Quatro, cinco, seis. A contagem continua até que Sett perca o ar e o suor pingue no chão. Ele se senta, no vazio de seu quarto, encarando o relógio.

Cinco e quarenta da manhã e já havia terminado seu treino. Satisfeito, resolveu tomar um banho, uma vez que, caso não quisesse chegar atrasado - coisa que Sett não se importava -, deveria sair até, no máximo, seis e quarenta. Uma hora para se preparar para ir à escola. Ótimo.

O cheiro de café preto invadiu suas narinas aguçadas que, já devidamente vestido e banhado, adentrou a cozinha e deu um abraço por trás na sua mãe.

— Bom dia, mamis! — Sett deu um beijo em sua testa. Ela sorriu, o rosto pacífico de sempre.

— Bom dia, filhotinho. Dormiu bem? Vai para a escola hoje? Está tudo preparado? — Rina, sua mãe, não tirava os olhos do bule.

— Sim pra tudo, mamãe. O que vai ter pra merenda? — ele sentou à mesa, uma mão no queixo e outra no celular.

Rina caminhou lentamente com a garrafa de café cheia até a mesa. Às vezes, Sett ficava preocupado quando ela andava lento. Mesmo que fosse doente e mal pudesse andar, aquela vastaya sempre teimara muito. Teimara em ser forte e recusar qualquer ajuda.

— Café e pão, meu querido. Não tive dinheiro e nem forças pra comprar outra coisa, desculpe. — riu desconcertada e o garoto sentiu seu coração quebrar.

— Quarta-feira eu vou fazer meu freelancer e vou trazer dinheiro pra gente, prometo.

— Oh, Settrigh! Não precisa trabalhar tanto, sério. Fico preocupada, você sempre sai tarde... — Rina puxou a cadeira ao lado do filho, os pães em cima da mesa cobertos de manteiga.

— Perdão, mamis. Prometo que vou pedir pro chefe me liberar mais cedo hoje, ok?

— Não fale de boca cheia, isso é feio. Não são modos e não foi o que te ensinei, rapaz. — reclamou ela. Sett apenas fez uma careta.

— Perdão, mamis. — e assim, se mantiveram em silêncio durante o restante do café da manhã.

Sett odiava ir para à escola. Odiava as aulas, os professores, os alunos. Entretanto, ir todo dia fazia sua mãe feliz – e fazê-la feliz era algo que ele vinha tentando desde que seu pai foi embora e desde que, mais recentemente, repetira de ano por confusões.

Seu pai participava de rinhas ilegais (de animais ou de gente) e lutava em arenas clandestinas. Um dia, ele disse que iria trabalhar e nunca mais voltou. Rina ficou devastada e, por meses, chorou pensando ter feito algo de errado. A única coisa que ela fez de errado foi ter casado com aquele filho da puta, pensou.

— E aí, meu mano Sett! — um braço foi colocado sobre seus ombros, Sett sendo obrigado a pausar a música que tocava em seus fones. Uma olhada rápida revelou Draven, um cara que, pelo que ele sabia, repetiu a terceira série pelo menos 3 vezes.

— Fala aí, Draven. — sua resposta, curta e grossa, combinava com os sentimentos que possuía por aquele homem.

Draven era confusão. Filho de pais riquíssimos, nunca havia sequer precisado estudar. Entretanto, algo que seus pais não poderiam fazer, era evitar que ele repetisse por múltiplas faltas, então Sett teria que aguentar esse cara até que Draven, por algum milagre, passasse de ano e terminasse o ensino médio. Ou vice-versa.

Limiar da Noite [SettPhel]Onde histórias criam vida. Descubra agora