Forçando seus olhos abrirem lentamente, piscou vezes seguidas das outras lentamente, seu corpo todo doía, lhe impossibilitando sentar ou ficar sobre os pés.
— Argh... – com uma careta murmurou pela dor latente na cabeça.
" Até parece que a pancada foi na cabeça " – reclamou mentalmente, lembrando-se do momento que foi lançado contra árvore. Revirou os olhos por ter sido pego tão desprevenido, mas não culpa à razão da sua distração, que caminha agora em sua direção com um sorriso dócil e os olhos carregados de alívio.
Vendo-a se agachar para ficar em sua altura, tentou se mexer, mas fora impelido por um olhar advertido, resolveu ficar quieto.
A mão da jovem caminhou lentamente e levemente trêmulas ao encontro de seu rosto, Itai não conseguira decifrar sua expressões enigmática, resolveu aproveitar o carinho de sua delicada mão deslizando por toda extensão de seu rosto, desviando somente de alguns ferimentos.
Ester tentava todo custo não estapiá-lo por ter feito-a passar tal martírio, resolveu que a surra do ser das trevas fora suficiente.
— Quando melhorar, precisando conversar – anunciou num tom carregado de tristeza. Meneando seu rosto para fitar seus olhos, Itai temeu essa conversa, pela primeira vez na vida.
— Tudo... bem – respondeu com dificuldade, sentindo o sono pesar em seus olhos.
— Agora durma... – ouviu o sussurrar de sua doce voz, antes de adormecer.
Ester havia tomado uma decisão difícil, não estava pronta para viver dependendo emocionalmente das pessoas à sua volta. Precisava soltar a âncora de seu barco em uma Rocha sólida, em quem permanentemente manteria-se sustentada. Desde nova, nunca deixou evidente, mas dependia emocionalmente de pessoas que sempre lhe decepcionava para ser feliz, nunca soube quando chegou em um ponto cuminante como este, porém, estava ela ali, depositando toda suas expectativas e confiança em quem não deveria.
A exaustão era evidente em sua alma, seu coração encontrava-se triste e abatido. Ao contrário de quando seu coração estava alegre, seu rosto ficava formoso, mas à tristeza da alma lhe fez secar os ossos – metaforicamente falado –. Não sabia como começaria aquela conversa com o rapaz, teria de encontrar um jeito eficaze enquanto dormia.
A guerra havia cessado, houve muitos que feneceram; o clima pesaroso e velororoico predominava, deixando os corações ainda mais entristecidos. O avô de Ester não permitiu que subisse e visse todo desastre, queria poupá-la de ver coisas que poderiam gerar gatilhos com relação a morte de seus pais.
Caminhando lado a outro impacientemente, tentada desobedecer o seu avô e quase o fez antes de vê Bezalel vindo ao seu encontro; podendo decifrar a feição sentida do jovem detetive, procurou um lugar onde se sentar para ouvi-lo.
Ainda que pouco o conhecesse, fora um baque receber aquela notícia, seus olhos correram rapidamente ao encontro do jovem Nelfo. Seu estômago embrulhou pela possibilidade de ser ela contar que seu irmão havia sido levado pelo Leão. Pôde perceber mesmo sendo somente um jantar, que Itai tinha um grande zelo pelo irmão, honrava de forma linda sua família, ainda que não fossem fácil de lidar.
Em muitas de suas conversas, notou que havia um vínculo muito forte entre ele e o irmão. Não sabia como suportaria tal perda, percebendo que não seria fácil para Itai, resolveu deixar aquela conversa que mencionou para depois. Pior que uma bomba nuclear, seria receber duas notícias que destruiria seu coração, a perca de seu irmão, como também acabar mesmo sem começar o que havia entre eles.
— Você está bem? – questionou vendo sua feição chorosa. Em resposta à princesa balançou a cabeça em negação.
Com precisão, juntou os pontos e concluiu que estava sobrecarrega com tudo que aconteceu em sua vida durante esses poucos dias, sabia que palavras não iria consolá-la neste momento, porém, um abraço seria suficiente, visto que um abraço vale mais que mil palavras.
Sentindo braços magricelos lhe envolver, o choro estouro em sua garganta. E sem dizer absolutamente nenhuma palavra, Bezalel lhe consolou com à ternura de seu abraço carregado de amor.
°°°
— Estava tentando me preparar para terminar algo que nem começou com o Itai – suspirou pesadamente, enquanto olhava suas mãos trêmulas, repousada sobre à mesa emadeirada defronte donde estava sentada em cadeira feitas a cabos de cipreste. –, mas agora que soube da morte de seu irmão, não posso permitir que receba duas notícias desastrosas – desabafou.
Era fato, uma faísca de esperança acendeu no coração do jovem detetive, entretanto, às horas não era das favoráveis para colocar algo em ação.
— Eu poderia concordar com você, para lhe aliviar. Mas não posso. – a atenção da jovem princesa, fora para ele. Suas sobrancelhas elevaram-se em interrogação. – Ainda que seja duas más notícias, prefira a verdade do que ferí-lo duas vezes em diferente ocasiões. Esperando que uma ferida se feche para abrir outra ao lado, sendo que possa acontecer que a outra se rompa por não ter sarado direito.
Era algo verídico e Ester sabia disso, mas tinha medo do que isto poderia ocasionar ao jovem, estava dividida entre fazer a coisa certa ou machucá-lo duas vezes seguidas em diferentes ocasiões.
— Você tem razão... – admitiu, espantando Bezalel que arregalou os olhos esbaforido. – mas, não sei se consigo.
Ele sabia que iria haver o: "mas, porém, entretanto e todavia", e havia uma solução para todos os seus porquês, que claramente ele estava disposto a responder.
— No grande Livro do Leão. Existe um trecho bastante comum entre os Nelfos e alguns cidadãos de nossa cidade fora de Eloman. " Tende vós de conhecer a verdade, para encontrar liberdade." Seu avô me explicou que a verdade é o filho do Grande Leão, o Leão Branco, no momento que você O conhece, os porquês não interessarão. Somente a Sua Verdade interessará. Gostaria que soubesse, ainda que a verdade machuque, escolha ela, pois, você não sabe o que lhe pode acontecer amanhã. Você provavelmente poderia não ter tido chance de conversar com o Itai, como de igual modo, ele de certa forma não teve tempo de se despedir do irmão. Pense, a verdade deve ser dita no tempo oportuno ou quando acharmos que é melhor contá-la? Podemos perder uma oportunidade em busca de uma ocasião, quando deixamos à que tivemos escapar entre nossos dedos.
Às palavra eram duras e ao mesmo tempo suaves, como a água que bateu continuamente sobre à pedra, até o momento que furou-a. Assim, às palavras ditas por Bezalel penetrava seu coração, de forma que deixava claro o caminho a seguir: contar a verdade e conhecer a Verdade.
______________________________
Revisado rapidamente, contém erros ortográficos.Espero que esta leitura aqueça vossos corações.
Até o próximo capítulo,
Deus vos abençoe grandemente!
<3
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dracma, o Elo Perdido
FantasíaEm um futuro ainda desconhecido, as dracmas que um dia fora tão usadas, agora só podem ser prestigiadas. No museu de Paris, somente duas dracmas restaram, agora como monumento histórico. E para que não tão facilmente fosse roubada, forjaram no fogo...