CAPÍTULO XXXIV - Marinheiro

15 5 10
                                    

Naquele fatídico e miraculoso dia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Naquele fatídico e miraculoso dia...

     No último suspirou do aventureiro marinheiro estimado por muitos, um rugido ouvido enquanto o jovem se debatia, fora tão forte e estridente, que aquele ser virou pó e Oséias caiu sobre o chão. Fumaça escura caiu ao redor do bosque e sem esperar que ela dissipasse, os Nelfos entraram no breu para tentar localizá-lo, porém, tudo que encontraram fora cinzas. Concluíram que Oséias havia partido juntamente com o ser maligno que tentara ceifar sua alma de forma tão inescrupulosa.

Não se sabia ao certo e a única conclusão que poderiam obter era que neste fatídico dia, Oséias tivera sua vida ceifada, enganou-se quem pensou que tão facilmente livrariam-se do homem do mar.

Ele fora salvo pelo único que poderia conseguir tamanho feito. Vendo sua vida esvai-se pelos seus olhos tão rapidamente e sentir aquela dor agonizante para Oséias fora o pior momento de sua vida, mas também o melhor.

Haviam tantas coisas para acertar, para pôr no lugar. Um nó se formou em sua garganta no momento em que o feitiço fora quebrado, quando a lanceta fora cravada de forma bruta em seu peito. Ele voltou para realidade que parecia ter sido arrancada, como quando arrancam o doce de uma criança.

Sabendo que breve não estaria entre os vivos, conduziu seus olhos para grama verde para uma última lembrança que não fosse a face medonha daquele ser, teve logo uma decepção, o lugar estava cinzento por completo com suas árvores mortas e às nuvens escuras temiam retirar-se e mostrar o procedente horror.

Logo sua ponta afiada acertaria seu coração em cheio e quando acontecesse, partiria, Oséias nunca imaginou que teria uma inescrupulosa morte, todas as vezes que surgira o pensamento, achava que muito ainda viveria, encontraria o amor – e encontrou, uma bela jovem jornalista –, viveria ao seu lado desde jovens há velhinhos. Desejava poder dar para sua amada, seu último sorriso enrugado, mas não lhe ocorreria o desejável, pensara.

O oxigênio parecia escasso naquele ambiente, o velejador tentara respirar várias e várias vezes, falhando miseravelmente. Aos poucos sua garganta trancava e às forças, quase não lhe restara.

Era o momento de desistir, não suportava manter os olhos abertos... mas insistia em fazê-lo, de alguma forma precisava.

Seus pulmões paravam de bombear a medida que a praga curvada rasgava sua carne. Teimava para não desistir com tanta facilidade, oras, ainda que sua alma clamasse para que deixasse-a ir, Oséias não poderia.

Escapes não há, pode fechar os olhos e sonhar, sonhar, sonhar...

Algo estava diferente, enquanto ajoelhado, sem contato visual com o ser maligno, vagarosamente meneou sua cabeça e notou surgir uma luz, que dissipou às trevas à sua volta que tentava sugar sua alma. Um forte e poderoso rugido bramou tornando o intruso em cinzas e a lanceta em fino pó que em instantes desaparecera. Enquanto o marinheiro Oséias, como uma pena em seu vaguear teve seu corpo pousado sobre o gramado acinzentado.

Mas cada passo dado pelo Leão Branco, cheio de Majestade e Graça, faziam tornar-se verde e aplainado o gramado. Defronte ao corpo de Oséias sem vida, contemplava com seus olhos grandes de íris amarelada capaz de enxergar além a alma do jovem dançar graciosa e alegremente.

Embora pudesse interromper o ocorrido, não pretendia mudar o curso de toda história escrita.

Subindo pelos ares, levada pela brisa, lá ia-se sua alma ao descanso. Entretanto, não sendo o momento, o Leão respirou a brisa e soprou-a em suas narinas, logo, concedendo-lhe novamente: vida.

Respirando profundamente, o Leão decidira deixá-lo dormir. Pegando-o com suas presas de forma que não o machucasse, colocou-o sobre suas costas e saira caminhado. Era um mistério, visto que onde passasse, de forma alguma ficava marca de suas pisadas, como se andasse por entre dois mundos distintos.

Sumindo na fumaça escura, ainda era possível ver seus sedosos e reluzentes pelos que chegavam ser mais alvo que a neve.

Quando por fim desapareceu, permitiu que o curso normal do tempo continuasse, visto que o fez parar assim que bramou.

•••

Aquele lugar era diferente, de todos, como aquele nunca vira. Não sabia se estava entre um mundo e outro, ou se era alucinação de sua cabeça.

Tudo mostrava-se claro, mas essa clareza não doía seus olhos, muito pelo contrário, lhe transmitia paz.

Sentindo um certo incômodo, fora puxado como se esticasse um chiclete para fora de seu estranho sonho.

Seus olhos forçavam abrir-se devido a luminosidade do sol adentrando todo aquele lugar pelas gretas. Não podia dizer ao certo se era uma casa ou...

Sendo tirado de seus devaneios, ouviu passos, não conseguia lembrar como fora parar numa casa da árvore, suas mente estava pura confusão.

Deitado ainda sobre uma cama comum, muito presente na vila dos nelfos. Fechou os olhos e tentou regular a respiração acelerada.

— Abra os olhos, Oséias. Sei que não está dormindo – ordenou.

Relutante, abriu o olho esquerdo e pensou estar vendo uma miragem, perguntou-se se poderia sair correndo dali antes que o mesmo engolisse-o.

Calma, como UM LEÃO FALA? Fato que já vi muitas coisas, mas nenhuma delas se comparava ao esplendor que exalava do Leão de pelagem branca…– arregalou os olhos ao extremo gritando internamente eriçando às sobrancelhas percebendo o que realmente estava acontecendo... bom, dessa vez não fora culpa da fada medonha, Oséias realmente desmaiou pela realidade ser bocado para sua cabeça.

______________________________
Revisado rapidamente, contém erros ortográficos.

Espero que essa capítulo aqueça vossos corações.

Deus vos abençoem, até o próximo capítulo.

Jesus Te Ama!

Bye
<3

Dracma, o Elo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora