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Eu não estava bêbada, não mesmo. Eu estava feliz, quando disseram que iriamos pra casa da Gisellen, pensei que era um jantar, ou no máximo um vinho, mas essas mulheres sabiam mesmo como se divertir. Não tinham muitos jogadores aqui, aposto que estão se deprimindo em algum lugar, deprimindo? Essa palavra existe? Claro que existe sua anta, eu era professora. Que irônico!

-Cuidado! -Tropeço sem querer em alguém que passava por ali, eu estava estrategicamente parada perto da parede justamente pra não cair, eu estava animadinha demais. Olho pra pessoa que me encarava enquanto segurava meus ombros.

-Meu Deus! -Digo e solto um soluço, ponho as mãos na boca e vejo o homem rir da minha cara. -Não ria de mim!

-Desculpe, mas você está muito engraçada! -Diz me soltando, tento me ajeitar mas eu parecia uma maluca.

-Conheço você? -Pergunto tentando reconhecer, com certeza era muito mais novo do que eu, eu não chutaria nenhum nome, mas sabia que era jogador.

-Provavelmente sim! -Diz e eu tento lhe encarar pra lembrar seu nome, mas estava obvio que eu jamais saberia.

-Não se ache, no máximo sei que é jogador! -Digo olhando ao redor, eu precisava de outra taça de gin.

-Nunca te vi nessas festas, é nova aqui? -Pergunta e finalmente acho uma pequena mesa com energético, se tinha energético, tinha gin.

-Algo assim... o papo tá bom, mas eu tenho que ir! -Digo dando dois toques em seu ombro, saiu andando em busca da minha bebida, mas quando chego lá perto, não tinha gin, que patético, eu ainda não estava animada o suficiente. 

Já que eu não tinha o que fazer, alguns estavam dançando, outros conversando, e a grande maioria jogavam alguma coisa na mesa, eu apostaria em baralho, mas na real, não fazia ideia do que era. Pego meu celular e caminho para a parte de fora da casa, me sento em uma espreguiçadeira perto da piscina e tento achar o número de Gabriel no meu celular. 

Logo está chamando, mas ele até demora para atender, que ridículo! 

-Esperanza? -Diz assim que atende.

-Jogador! -Digo e solto um suspiro. -Pensei que não ia atender, já que está me evitando!

-O que? Não estou te evitando! -Diz rápido e eu reviro os olhos.

-Por que não me disse que fomos convidados pra uma super festa... eu adoro festas! -Digo e ouço a música aumentar do lado de dentro da casa.

-Eu devo ter esquecido, e não era uma festa Esperanza! -Diz.

-Sim, é sim. Tem bebida, música e as pessoas estão dançando, é festa. -Digo me deitando devagar, o seu estava lindo esta noite, as estrelas brilhavam, era tão magico. 

-Você está na festa? 

-Te peguei. -Digo quase gritando, mas solto um soluço e começo a rir alto. -Você disse que não era festa.

-Você está bêbada Esperanza? -Pergunta e percebo que ele está irritado.

-Esperanza pra lá, Esperanza pra cá. Você só sabe dizer isto? 

-Você não sabe beber! -Diz e eu reviro os olhos. -Quem está com você, Fabinho, Aleandro ou Alicia? Espero que os três, pede um uber e vá pra minha casa!

-Vá pra minha casa! -Digo lhe imitando. -Não é vem pra minha casa? Não está em casa jogador?

-Esperanza, consegue pedir um uber? Só faz o que eu estou pedindo! -Diz e eu reviro os olhos.

-Quê? Não! -Digo me sentando novamente. -Você não manda em mim bonitinho!

-Estou pedindo educadamente que vá pra minha casa! -Diz pausadamente e eu afasto o celular pra ver as horas, mas minha visão estava embaçada mal conseguia ler o nome do Gabriel na tela do celular.

𝑶 𝒊𝒎𝒑𝒐𝒔𝒔𝒊́𝒗𝒆𝒍 - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora