Esperanza Nunes é uma jovem estudante que acaba de terminar sua faculdade e em uma viagem para o Rio de Janeiro tem sua vida completamente mudada após sem querer encontrar o Camisa 10 do seu time. Gabriel Barbosa, jogador de futebol, atacante do Fla...
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11/04/2023
11h34min
Foi o horário que os médicos disseram que seu coração parou. Ela havia morrido, devido aterosclerose não tratada, eu não fazia ideia que ela tinha problemas cardíacos, como ela não poderia nos contar algo do tipo, ela era nossa mãe, que tipo de mãe não conta que está doente pros próprios filhos, e não se trata?
Eu não poderia julgá-la, eu jamais poderia fazer isso, ela sofreu tanto quando o papai se foi, ela focou tanto na nossa criação que esqueceu de si mesma.
Não imagine essa dor nunca, pior que a dor da perda, é a dor do arrependimento. E eu tinha tantos com ela.
Eu não teria nem tempo para sentar e chorar, Aleandro estava nos braços de Alicie, suas lagrimas grossas caiam na sua blusa, eu estava na minha tarefa mais difícil, tentando me manter em pé. Já havia assinado tantos papeis que se me pedissem mais um, eu surtaria, mas não tinha visto ela ainda, e não queria ver, não ela aqui, neste hospital.
Depois de algumas horas, fomos pra casa, entrar nesta casa era como levar um tiro no peito, mas eu tinha que ajudar a funerária, ela precisava se vestir para o velório, entrego para eles um dos seus vestido favoritos, o que ela só usava em ocasiões especiais, era leve e florido, era a cara dela.
Já estava a noite, a casa estava vazia, Aleandro estava trancado em seu quarto e eu encarava o celular na esperança de receber uma ligação dela, se passaram mais de dez dias no rio e em quase todos ela ligava, e a única coisa que ouvia sobre mim, era que estava tudo bem. Mas enfim o telefone toca e eu me apresso para atender, o nome dele brilha na tela, era Gabriel, alguma coisa em mim fica triste, mas eu atenderia de uma forma ou de outra.
-Oi. -Digo assim que atendo.
-Como está? Tentei te ligar o dia todo! -Algo na sua voz me trazia algum conforto.
-Ela morreu. -É a única coisa que digo, não tinha outra forma de dizer.
Por alguns minutos tudo fica em silencio, era como se ele tivesse desligado.
-Eu realmente lamento Esperanza. -Eu sei que deveria dizer algo, ou agradecer, mas nada saia. -Florzinha?
-Eu só não consigo dizer nada agora. -Digo rápido demais e ouço um suspiro do outro lado. -Desculpe.
Desligo o telefonema.
Eu estava tão cansada, eu precisava fechar os olhos e desligar minha mente deste dia, ou eu não iria suportar. Caminho devagar até o quarto de Aleandro e abro a porta devagar, encontro ele encolhido na cama, não parecia estar dormindo, mas estava de olhos fechados, caminho até ele e me deito na cama lhe abraçando por trás, ele não faz nada, continua da mesma forma, apenas segura minha mão, eu só precisava disto, fecho meus olhos e apago completamente.
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