13.

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-Vamos ficar aqui até quando? -Aleandro pergunta assim que chego na sala, Alicia não me olhava, mas estava completamente encantada de estar ali, apesar de estar chateada comigo, queria mesmo que ela estivesse confortável.

-Apenas algumas horas. -Digo me sentando ao lado de Aleandro.

-Ainda podemos ir ao CT. -Fabinho diz e finalmente Alicia sorrir confirmando com a cabeça, Alê parecia animado, eu estava com tanta coisa na cabeça, mas queria mesmo que eles se divertissem. -Gabriel! 

Olho para onde ele estava olhando e vejo Gabriel descendo as escadas, ele havia trocado de roupa, estava bonito, mas não parecia que ia trabalhar ou algo do tipo, tenho certeza que ele só estava fugindo, mas eu jamais diria isso em voz alta.

-Vamos ao CT, pode ir conosco, fazer um tour. -Fabinho parecia animado com a ideia, eu não entendia o por quê, com certeza Fabinho conhecia o CT do flamengo como a palma da mão.

-Eu estou indo pra outro lugar. -Ele diz, logo dá um aceno com a cabeça para Aleandro e cumprimenta com a mão Alicia.

-Tenho certeza que ele tem coisas melhores pra fazer. -Digo involuntariamente, o que eu tinha na cabeça?

-Na verdade sim. -Gabriel para a alguns passos de onde eu estava, mas não me olha, entendendo assim que ele estava sim me evitando. 

-Você pode nos deixar lá, eu tenho que levar algumas caixas no meu carro, talvez não tenha lugar para a Esperanza. -Olho para Fabinho que estava se levantando, ergo uma sobrancelha, como assim não vai ter lugar para mim?

-A gente pode se espremer um pouco. -Digo e sinto o olhar de Gabriel em mim.

-Não dá, são muitas caixas. -Fabinho me olha e dá um sorriso irônico.

-Aleandro pode ir comigo. Você leva as meninas. -Gabriel diz, e eu me levanto, se ele não quisesse me levar, também não iria lhe obrigar.

-Eu vou de uber, já que aparentemente ninguém quer me levar. -Digo e caminho até a porta, aquilo tudo era suficiente pra fazer uma confusão na minha cabeça.

-Eu te levo. -Ouço a voz de Gabriel, mas nem ameaço me virar. -Vamos, pare.

-Se não que me levar, eu não me importo de ir...

-Pare de andar mulher. -Sinto um puxão no meu braço, meu corpo bate com o dele e posso sentir os olhares dos outros em cima da gente, logo puxo meu braço e tento fazer a maior cara de brava, mas quando finalmente lhe olho, ele está apenas me olhando como se eu estivesse usando algo feito de ouro. -Você vai comigo.

-Acho que nunca vou me acostumar com isso. -Alicia diz passando por nós e saindo pela porta, Alê dá de ombros e apenas segue ela, assim que olho para Fabinho, vejo ele prendendo o riso e levantando as mãos em redimento.

Sem olhar para Gabriel, apenas passo pela porta e ouço seus passos atrás de mim, assim que vejo seu casso, me apresso para entrar nele antes que Gabriel entre, queria evitar qualquer troca de olhares que a gente poderia ter, principalmente sozinhos dentro desse maldito carro.

-Pode colocar uma música se quiser! -Ele diz ligando o pequeno som do seu carro, murmuro alguma coisa e coloco meu cotovelo apoiado na janela, encosto minha cabeça na minha mão. -Vai me ignorar dentro do meu próprio carro?

-Cansei de jogar. -Digo fechando os olhos, eu estava exausta, ainda era manhã, e eu estava tão cansada, sentia como se um caminhão tivesse passado por cima de mim. 

-O que vai fazer mais tarde? -Levanto minha cabeça e lhe encaro, ele tinha o olhar no volante, reviro meus olhos e encaro a rua.

-Acho que não te interessa. -Digo e ouço ele suspirar, não o olho, mas me repreendo por estar sendo tão grossa, não que ele merecia meu respeito, já que me beijava e depois agia como se nada estivesse acontecendo.

𝑶 𝒊𝒎𝒑𝒐𝒔𝒔𝒊́𝒗𝒆𝒍 - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora