32. Está Me Subestimando Demais

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- Aqui estamos. - Suspirei desanimado ao ver a quantidade de pessoas caminhando no shopping. - Qual a graça de vir ao shopping andar? Qual a graça de comprar um monte de coisas inúteis?



- Você diz isso porque nunca tem dinheiro para comprar o que quer comprar. - Felix zombou.



- Esqueci que estou falando com um rico almofadinha. - Revirei os olhos.



- Para a sua informação, meu pai e eu não somos ricos, apenas temos uma situação financeira boa.



- A tradução para isso é "rico" - Fiz aspas com os dedos e dei de ombros indiferente. - Eu sou bem objetivo, direto, prático e rápido, eu entro na loja, compro o que eu preciso e vou embora sem nem ao menos olhar para os lados.



- Mas assim é chato. - Felix formou um bico com os lábios.



- Mas o objetivo de ir às compras não é esse? Comprar? - Fiz uma careta exagerada. - Eu sou prático, se quero uma blusa, eu entro e compro a blusa. Nem olho para os lados que é para não inventar que preciso de mais coisas.



- Com bebidas alcoólicas você também é assim? - Arqueou uma sobrancelha.



- Bebida é algo mais delicado, você tem que escolher muito bem as que são boas e baratas, se não você não consegue comprar em grande quantidade. - Empinei o nariz. - Há toda uma ciência nesse processo, ainda mais quando se é pobre. - Rimos.



- Eu sou igual a você, só que com roupas. - Deu de ombros.



- Mas você é rico, pode sair pegando tudo e colocando no carrinho, deveria ser mais rápido já que não precisa ver preço.



- Eu não sou desse jeito. Quanto mais dinheiro você tem, menos você gasta. - Fez uma expressão filosófica.



- Isso é mentira, você acabou de inventar esse ditado. - Gargalhei.



- Shh, eu achei a frase super conceitual. - Bateu no meu braço de leve.



- E você sabe o que é ser "conceitual"?



- Não. - Fez bico. - Mas vamos fingir que eu sei. - Rimos. - Estamos perdendo tempo falando besteiras parados na entrada.



- Aqui está mais divertido do que sair entrando em lojas e mais lojas.



Felix revirou os olhos e puxou minha mão.



- Podemos fazer ficar super divertido. - Sorriu animado.



- Acho isso impossível. - Bufei enquanto ele me arrastava para uma loja de fantasias.



- Ei, deixa de ser tão chato e rabugento! - Revirou os olhos. - Aqui! Experimenta! - Jogou uma fantasia de gatinho no meu rosto.



- Pensei que iríamos comprar o que você está precisando e ir embora. - Estreitei os olhos.



- Não vamos comprar nada daqui, apenas experimentar. - Piscou. - Sabe, nem sempre meu pai teve uma boa situação. Quando o meu outro pai nos deixou, a situação ficou bem difícil. - Suspirou analisando algumas fantasias em cabides. - Eu acabei escolhendo esquecer como as coisas foram difíceis antes e foquei em tudo que tinha ganhado. - Sorriu parecendo desanimado. - Acho que acabei esquecendo também o quanto era divertido sair com os meus amigos mesmo sem dinheiro, apenas experimentando as coisas e rindo do que era estranho. - Riu ao lembrar da cena. - E quando precisávamos comprar algo, nós chorávamos para o atendente ficar com pena e abaixar o preço. - Negou com a cabeça. - Depois que conseguimos nos reerguer financeiramente tivemos que nos mudar, então eu perdi o contato com os meus colegas. Eu não os considerava amigos até porque eu era muito zoado por ser diferente, mas tive momentos alegres e queria não ter perdido isso. - Deu de ombros. - Depois disso eu fiquei sozinho, já que não tinha irmãos. Eu nem sei porque estou contando tudo isso para você, deve estar me achando um bobo e... - Parou de falar quando finalmente olhou para mim.



- Miau! - Sorri e lambi seu rosto. - Gostei dessa fantasia. - Ri ao apontar para a tiara de gatinho na minha cabeça. - Só não gostei de te ver tão triste lembrando de tudo, pensei que quisesse me torturar com compras. - Rimos.



- Você sempre tenta fazer graça para o clima ficar mais leve e isso é incrível. - Sorriu grande.



- Eu não fiz nada.



- Você não me engana com essa pose de "eu não ligo para você, Felix" - Tentou imitar minha voz.



- Mas eu não ligo mesmo para você, Felix. - Empinei o nariz.



- Vou fingir que sim. - Beijou meu nariz me fazendo sorrir com os olhos fechados. - Que lindo! - Apertou minhas bochechas e eu fechei a expressão abobada.



- Se você contar isso para alguém, vou jogar uma lagartixa no seu cabelo.



- Você não faria isso.



- Está me subestimando demais. - Estreitei os olhos.



...


Heey, espero que estejam gostando do rumo da fic... QUEM QUER VER O HWANG HYUNJIN CHEIO DE VERGONHA? EU!

+10 comentários e eu volto com mais um, bebês ❤

Felixx496 tá tudo bem? Kkkkkkkkkk
Muito obrigada pelos cem comentários contados kkkkkkkkk eu ri muito

Burlando o sistema kkkkk

The Big Problem | Versão Hyunlix | A.B.O ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora