Soluço on
Estava no lago onde o fúria da noite fica, levei comigo um escudo e um peixe, joguei o peixe esperando o dragão aparecer, mas ele não veio, e para melhorar o escudo ficou preso nas pedras, que sorte a minha. Peguei o peixe e comecei a andar procurando a fera, nem reparando que ela estava atrás de mim, só o fazendo quando ele se meche e vem na minha direção rosnando, então ofereço o peixe e ele se aproxima com a boca aberta, mas para e começa a rosnar de novo, vejo que era por conta da minha faca, a pego e a jogo no chão, e depois no lago, assim como o dragão mandou (?).
Após fazer isso, o dragão senta e começa a me olhar, ofereço mais uma vez o peixe e ele se aproxima com a boca aberta.Soluço: É, banguela? Eu podia jurar que você tinha... - os dentes dele se revelam e ele pega o peixe rapidamente, o engolido numa vez só - ...Dentes - o Fúria da noite vem e me cheira, em busca de mais comida.
Soluço: É, é - caio no chão e começo a andar para trás, me encostando em uma pedra. - Não, não, não, acabou, eu não tenho mais - nessa hora, o rosto do dragão já estava muito próximo de mim, e ele começa a fazer algo com a garganta e logo cai... Um peixe no meu colo? O dragão se afasta e se senta, mas não como um dragão, e sim como uma pessoa. Eu o olho e ele aponta para o peixe, me fazendo olhar também, e logo entendo que ele queria que eu comesse e assim eu faço, com nojo, mas faço. Dou uma mordida e a criatura engole em seco, como se dissesse para eu engolir. Faço uma careta, mas acabo engolindo, quase vomitando no processo.
Olho o dragão e sorrio, o vendo tentar imitar a ação, fazendo um sorriso banguela. Tento me aproximar para o tocar, mas ele rosna e sai voando, mais ou menos. O vejo fazer um meio círculo com seu fogo para se deitar e me aproximo. Ele olha para um pássaro e percebe a minha presença do seu lado, escondendo seu rosto com sua cauda. Tento me aproximar para tocar e na mesma hora ele tira a cauda, me fazendo levantar e sair andando para um lado enquanto ele vai para o outro. Eu fico ali até o por do sol. Estava desenhando no chão quando sinto sua presença atrás de mim, aparentemente olhando o desenho dele mesmo, se afastando segundos depois e andando com duas patas (?) para longe, mas logo volta com um...galho?! E começa a fazer uns rabiscos ao meu redor.
Ele continua desenhando e acaba batendo o galho na minha cabeça e logo para, me levanto e começo a olhar envolta caminhando e acidentalmente pisando num rabisco dele e tirando um rosnado dele, tiro o meu pé e ele para de rosnar, repito a ação duas vezes e ele faz a mesma coisa, então piso entre as linhas, caminhando pelo desenho e parando bem em sua frente, tento estender a mão para ele, mas ele se afasta, então fecho os olhos e estico novamente a mão, sentindo algo quente encostar nela, abro os olhos e vejo o fúria da noite encostado nela. Acho que ganhei sua confiança... Banguela.
Soluço off - Arkyn on
Estava andando pela floresta no por do sol, apreciando a vista que a natureza tem a oferecer quando sinto um presença ali, me escondo e vejo um viking magrelo e com cabelo lambido... Soluço. O observo andar rápido em direção a vila olhando para os lados, acho que está garantindo que não tem ninguém aqui, bom, teu eu, mas ele não precisa saber disso. Agora, qual motivo um viking estaria andando pela floresta ao por do sol? Bem, eu faço isso para apreciar a vista, mas pelo jeito que ele anda, com os ombros tensos e passos apressados, não acredito que ele esteja fazendo isso, a maior probabilidade é que ele esteja escondendo algo e quer que todos fiquem longe. Lamento, mas é como meu pai diz: eu não sou todo mundo. Irei descobrir o que esconde Soluço Haddock III.
Por hora, acho melhor voltar antes que escureça. Voltei para a vila já de noite e observei uma torre iluminada pelo fogo ao longe, então como minha curiosidade sempre fala mais alto, eu resolvi ir até lá, logo avistando os adolescentes ouvindo uma história de como Bocão perdeu a mão e a perna enquanto comiam. Que baboseira, se não atacassem os dragões talvez não teriam perdido alguns membros.
Perna-de-Peixe: Não é esquisito pensar que a sua mão está dentro de um dragão? Tipo, se a sua cabeça ainda controlasse ela, você poderia matar o dragão por dentro, esmagando o coração dele, sei lá - isso vai me dar pesadelos.
Melequento: É sério, eu tô' muito revoltado. Eu vou vingar a sua linda mão e perna cortando as pernas de todo dragão que eu enfrentar, e com os dentes - há, até parece que ia conseguir, no máximo dar um grito agudo.
Bocão: Uhum, vocês vão querer as asas e os rabos, se eles não podem voar, não podem fugir, um dragão abatido é um dragão morto - essa conversa tá' me dando enjoo. Com isso, eu saio dali, não sem antes ouvir os passos apressados do Soluço e ver Astrid o olhando. Ela sabe que tem algo errado, preciso garantir que ela não interfira no seja lá o que for que o Soluço esteja escondendo, por mais que eu tenha quase cem por cento de certeza do que é. Estava observando as estrelas, já tinha se passado um tempinho desde que eu ouvi a conversa. Eu deveria estar dormindo, mas como Odin me ama, eu não consigo, por isso estou a observar as estrelas.
Dou uma olhada para a vila somente para vê-la toda escura com a ferraria acesa? À essa hora só pode ser uma pessoa. Vou até lá para observar melhor, conseguindo ver o Soluço fazer algo, até ele entrar para um quarto e tirar o objeto da minha vista. Agora com a chama apagada, tudo estava escuro, mas ainda consigo ver Soluço saindo e indo em direção a sua casa com algo nas mãos, algo grande. Certeza que tem alguma coisa a ver com o segredo dele. Acho que tenho um compromisso amanhã.
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Talvez Mais
FanfictionEm um mundo onde o respeito é conseguido através da morte de um dragão, Arkyn Hermod, um adolescente que veio de uma família que se recusa a matar um desses animais, é levado ao isolamento. Mas as coisas começam a dar certo quando uma dessas criatur...