Passando o sufoco de ter que escutar os escândalos da princesinha tendo seu pé colocado no lugar de origem, Bezalel se questionava do porquê seu coração foi gostar de uma garota tão mimada. Não sabia qual era o orgulho que Oséias falava sentir por ela, já que ele não via nada de que se orgulhar nela.Talvez ele o falasse por ser sua amiga; ora, qual é o amigo que muitas das vezes vai encobrir algo para não magoar a amiga? Era fato, que todo esse seu questionamento estava por completo errado.
Por ser detetive, tinha o costume de não confiar em ninguém, todos eram suspeitos até que se prove o contrário.
A noite houvera caído, porém, não aquela noite estrelada de se admirar, e não trazia a linda lua para seus caminhos iluminar.
Estava sim, o completo breu de se apavorar. Oséias tinha muitas qualidades, mas fazer tocha estava fora de cogitação, com certeza ele não tinha sido agraciado com esse dom. Cada tentativa era um terrível erro, os quais fazia Ester rir, mesmo com a dor que sentia. E claro, como Oséias não gostava de sua zombaria, uma carranca se formava em seu rosto.
Para que não sofresse mais os fracassos, Bezalel pegou um pedaço de madeira reta, tomou das mãos de Oséias os panos para envolver a madeira e derramou sobre ele o óleo mineral, que trouxe para esse tipo de situação.
Os dois jovens, olhava para ele abismado, como se tivesse feito uma mágica acontecer. Mas o que não esperavam era que tanto o esforço do jovem detetive, quanto o esforço do homem do mar fora em vão. Logo quando se acendeu a tocha, vagalumes, muitos vagalumes iluminaram a floresta, mostrando o caminho para Ester.
Sem acreditar naquilo que via, Bezalel só não destruiu a tocha em sua mão, pois, temia que fosse precisar dela depois. Fato era, a ira encheu seu coração naquele momento. O que aquela princesinha tinha de tão especial que ele ainda não via?
Por que todos os enigma apontavam para ela desde o Louvre, quando o mapa se revelou somente no momento em que esteve em suas mãos, e a aparição da asquerosa fada que nunca lhe enganou e agora, vagalumes fazendo cominho para ela.
Bezalel queria ter certeza, com tudas as provas apontando para ela e seu tio. Mas tinha dúvida, – somente relacionada à ela – não podia acreditar que Ester seria capaz de fazer tudo isso, e ainda mais sozinha. Porém, o que nunca entrou na sua cabeça, foi o fato dela ter se incriminado, era vero, ser sucessora era assustador, mas não para tanto.
Bezalel, se estivesse em seu lugar iria usufruir de tudo que a realeza tinha a lhe oferecer, e claro, como o seu ego não permite admitir que seria um péssimo rei, acreditava que seria ótimo e exerceria muito bem esse papel – só que não –. Mas só nos seus sonhos e imaginações mesmo, pois, o reino estava muito além dele e do que ele poderia oferecer.
Embrenhado-se pela floresta não tão escura – por conta dos vagalumes–, Oséias carregava Ester sobre as costas – para ele, ela era leve, mas para Bezalel, era pela misericórdia, claro, Oséias fazia trabalho braçal, já Bezalel, não. O pobre não cuida da saúde, quem dirá fazer trabalho braçal para cuidar de alguém. –, enquanto a mesma dormia suavemente.
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Dracma, o Elo Perdido
FantasíaEm um futuro ainda desconhecido, as dracmas que um dia fora tão usadas, agora só podem ser prestigiadas. No museu de Paris, somente duas dracmas restaram, agora como monumento histórico. E para que não tão facilmente fosse roubada, forjaram no fogo...