Capítulo 1

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Esta é Berk, fica a 12 dias ao norte de desânimo e alguns graus ao sul de morrendo de frio. Ela é enraizada no meridiano da tristeza, em uma palavra: sólida. Ela existe a 7 gerações, mas todas as casas são novinhas em folha... - uma casa pega fogo. - Bom pelo menos a maioria delas. Temos pesca, caça e um pôr-do-sol encantador! O único problema são as "pragas",  sabe, a maioria dos lugares costuma ter ratos, mosquitos, mas nós temos... DRAGÕES! Nem todos na verdade, mas nós sim, nós somos vikings, nós temos teimosia crônica... Meu nome é Arkyn, eu sei, legal né? Ele é muito melhor do que a maioria dos nomes da vila, ele significa "filho do rei eterno"ou "filho eterno do rei",  e o meu sobrenome é Hermod, "filho de Odin", não que saber isso sirva pra algo.

Tenho cabelos pretos lisos um pouco acima do ombro dividos ao meio, meu olho direito é castanho, e o esquerdo? Talvez um dia também fosse castanho, hoje ele é cego, então ele não tem exatamente uma cor, mas poderia ser um branco com um azul extremamente claro, eu o deixo escondido por um tapa olho preto. Minha camiseta é um marrom escuro quase preto, com mangas longas e capuz, visto também uma peça cinza escura igual a do Soluço por cima da blusa, por fim calças pretas e botas marrom igual a maioria das pessoas por aqui, mas deixamos as apresentações de lado. Por hora, eu estou em casa ajudando meu pai a pegar o nosso estoque de comida especial. Ah, esqueci de mencionar um detalhe, a vila esta sob ataque de dragões neste exato momento.

Todos da vila estão lutando contra as "pragas", tentando fazer elas fugirem ou, quem sabe, matá-las. Essa última ação é o sonho de qualquer viking, todos, sem exceção, querem poder arrancar a cabeça de um Nadder ou quem sabe, com muita sorte, o coração de um pesadelo monstruoso. Bom, talvez tenha exceções, como por exemplo eu e meu pai, e é por não querermos machucar dragões que estamos pegando o estoque especial. Ele é, nada mais e nada menos, do que uma quantidade relativamente grande de peixes e alguns outros animais, como ovelhas e um ou dois iaques, que eu e meu pai guardamos exclusivamente para esse tipo de situação.

Mas aí vem a pergunta, "porque guardar comida para dragões? Eles não são animais sanguinários que atacam no único e exclusivo objetivo de matar? Uma máquina de fogo?" , e a resposta é: porque eles não são máquinas de fogo que atacam para matar, eles só fazem isso para se defender de quem os ameaça, e olha só, os vikings fazem exatamente isso. Sobre os alimentar, nós, eu e meu pai, sabemos que eles não querem machucar ninguém e só estão atrás de alimento, por isso separamos um pouco da nossa comida para eles, além de que fazendo isso, atraímos um pouco deles para cá e assim conseguimos livrar alguns da ira dos vikings da vila.

Ragnar: Arkyn, pegou os cestos? - Esse é o meu pai, Ragnar Hermod, seu nome significa "conselheiro do povo", combina com ele, já que ele adora aconselhar os outros  e não tem medo de ser sincero, o que implica em ter algumas verdades sendo jogadas na sua cara de vez em quando.

Arkyn: Peguei.

Ragnar: Ótimo, vamos levar lá pra' fora - fizemos exatamente isso.

Levamos os cestos até o meio do gramado em frente de casa, onde as ovelhas ficam quando não tem dragões por perto, e os viramos, deixando tudo em uma pilha, onde já estava duas ovelhas mortas.

Ragnar: Perfeito, agora só falta esperar os lagartos super desenvolvidos aparecerem - dito e feito, no exato momento em que meu pai terminou de falar, apareceram dois dragões, um Ziperarrepiante verde e um Pesadelo Monstruoso vermelho. Os dois pararam na frente da pilha de comida com olhares raivosos, tentando nos ameaçar, mas eu e meu pai fizemos o de sempre: olhamos pra eles com um sorriso e depois nos curvamos pra eles, demostrando respeito e que não somos como os demais, que não vamos machucá-los.

Eles pararam de nos olhar de forma ameaçadora, mas ficaram confusos e com a guarda alta, então eu peguei três peixes e me aproximei deles, primeiro em direção ao Ziperarrepiante, oferecendo dois peixes, um pra cada cabeça, a reação foi de estranheza, mas depois de virem como eu estava agindo perante eles, resolveram me dar um voto de confiança e comeram os peixes. Após fazerem isso, esfregaram as cabeças em mim, como forma de agradecimento. Assim que se afastaram, sigo até o Pesadelo Monstruoso, esses dragões são considerados os mais difíceis de lidar, dizem que só os melhores vikings conseguem lidar com ele, mas a cena em minha frente diz o contrário.

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