Capítulo 15

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Arkyn pov

Chego meio ofegante na minha casa e corro até a beirada, descendo por algumas pedras e conseguindo me aproximar mais da arena, mas sem deixar que os outros me vissem. De longe consigo ver o Stoico fazendo um discurso que eu resolvi ignorar e começo a procurar uma cabeleira castanha, e assim que encontro, a vejo junto de uma loira.

Um sorriso triste se abre em meu rosto ao vê-los. Em seguida o Soluço entra na arena e eles fecham, começando a destrancar a jaula onde estaria o dragão com quem ele lutaria. Meu corpo fica tenso e começo a observar o desenrolar. Espero que ele fique bem e que faça a escolha certa.

Arkyn off - Soluço on (momentos antes)

Estava ouvindo o discurso do meu pai sobre minha evolução e como estava orgulhoso disso até que sinto uma presença atrás de mim. Me viro na esperança de ser Arkyn, mas vejo que era somente a Astrid.

Astrid: Cuidado com esse dragão.

Soluço: Não é com o dragão que eu tô' preocupado - falo olhando para o meu pai e conseguindo ver em cima de umas pedras um viking afastado, Arkyn.

Astrid: O que você vai fazer?

Soluço: Vou dar um jeito nisso, ou pelo menos tentar. Astrid, se alguma coisa der errado, não deixa que ninguém encontre o Banguela - e nem que machuquem o Arkyn.

Astrid: Tá' bom. Mas promete que não vai dar nada errado? - Quando ia responder, o Bocão se aproxima de nós.

Bocão: Tá' na hora, Soluço. Quebra tudo - ele diz e eu coloco o elmo em minha cabeça entrando na arena, conseguindo ouvir os gritos dos vikings.

Olho ao redor e meu olhar pousa em Arkyn. Mesmo de longe, eu consigo saber que ele está tenso e preocupado, e um pouco triste também. Suspiro com isso e ando em direção ao suporte com armas, pegando um escudo e uma faca pequena. Respiro fundo e solto o ar, me preparando para o que viria a seguir. Que os deuses estejam ao meu lado e me ajudem. Olho mais uma vez para o viking isolado e o fantasma de um sorriso passa pelo meu rosto.

Soluço: Tô' pronto - digo e os portões que seguram o dragão preso se abrem.

Meu corpo se tenciona mais do que já estava pelo suspense, que acaba com um dragão flamejante saindo de lá de dentro. Um pesadelo monstruoso. Que ótimo. Ele sai correndo pelas paredes e solta uma rajada de fogo em alguns vikings, que desviam por pouco. Ele logo me percebe e começa a vir até mim. Tudo se silencia esperando o meu ataque. Ando para trás na medida que o dragão se aproxima e solto o escudo e a faca.

Soluço: Calma, tá' tudo bem, tá tudo bem - digo para o dragão em minha frente enquanto coloco minhas mãos em frente ao meu corpo. Seguro o meu elmo e olho para o meu pai e depois para Arkyn. - Eu não sou um deles - jogo meu elmo longe e consigo ouvir suspiros de surpresa vindo da plateia.

Stoico: Parem a luta.

Soluço: Não, vocês todos tem que ver isso. Tudo o que sabemos sobre eles está errado. Não precisamos matá-los - estava quase encostando minha mão no focinho do dragão. Está tudo indo bem. Olho para Arkyn e solto um sorriso. É, acho que conseguimos.

Soluço off - Arkyn on

Solto um suspiro aliviado e abro um sorriso quando o Soluço solta o escudo e a arma, também jogando o elmo longe e dizendo que não era como eles. Essa ação foi perigosa, mas acho que deu certo. Ele começa a dizer que estão errados sobre os dragões e tudo o mais enquanto aproxima sua mão do pesadelo monstruoso. Estava quase conseguindo, quando o Stoico grita para parar a luta e bate com força no metal da arena, assustando o dragão e fazendo ele atacar o Soluço, quase arrancando a mão dele e soltando fogo em sua direção. Meus olhos se arregaram com isso e meu corpo paralisa.

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