#6 - Sim.

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Bom dia, boa tarde e boa noite.

Essa semana eu fiquei dodói com reação da vacina, então vou postar pra vcs agora. Sorry.

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Ohm não permitiu que Nanon fosse embora até que ele desse seu contato, ambos eram adultos, e podiam muito bem se ver se fosse da vontade de ambos.

Na verdade, por dentro, Ohm esperava que o mais novo quisesse muito vê-lo em breve.

As coisas na empresa se tornaram um pouco complicadas , e mesmo que quisesse muito, só conseguiu trocar poucas mensagens com Nanon, que parecia um pouco desanimado em manter uma conversa.

- Filho. - Ohm saiu de seus pensamentos e encarou o senhor que o olhava de forma irritada. - Seu avô estava falando e você olhando esse celular.

- Desculpe, tenho um compromisso. Podemos terminar a reunião por aqui?

Todos ficaram um pouco espantados, ele nunca foi do tipo de apressar uma reunião. Mas Ohm sabia que hoje, sexta-feira, Nanon estaria em seu trabalho de meio período no café próximo ao bairro onde ele trabalha.

- Ei, segura o elevador. - Seu primo Earth estava com aquele sorriso.

- Viu o Mix ou ganhou um carro novo?

- Ambas respostas estão corretas. Mas estou assim porquê quero saber a resposta.

- Que resposta?

- Por qual motivo o herdeiro e CEO Ohm Pawat está saindo cedo de uma reunião, pela primeira vez desde que tinha 14 anos.

- Não exagera. Eu só tenho um cliente importante.

- Quem? Vou com você então.

- Não!

- Aha! - Quando ele estava prestes a soltar a história toda, o elevador se abriu quatro andares abaixo, e um garoto menor e de sorriso travesso entrou no elevador.

- Sr. Pawat, você. - Ohm segurou a risada.

- Você? - Earth encarou o motivos de seus surtos.

- É, é. Então, fiquei sabendo que alguém aqui saiu de uma reunião cedo.

- Pelo amor de Deus, essa empresa é uma rádio patrulha?

- Ele que me disse. - Mix apontou para Earth, que de repente parecia muito interessado no aviso de "não fume" colado no espelho.

- Pelo amor de Deus, você tem trinta e seis anos, seja menos fofoqueiro.

O tempo naquele elevador parecia ter parado. Por qual motivo todo mundo estava o impedindo de apenas ir ver as lindas covinhas de Nanon?


Quando saíram Ohm o viu de longe, do outro lado da calçada, com alguns colegas. Calça preta, camisa branca e gravata, em seu pescoço um crachá azul, Nanon.

- Ohm, seu carro.

- Vá com ele, me empreste o seu.

- O que? Ficou doente?

Earth colocou a mão na testa dele.

- Deixa ele, vamos passear de conversível. - Mix pegou Earth pela mão e entraram no carro.

Nanon viu o Corolla Altis preto estacionar, e o ignorou, não conhecia ninguém que tivesse um carro daquele. Quando o vidro começou a abrir, viu os olhos escuros e o sorriso bonito.

- Jovem, poderia me dar uma informação ?

Nanon explodiu em uma gargalhada, nenhum de seus novos colegas entendeu qual era a graça.

- Claro, senhor. - Se aproximou e se apoiou na janela. - Oi, o que faz por aqui?

- Estava trabalhando, quer uma carona?

- Não me farei de difícil.

Entrou no carro e colocou o cinto, viu que seus colegas estavam curiosos, mas lidaria com isso na segunda-feira.

- Emprego novo?

- Estagio, por enquanto.

- Parabéns, então acabaram-se os empregos de meio período ?

- Bom, por enquanto.

- Como assim ? - Tinha um lugar que ele tinha pesquisado e queria levar o mais novo e hoje era o dia perfeito.

- Preciso ver se consigo me manter somente com o salário.

- Nenhum benefício?

- Na verdade, sim. Eu queria muito entrar nessa empresa por isso. Pelo menos a alimentação está garantida.

- Deixe-me saber se precisar de ajuda.

- La vem você com esse papo de...- Nanon olhou a fachada do lugar e depois encarou Ohm, tinha um lindo sorriso sincero em seu rosto. - Como conhece esse lugar ?

Meio sem jeito, ele explicou que pesquisou um lugar para leva-lo, onde tivesse boa comida, e um bom hambúrguer.

- Sempre quis vir aqui, mas é bem caro. Vale a pena, pelo menos é o que todos os críticos dizem.

- Bom, iremos descobrir hoje.

Ohm não comia hambúrguer, mas hoje se permitiria entrar um pouco no mundo de Nanon, saber mais sobre ele. Era um passo para a ideia que tinha em sua cabeça, de que se conhecesse o suficiente do mais novo, logo se desapegaria.

Foram para uma sala mais privada, fizeram os pedidos e conversaram enquanto a comida não chegava.

- Seu pai parece ser um bom homem. - Ohm disse depois de ouvir mais uma das histórias de infância de Nanon.

- Ele era incrível. - Sem perceber, Nanon segurou a mão de Ohm por cima da mesa, brincou com os dedos longos. - Quando ele se foi, pensei que perderia minha mãe também, ela o amava tanto, sei que ainda o ama muito.

- Meu pai não é nada parecido com o seu, tudo que me lembro são de regras, de leis, e coisas que mais pareciam uma prisão.

- Sinto muito. Por isso você parece mais velho do que é.

- La vem você. - Ohm continuou a carícia de Nanon, entrelaçando os dedos, ambos estavam naturalmente se acostumando com o contato.

- Não, dessa vez não é piada. Você tem um rosto jovem, e trinta e quatro não é velho. Eu sei disso, apesar de gostar de zombar de você. Só que mesmo assim, parece que sempre tem um mundo inteiro sobre seus ombros. Meio que me faz querer te provocar, para te ver sorrir um pouco.

A fala de Nanon lhe atingiu em cheio, haviam tantas pessoas dependentes dele, que pediam mais e mais atenção e cuidados, já o mais jovem parecia querer cuidar dele, lhe tirar um pouco do fardo. E ouvir isso era bom.

- Ter dinheiro é muito bom, não vou negar, tive bons estudos, quando fiz dezoito meu pai me mandou para um intercâmbio, conheci muitos lugares. Mas também pode ser solitário, não me lembro de uma festa de aniversário que não fosse para trazer sócios e mais investimento, meu pai nunca fica contente com nada, fui o primeiro da turma do maternal ao doutorado, e mesmo assim ele se irritou quando sai beber com amigos na formatura. Não se compara a não ter casa, ou comida, mas..

- Ohm, as dores são diferentes, mesmo se forem no mesmo lugar. Se nós dois cairmos e ralarmos o joelho, você vai chorar feito um bebê, e eu ficarei de boa.

Ver a risada de Ohm se formar era uma coisa que lhe causava prazer. Os olhos começavam a brilhar, apareciam ruguinhas em seu nariz e por fim ele se mexia como um Golden retriever filhote.

- Eu gosto da sua risada.

Os dedos que nunca pararam de se tocar, se entrelaçaram.

- E eu gosto de você.

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Falta pouco para termos PatPran de volta. Amém.





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