Em um futuro ainda desconhecido,
as dracmas que um dia fora tão usadas, agora só podem ser prestigiadas.
No museu de Paris, somente duas dracmas restaram, agora como monumento histórico. E para que não tão facilmente fosse roubada, forjaram no fogo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O grande luminar apontava, seus raios amarelados refletiam intensamente dentre às árvores, e a guerra cessou somente quando um rugido ecoou e fez todos os seres das trevas tornarem-se cinzas.
Sentindo seu corpo cansado e dolorido, Ester levantou a cabeça que estava recostada no ombro do detetive e suas mãos passaram pelo rosto tensionado, soube que poderia respirar aliviada quando seu avô desceu completamente acabado, mas como consolo, não ousou tirar o sorriso do rosto.
Itai não houvera acordado em nenhum momento. O que preocupou a jovem de cabelos negros, sentindo uma mão repousar sobre a sua, meneou à cabeça e fitou Bezalel com o rosto inchado por acabar de acordar.
— Licença? – pediu, deixando-o confuso, mas ao seguir seus olhos percebeu que sua mão impedia que levantasse. — Vovô... – deu uma pausa para olhá-lo de cima abaixo quando se aproximou – o senhor está horrível! – exclamou dando espaço para uma gargalhada cansada e alta, e claro, a jovem donzela não ficou de fora. Sendo pego de surpresa pelo abraço de sua neta, seu coração ficou quentinho pela oportunidade que teve de conhecê-la. Pensara que seu fim havia sido o mesmo de seus pais, porém, percebeu que Filipe não era tão cruel e horrível para ceifar a vida de uma criança, visto que não lhe faltou oportunidades.
Agora que houvera descoberto que existe a possibilidade de contato entre ele e a fadinha asquerosa, ligou os pontos e concluiu que Filipe poderia não tê-la matado quando nova, mas agora que está adulta não pouparia esforços para fazê-lo, tudo isso por conta de poder, ganância, luxúria e soberba. O ancião nunca conheceu alguém tão terrível como este leviano, que não se contentou em tirar a vida de sua filha e genro, como também de todos da linguagem real que poderia subir ao trono, assim restando somente ele com uma história esfarrapada de que o rei e a rainha foram eliminados num atentado Russo. Mas Filipe dava somente o que os cidadãos queriam, uma mentira em vez da verdade. Entretanto uma coisa é certa, não há nada encoberto que não seja revelado, leve o tempo que levar a verdade sempre prevalecerá, e Urias estava disposto fazê-la aparecer desse dia em diante.
Sua neta, passou ser o bem preciso que necessitava zelar, custe o que custar.
Seus olhos correram em direção ao corpo adormecido de Itai, com cuidado desvencilhou-se do abraço e permitiu-se analisar de perto o estado do jovem.
— Vamos interceder por ele.
— Como interceder, orar? – indagou Ester, confusa. Seu avô assentiu e ergueu à mão para que segurasse.
Olhando no fundo dos seus olhos, vendo medo e confusão, proferiu: — Não precisa falar nada, somente acredite que o Leão poderá salvá-lo. Jamais permita que seu coração duvide, você pode não vê-lo, mas acredite, tão somente... acredite. – pontuou firme quando sentiu sua mão repousar. — E você, – continuou, olhando Bezalel com um sorriso nos lábios – segure-a também! – ergueu a outra mão e em concordância o fez.
— A Luz sempre prevalecerá! – exclamou o jovem detetive confiante, o que intrigou Ester, fazendo-a acreditar que ele estava diferente, como seria possível? Dias antes conhecera um rapaz imaturo e agora quem era esse ser na sua frente? E como mudara tanto?
Sua atenção fora perdida, quando seu avô fechou os olhos, respirou profundamente e pediu humildemente, que suas palavras esbanjaram sinceridade de coração: — Grande, Leão! Que somente ao Rugir fez tudo se formar! Somente no seu respirar faz os inimigos dissipar, pedimos, sabendo que em Ti habita toda vida e também a morte, que dê forças para peleja internar ser vencida! Como quando a Luz tudo iluminou e treva alguma predominou, ouça o clamor da alma do seu filho. Grande, Leão... sua alma fenece e somente tu podes conceder-lhe outra oportunidade. Ouça, pedimos, ruja para as trevas voltarem para o abismo.
°°°
Sua respiração estava extremamente escassa, descontrolado o pulmão pedia por ar e toda aquela escuridão não conciliava com nada.
Temente, achando ter fenecido por completo, como num fim do túnel, o clarão apareceu de forma abrupta, forçando seus olhos fecharem.
Abrindo lentamente enquanto se punha sobre os pés, ouviu burburinhos de algo se rastejando, era indescritível.
Porém, quando seus olhos por completo abriram-se avistou aquele ser maligno e opaco. Sem saber o que fazer ou como agir, seu coração começou acelerar, suas mãos soarem preocupantemente. O medo corroía seu peito e lágrimas tentavam rasgar em seus olhos, não havia escapatória, com certeza seria seu fim.
O ser das trevas e sem fisionomia, riu macabramente, caminhando em direção ao jovem Nelfo, que se mantinha paralisando de medo.
— Achou mesmo que sua confiança no Leão, lhe traria algum benefício? – debochando do Nelfo, lhe questionou.
De maneira trêmula e tartamudeante, palavras saíram de seus lábios: — Ca-s-so não achasse... n-a-ão confiaria!
— Estão por que temes a morte, se Ele detém todo poder?
Com os olhos extremamente arregalados, percebendo que o ser o tinha em suas mãos, caiu de joelhos chorando copiosamente e elevou seus olhos à luz clamando em soluços pela ajuda do Leão. Próximo suficiente para saquear sua alma, antes que pudesse tocá-lo, passos estremecente fora sentido e o arrepio subindo da planta de seus pés a sua cabeça, erguendo-a e firmando-a em direção ao Majestoso Leão.
Sem poder questionar, o Leão arranhou o chão com sua pata, fazendo o ser das trevas se prostrar em reverência.
O olhar indescritível do Leão, transmitia para Itai, amor e paz, como também justiça.
Sem dolor, pronunciou com autoridade sobre tudo e todas às coisas: — Como ousa tentar tocar naquele que é MEU filho? – tendo por fim afirmado em seu questionamento, rugiu tornando pó o ser das trevas.
Dirigindo seu olhar para o jovem, aproximou-se lhe falando. — Agora, você pode descansar. Eu estarei sempre aqui – posicionou sua pata no coração de Itai –, no seu coração. Jamais deixe de acreditar! – adverteu, fazendo-o caiu num sono profundo, podendo ter uma noite tranquila.
