5. Crack Baby

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oi, nesse capítulo vão ter algumas descrições gráficas de peitoes masculinos estourando de gostoso, entao por favor, se nao gosta, pule qualquer cena que eu descreva o Sett. além disso, devo reafirmar que as características relacionadas a autismo do Aphelios são inspiradas nas minhas próprias, e é isso. boa leitura.

*

No carro de Alune, Aphelios se recusava a falar com ela. Sentado no banco da frente, encarava a paisagem pela janela, a música estourando nos fones de ouvido e o nariz ainda escorrendo um pouco pela recente crise. "Mitski" era sua cantora favorita para ouvir quando estava triste.

A blusa preta que usava, juntamente com a calça jeans, mostrava a gêmea, em sinais leves, que Phel só estava indo única e exclusivamente por ela – e não planejava se enturmar.

Nos bancos de trás, algumas pessoas (a quem Aphelios não decorou os nomes) conversavam com sua irmã, o tom de voz tão alto que ecoavam através da música. Sumam, ele pensou, eu não aguento mais.

O caminho até a piscina foi relativamente curto, e ele fez questão de registrá-lo para caso tivesse de fugir de alguma situação constrangedora, principalmente envolvendo Sett. Ele não queria encarar o vastaya e, sinceramente, tinha medo das perguntas que aquele homem faria para ele e ou Alune.

O céu estava azul e a água, cristalina. Isso, porém, pouco importava para Aphelios. Enquanto todos falavam alto, atordoado, ele procurou algum lugar para se esconder. Pelo pouco que sabia, aquele local havia sido alugado por hoje, então, além deles, ninguém estava ali. Vendo uma oportunidade, ele entrou na cabine do salva-vidas e se sentou de costas para a porta do local.

Uma mão tocou seu ombro e ele quase gritou, se virando para ver Morgana. Ela estava bonita: o cropped preto de couro com o short jeans combinavam bastante com o estilo dela. O cabelo, amarrado em um rabo de cavalo, revelava as mechas roxas embaixo do cabelo. Eventualmente, Aphelios aprendeu que o cabelo dela não era "tão preto que parecia roxo". Parecia assim porque ela passava tinta roxa.

"Aphelios?", ela sinalizou, "Desculpe, te vi saindo e resolvi te seguir.".

Ele pausou a música e suspirou fundo. "Pode falar com sua voz, estou ouvindo.", disse.

— Você está bem? Não está com uma cara muito boa. — ela se sentou em um canto da pequena cabine, Aphelios terminando de se virar para ela.

"Estou ótimo, só não gosto de quantas pessoas têm aqui.", fez uma careta.

— Ah, eu imaginei isso mesmo. Também não gosto. Você me disse que estava doente, né? Tá melhor?

"Sim, não foi nada demais.", e, após isso, ambos ficaram calados por alguns minutos, se encarando.

Quando o constrangimento começava a entrar na cabeça de Aphelios, Morgana começou a falar.

— Eh..., bem, você quer ouvir uma fofoca? — perguntou ela. Ele apenas assentiu com a cabeça. — Sabe o Sett? Então, que ele é um cafajeste você já deve ter percebido. Esse cara simplesmente pegava quase todas as garotas da escola e, inclusive, foi motivo de algumas delas se descobrirem lésbicas. — ela riu, sem graça. — Digo, depois dele, elas perceberam que não gostavam de homens.

"Eu entendi isso.".

— Ótimo, então. Eu já fiquei com ele uma vez — o rosto risonho de Morgana mudou para um rosto triste. — e ele espalhou para a escola inteira que tinha beijado a gótica. Todo mundo começou a zoar ele por ter ficado com a "esquisita" e me dizer que eu tinha pêgo um "peixe grande" nos corredores, mesmo eu sendo estranha. Desde então, não gosto dele, mas ele ficou bem mais "calmo" nisso de pegar pessoas desde que foi zoado. Não sei se fiz justiça ou não, mas as palavras, mesmo que não vindo diretamente dele, mas causadas por ele, me machucam até hoje. Isso foi ano passado, quando eu estava no segundo ano e ele, no terceiro.

Limiar da Noite [SettPhel]Onde histórias criam vida. Descubra agora