Oliver se aproximou da menina desconhecida, ajudando-a a não cair no chão. Mesmo que a garota fosse até um pouco maior que ele, Oliver tentou levantá-la, mas não teve sucesso por sua falta de força. Apoiando-a sobre a parede para que a mesma permanecesse sentada, ele sentiu sua pele fria ao tocar os ombros magros da garota, tendo quase a certeza de que ela estava nas mesmas condições que ele. Seus olhos já estavam fechados e sua expressão inerte, deixando claro que sua consciência havia ido embora.
Ele entendia aquilo, afinal, Oliver também sentia como quem fosse desmaiar daquele mesmo jeito a qualquer momento. Seu corpo estava fraco e ao mesmo tempo pesado, fora como se ele tivesse se esquecido como se manter acordado. Talvez aquela garota realmente fosse como ele, uma vítima daquele lugar assustador. Mas se ela vivia naquele muno virtual assim como ele, por que Oliver não se lembrava de ver seu rosto em canto algum? Poderia haver mais lugares como aquela escola? Se sim, então o número de pessoas naquela experiência poderia ser muito maior do que ele imaginava.
– Ei, acorda! – Chamou, balançando a menina por seus ombros – Você precisa acordar!
Mantendo a expressão vazia, ela continuou desmaiada. Oliver tentou sacudi-la mais, até mesmo deu alguns tapas em suas bochechas, mas não houve resposta alguma. Com um suspiro, o loiro se levantou, olhando para os dois lados do corredor.
Todas as outras portas se mantinham fechadas. Só ela havia acordado assim como ele? Por quê? As outras pessoas teriam morrido? Atrás daquelas portas só teriam cadáveres? Ao pensar nisso, Oliver sentiu um arrepio na espinha. Não importava o quanto de gente morta ele visse, aquela ideia ainda era assustadora. Fechando os olhos, Oliver pensou:
"Vai ficar tudo bem, eu preciso continuar", e novamente, o rosto de Fukase veio à sua mente, formando um sorriso nos lábios do loiro.
Ele precisava continuar sendo forte, para que pudesse encontrar Fukase. Não importava quais dificuldades encontraria ou quantos obstáculos estivessem em seu caminho, Oliver tinha a certeza que se fosse para encontrar seu melhor amigo, ele conseguiria superar tudo.
Recuperando sua coragem, Oliver empurrou a porta em que a garota havia saído, entrando no cômodo. O quarto era um ambiente hospitalar assim como o seu, estando apenas bem menos bagunçado, não havia vários papéis sobre os gaveteiros, e os fios das estranhas máquinas não estavam tão expostos. Querendo descobrir quem era aquela garota, Oliver se aproximou e abriu as gavetas, encontrando diversos arquivos assim como os seus, organizados em ordem alfabética.
Assim que o loiro estendeu sua mão para apanhar uma das pastas, a porta logo atrás rangeu. Com um salto, ele derrubou os papéis, se virando às pressas e encarando a menina de marias-chiquinhas acordada.
– D-Desculpa, eu não queria te assustar – Disse ela, com uma expressão preocupada.
– Você está bem? – Esquecendo o que estava fazendo antes, Oliver foi até a garota
– Sim, apenas estava um pouco cansada..., eu me lembro... de estar em um mundo pós apocalíptico e de repente acordei aqui. Quem é você?
– Sou Oliver – sorriu, feliz em saber que ela estava na mesma situação –Como era o lugar que você lembra? Eu também estava lá!
– Eu vivia em uma casa abandonada com mais algumas pessoas. Será que meus amigos estão aqui também? – Mesmo com um rosto abatido, ela sorriu para o loiro.
– Quer procurar por eles? Eu também estou procurando meus amigos!
– Sim, vamos. Meu nome é Miku, muito obrigada por ter me achado.
Com um sorriso, Oliver se sentiu um pouco mais leve, embora ainda estivesse com medo de confiar em alguém tão rápido. Fukase certamente o daria um esporro mais tarde. Mas se ele não confiasse em Miku, o que faria? Estar com alguém parecia mais seguro do que estar sozinho naquele lugar assombroso. E o que aquela garota poderia fazer contra ele? Afinal, ela parecia tão assustada quanto Oliver.
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Dominação [Vocaloid - Fukase x Oliver]
FanfictionFanfic de Vocaloid | Ollikase/Fukoli/Fukase x Oliver | +16 por conter gore e/ou tortura. | Oliver acorda completamente sozinho em um mundo caótico, sem ter memórias de sua vida ou do que havia acontecido para o planeta estar naquele estado, o menino...