04.

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-Como é? -Alicia estava dançando e me dando 0 atenção, eu estava preste a gritar pra ver se assim ela me ouvia, mas parecia que não.

-Camarote. -Digo mais alto. -Consegui um camarote pra gente.

-Você conseguiu o que? -Novamente ela pergunta. 

-UM CAMAROTE. -Grito bem na hora que a música para e vejo os olhares de algumas pessoas em mim.

-Não precisa gritar maninha. -Ela diz rindo e caminhando até o bar. -Como assim camarote?

-Nós vamos subir para o camarote. -Digo assim que ela se vira pra mim.

-Do que você tá falando. - Ela me encara e levanta uma sobrancelha. -Se o Aleandro souber que você gastou o dinheiro de mais um dia, ele vai...

-Ele não vai nada, e eu não gastei nem um centavo. -Digo e vejo um sorriso se formar no seu rosto, ela agarra meus ombros e me sacode. 

-Você arrumou um cara rico. -Ela diz toda empolgada. -Finalmente você vai servir pra algo, tanto que eu te falei, vou ser amiga de uma milionária, agora eu vou poder dizer, sou sua amiga desde quando você não tinha nada.

-Tem como você parar, é o camarote de um amigo que eu conheci hoje. -Digo e ela revira os olhos.

-E ele tem um camarote, tá melhor que qualquer amizade que você já fez na sua vida. -Ela diz e parece se arrepender. -Tirando eu, eu sou a melhor amiga que todos já puderam ter.

-Claro Alicia. -Digo em tom sarcástico, e ela apenas se vira para o bar e pede outra taça de gin. Queria mesmo saber da onde ela estava tirando dinheiro. -Temos que encontrar o Alê, eu disse que iria subir com vocês dois. 

-Eu disse que ia subir com vocês dois. -Ela me imita. -Já estou vendo você com aquelas roupas de marcas.

-Garota se você soltar uma dessa lá, eu te empurro lá de cima mesmo. -Digo e mesmo de longe vejo Alê dançando com algumas pessoas, ele segurava um copo de cerveja na mão e com a outra levantava como se estivesse adorando, dou uma risada e aponto para ele. -Lá está.

Demorou uns minutos para Aleandro entender para onde iriamos, ele parecia estar levemente bêbado e acredito que estava no seu quarto ou quinto copo. Mas ele foi mais racional que Alicia que ainda estava super animada, Alê me olhava desconfiado como mais cedo, mas não questionou e só me seguiu, assim que chegamos no segurança, ele abre um sorriso e nos dá passagem, olho para os dois atrás da gente e dou uma piscadela, mal sabia o que nos esperava.

-Meu Deus, esse lugar é lindo! -Alicia estava completamente encantada com tudo que via, ela sorria igual uma doida para todo mundo que passava por ela. -Eu vou arrumar um marido aqui.

-Tem como você calar a boca. -Alê diz passando por ela e parando na minha frente. -E então, quem é seu amig... Ai Meu Deus!

E eu já até sabia quem ele tinha visto.

-O que foi... P u t a  q u e  p a r i u! -Alicia se virou pra mim e os dois ficaram bem na minha frente de costa para onde estava Fabinho e Gabriel, parecia que a gente estava fuxicando, em rodinha. -Gabigol está aqui, Gabigol tá aquii...

-Por favor diz que seu amigo também é amigo do Gabigol e eu faço de você a melhor irmã do mundo! -Alê segurava meus ombros como se eu fosse fugir, reviro meus olhos e afasto os dois de perto de mim. 

-Será que vocês podem parar! -Digo passando por ele, me viro assim que consigo tira-los de cima de mim. -Ajam com naturalidade. 

-Como que você quer... -Começo a andar e eles me seguem, Alicia tinha até tomado outra postura e Alê estava tentando arrumar o cabelo.

𝑶 𝒊𝒎𝒑𝒐𝒔𝒔𝒊́𝒗𝒆𝒍 - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora