O que aconteceria se um segredo viesse a tona e virasse sua vida de cabeça para baixo? Giulia sabe a sensação.
De um encontro inesperado na sua faculdade, um segredo foi exposto. Ela não era quem pensava ser. E, por isso, muitas coisas começaram a f...
- Bom, ... deu positivo. Você é mesmo uma Verstappen, Giulia.
Victoria começou a chorar, assim como Sophie, que foi acalentada pelo filho. Já Giulia estava em choque.
Ela pensava mesmo que poderia ser verdade, mas isso não mudava o quanto estava doendo. Seu coração parecia ter quebrado.
Ela viveu 20 anos em uma mentira. Toda a sua família, sua vida era uma mentira. Tudo menos seus amigos e as coisas que conquistara por si só.
Aos poucos a garota conseguia ver sentido em tudo. A diferença de tratamento entre ela e as irmãs, a falta de interesse em sua vida, sem contar que não pareceria realmente filha deles.
Mas nada disso a tirava da tristeza que estava sentindo. Como eles foram capazes? Se não fosse os Verstappen a procurando ela nunca saberia nada disso. Precisa que estava perdendo tudo.
Mas então Giulia percebeu. Ela perdeu, mas imediatamente ganhou tudo também. O pouco que pode ver a interação entre a família percebeu que seria bem acolhida e que eles esperaram e procuraram por ela. Eles ansiavam ter ela na família, e isso foi a melhor coisa pra a brasileira no momento. Isso é o abraço que Victoria a deu.
- Eu sabia! Eu soube que era você assim que te vi! - a neerlandesa falou. - Minha irmã, minha irmãzinha.
E então Giulia se sentiu feliz. Victoria chorava por ter encontrado-a, assim como Max e Sophie. A mais nova percebeu que aquele era motivo de sorrir. Mesmo com a mentira, ela encontrou sua família de verdade, e estava com sua irmã ali em carne e osso. E por isso, Giulia retribuiu o abraço da irmã, deixando lágrimas calmas escorrerem por seu rosto.
Giulia se sentiu em paz. E plenamente feliz, o que era estranho já que só se sentia assim com Camila e Pedro. Mas foi bom, o sentimento era bom. Era libertador!
O choro se prolongou por alguns minutos, até que as garotas decidiram desligar para almoçar, prometendo ligar novamente mais tarde.
Aaron conseguiu sentir o bom ambiente que estava na casa. Uma áurea de alegria permeava as duas mulheres ali presentes, e era lindo de se ver. E o melhor: foi o trabalho dele quem garantiu isso àquelas pessoas.
Ele se permitiu emocionar por um momento.
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O almoço passou alegre e calmo. Todos comeram muito e conversaram sobre tudo. Victoria sempre perguntava coisas novas para Giulia e a ouvia falar. A neerlandesa queria conhecer sua irmã e estava adorando ouvir sua voz. Isso era uma prova de que era tudo verdade.
Para Giulia, aquele foi certamente um dos melhores dias de sua vida. Já estava pegando um carinho por sua irmã, mesmo a conhecendo há pouco tempo.
Terminavam de arrumar as coisas do almoço quando Aaron pediu licença e foi para o escritório trabalhar. Segundo ele, agora que tinha certeza de que Giulia estava viva e era filha de Sophie, ele tinha muito trabalho a fazer.
Ele tinha gostado de trabalhar com aquela família. Tanto que agora queria permitir com que eles fossem felizes e Jos fosse preso só pelo seu prazer. Pensou que os Verstappen merecem ser felizes, enquanto o homem deve pagar. E assim ele se retirou, indo fazer algumas ligações.
Já as irmãs ficaram na sala mesmo. Elas se sentaram no sofá, de qualquer jeito, e começaram a conversar. Os assuntos foram da faculdade para a falsa família de Giulia, dos filhos de Victoria para Max e sua vida maluca de piloto, e estavam falando sobre Sophie. Já se passava das 18h. A sorte de Giulia era que seus pais não se importavam com onde ela estava. Ela poderia até mesmo dormir lá que eles pouco iriam ligar, não se dariam o trabalho nem de perguntar onde ela estaria.
Mas isso não passava pela cabeça da garota. Tudo que ela queria era ouvir o que sua irmã mais velha falava. Era cada história que Victoria contava, que aos poucos Giulia passou a saber muito sobre sua família. E melhor, se viu com eles, fazendo parte dessa vida meio maluca que eles levavam.
As mulheres falaram mais um pouco com o restante da família. Sophie, Max, Tom com os meninos, todos apareceram e ficaram conversando com elas. Isso até ficar muito tarde em Londres e eles precisarem desligar. Prometendo ligar no dia seguinte.
Assim que viu o relógio, Giulia se assustou. Já eram 20:20. Ela precisava ir pra casa.
- Eu estou amando o nosso dia, mas preciso ir pra casa.
- Você pode ficar se quiser, sabe disso.
- Eu agradeço, mas não quero gerar qualquer tipo de desconfiança naqueles dois. Se eles foram capazes de fazer o que fizeram, quem dirá o que podem fazer se descobrirem que sei de tudo. Não quero mais me afastar de vocês.
- Fico feliz. - Victoria falou sorrindo. - E tenha certeza: eles nunca mais vão levar você da gente.
- Ainda bem. Hoje foi um dos melhores dias da minha vida. Eu me senti viva com vocês. Só posso agradecer.
- Você não tem que agradecer nada. Infelizmente ficamos separados por muito tempo, mas esse tempo passou. Agora vamos matar o tempo perdido e fazer os culpados pagaram pelo que fizeram. E sabe qual vai ser a melhor vingava de todas?
- Qual? - Giulia perguntou se levantando e sendo acompanhada por Victoria, que também ficou de pé.
- A melhor vingava é que nós vamos ser muito felizes.
Giulia sorriu com aquilo e abraçou a mais velha, dando um beijo em sua bochecha.
- A gente se vê amanhã? - Victoria perguntou.
- Claro que sim, Verstappen.
- Então até amanhã, mini Verstappen!
- Mini Verstappen? - Giulia perguntou rindo e indo em direção à porta.
- Ou você prefere Verstappen 3.0? Vou ver com Max qual vai ser.
A brasileira deu uma gargalhada e voltou a sair pela porta, dando um sorriso, e com a promessa de voltar no dia seguinte.
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Mais um pra eu me redimir pelo tempo sem postar e porque vocês pediram muito. Curtam e comentem muito esse aqui também🤍
