CAPÍTULO VII - Um bando de covardes

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Momentos antes

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Momentos antes...

                     Quando Ester estava decidida à novamente convencer seu tio, sobre ser herdeira do trono. Antes que pudesse chegar aos portões do Palácio de Versalhes, seu vídeo rondava Paris.

Ester houvera estado com uma pulga atrás da orelha, chegou até pensar que seu amigo não faria o que havia ordenado. E por quase tirar conclusões precipitada – o que ela faz muitas vezes –, entraria no Palácio normalmente e veria o balde de água fria cair sobre sua cabeça, e claro, ela não poderia fazer absolutamente, nada, como sempre.

O desespero dizia olá, o que faria? Entrar em desespero não era uma opção, e ir ao Palácio de Versalhes também não, e pensar em ir para sua casa, não seria a melhor ideia, se seu tio já houvesse visto este vídeo, com toda certeza existente dentro de si, ele teria mandado seus saldados até lá, para levá-la sem exitação à ele.

Uma lâmpada mágica se acendeu em sua cabeça, dando-lhe uma brilhante ideia. Procurar o único que nesse momento poderia ajudá-la.

Oséias, o homem do mar. A jovem donzela houvera conhecido Oséias aos quinze anos de idade, em umas de suas fulgas para o Museu do Louvre. O pobre e magricelo rapaz, sofria bullying dos chamados: "amigos do colégio" , por ser de todos de sua turma o mais magro – por ser baixa renda, não tinha como comer todos os dias, nem ele, nem a sua família –. Isso afetava-o bastante.

Certo dia, Oséias fugira no caminho do colégio para não dar de frente com os seus colegas. Mas não adiantou muito, os mesmos faziam questão de esperá-lo em um dado local, que nem o pobre adolescente sabia. Entre os becos estreitos das ruas de Paris, quando avistaram Oséias desviando do caminho que percorria, eles os seguiram.

Como o garoto não era lerdo, pressentiu pessoas lhe seguindo. Para que pudesse descobrir quem eram, fingiu amarrar os cadarços do seu velho sapato e olhou de soslaio por cima de seus ombros e os viu. Estreitando os olhos ao derredor se localizando e montando uma estratégia em sua mente, notou o Museu do Louvre alguns metros a sua frente, respirou fundo ao sentir um calafrio percorrer todo seu corpo.

Tomando coragem para correr, impulsionou seus pés a correrem em direção a entrada do Louvre. O alívio chegava precipitadamente ao achar que conseguiria chegar, mas seu corpo sofreu um impacto com o chão ao ser puxado bruscamente pela mochila.

Os quatros adolescente de portes médio e carnudos, – o oposto de Oséias – tinham um sorriso macabro surgindo no seus rostos, como se fossem cometer um crime sem escrúpulos com o seu colega de classe.

Oséias olhava atemorizado para suas mãos machucadas, seus olhos lacrimejava devido ao medo que sentia e seu coração se apertava a cada passo que ouvia dos rapazes se aproximando de si.

O pobre rapaz, agora abraçado ao seu próprio corpo, ouvia barbaridades ditas pelos indivíduos.

— Estúpida essa ideia, Oséias – proferiu um dos adolescentes com a voz carregada de escárnio. Eles contemplavam o estado deplorável de Oséias e tinham prazer nisso. Se satisfaziam em ver a miséria de seus colegas de turma, principalmente daquele que não podia se defender, é claro, Oséias.

— Ande! Se levante. – ordenou o menor deles. – Oh! Pobre, Oséias. Está chorando – ironizou e em seguida gargalhou zombando de seu estado.

— ANDA! – gritou o puxando pelo seu ossudo braço, e de certa forma o machucando. Agora, tendo suas mãos segurando o colarinho da farda surrada de Oséias. O ergueu para que chegasse a altura do seu rosto.

Oséias, não demonstrava nenhum tipo de reação, pois, sabia que se tentasse perderia. Ora, não era um contra um, era uma covardia de quatro contra um. E o pobre moço não tinha forças para derrubar um, sequer derrubaria quatro – que era uma muralha perante seus olhos –, da última vez que tentaram, levou um soco no estômago, que quase o fez colocar o que havia comido para fora. E teve que esconder a marca roxeada que ficou durante um tempo, de sua mãe, para não preocupá-la.

Não colocaria na conta de sua mãe, uma preocupação à mais, as que tinha, lhe bastava para deixá-la com enxaqueca.

— Só não te surro aqui, pois aqueles guardas ali – apontou com a cabeça –, interfeririam, – rolou os olhos em tédio, olhando em seguida irado para Oséias – mas, amanhã, eu espero que não tente desviar do seu caminho, pois o conhecemos muito bem. – murmurou entre-dentes deixando que seus pés novamente tocassem ao chão.

Charlatões

— Vá – disse o mesmo que o pegara pelo colarinho batendo sobre sua farda para fingir limpá-la, sem deixar que percebessem a ameaça – fracassando devidamente –.

— Ei! – ouviram uma voz feminina indignada exclamar, e logo menearam suas cabeças naquela direção. E a donzela de quinze anos, vinham com guardas acompanhando-a em suas direção. Sons de dentes batendo um no outro de medo fora ouvido pelo moço magricelo – se nunca os vira com medo, agora via, era capaz de passarem uma vergonha por urinarem de medo nas calças do colégio. –, seus lábios se curvaram num sorriso de satisfação, agora, eles tinham se danados.

— Eu vi e ouvir o que vocês quatro fizeram com esse pobre rapaz. – revelou apontando para todos, tirando Oséias. – Um bando de corvades, eu deveria ordenar aos guardas que me acompanham, que perdessem vocês. Mas vou dar uma segunda chance, porém, não ousem se aproximar dele, se não, é isso que farei. – proferiu demonstrando benevolência.

Temerosos, assentiram com tamanha rapidez as palavras ditas pela princesa. A situação para cada um deles não fora agradável, Ester pedira que os guardas acompanhassem cada um a suas casas e revelasse ao seus familiares o ocorrido, sem ocultar nenhuma palavra. E os alertar, que dá próxima vez que o fizerem, seriam presos por tempo indeterminado ou até aprenderem à tratar os colegas de classe com humildade.

— Prazer, Princesa Ester, mas prefiro que me chame apenas de Ester – se apresentou animadamente e estendeu sua mão para um cumprimento.

Oséias houvera ficado tímido com tamanha benevolência, ninguém além da sua mãe o tratava bem. E ver justamente a Princesa de Paris, ali na sua frente, o tratando tão bem e estendendo a mão para que ele a cumprimentasse, foi o ápice, só não chorou, para não parecer patético, – seria fofo, não patético, diria Ester.

Saindo de seu momento de êxtase, rapidamente a cumprimentou esquecendo que estava com as mãos machucadas,  fazendo-a rir pelo modo em que balançou as suas mãos.

— Seu nome, garoto! – exclamou brincalhona.

— Uhh! Oséias.

— Bom, Oséias. Já que estamos aqui no Louvre – gesticulou para a entrada –, vamos entrar e tratar seus ferimentos?

Meio receoso, mas curioso para visitar o local, Oséias deixou de lado seu receio, deu de ombros e seguiu sua aguçada curiosidade. Tinha agora em seu coração, esperança em ter uma amiga. Não pelo título que ela tinha, nem por ter lhe salvado, mas por simplesmente, encantá-lo.

Ester e Oséias, depois desse dia se tornaram amigos quase inseparáveis. – claro, seria uma lástima não se tornarem.

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Revisado rapidamente,
contém erros ortográficos.
Um pouquinho sobre Oséias.
Espero que gostem do capítulo,
Deus vos abençoe! <3

Dracma, o Elo PerdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora