Bom dia, boa tarde e boa noite.
Sim, eu esqueci de postar, vcs já me conhecem, não adianta eu sempre erro a data kakakakaka.
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Há diversas formas de tortura, e o silêncio sepulcral que ocorreu depois da fala do amos velho deveria ser uma delas.
Nanon sentiu todos os olhares sobre ele, mesmo que Ohm segurasse firme sua mão, ele sentia seu corpo todo formigando.
Depois de sorrir, o avô voltou a olhar para a família, era óbvio o esforço que ele estava fazendo. Falou sobre o testamento, e para Nanon, não foi surpresa quando ele anunciou que Ohm lideraria os negócios, os tios e primos ficaram enlouquecidos, mas não havia nada que pudessem fazer, Ohm Pawat foi moldado pelas mãos do próprio avô, forjado para ser o dono e líder que o avô sempre imaginou.
Para eles o que importava era o dinheiro, e todos tiveram bens colocados em seu nome, até o mais distante dos sobrinhos e netos conseguiu uma fatia para viver.
Depois do anúncio e da partilha, todos se foram, no quarto apenas Ohm, o fiel secretário do idoso, e Nanon.
Ver alguém partir foi de longe a pior experiência que Ohm presenciou, lhe doeu cada segundo onde viu seu avô perder o ar, até que sua mão fina e de pele enrugada despertasse os dedos.
- Hora da morte...
Nanon nunca pensou que choraria, mas chorou, pela dor que sabia estar dilacerando o mais velho.
- Vô. - Ohm tentou sem resposta. - Vovô. - Tentou mais uma vez, com a voz se quebrando com a tristeza.
Haviam diversas coisas que ele gostaria de reclamar, outras milhares das quais queria culpar seu avô, mas naquele momento, só conseguia lembrar do dia que o velho o ensinou a dirigir.
O luto é uma dor com data de início, mas ela não tem uma data final.
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Como tudo na vida de Pawat, o velório e enterro de seu avô foi como uma reunião de negócios, diversas pessoas importantes, que nem mesmo se importavam com a morte, só com os lucros que não poderiam perder.
Horas depois, Nanon o encontrou sentado no chão do banheiro, encarando uma foto antiga.
- Ohm. - Se sentou ao seu lado, lhe abraçando de forma estranha.
- Eu deveria estar feliz.
- Não fala bobagem.
- Deveria. Eu finalmente estou livre.
- Ohm..eu..
- Mas sinto...- Apertou a foto próxima ao coração. - Sinto falta de ar.
- Foi torta a forma como ele fez, mas ele te amou até o fim. Ele só queria que você fosse o melhor, para herdar tudo. Não tente demonizar isso, sinta a tristeza, chore. Seja livre para sentir o que quer sentir.
Como se as palavras do mais novo abrissem uma comporta, Ohm chorou, chorou copiosamente por quase trinta minutos, até seus olhos ardem, sua cabeça latejar.
Nanon encheu a banheira, o ajudou a se livrar das roupas, e ficou sentado na beira da banheira, lavando seu cabelo, alisando seu rosto.
Ha muitas formar de confortar alguém, e uma delas é no silêncio, quando ambos sabem que é um momento de apoio, de compreensão, sem necessidade de palavras.
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Ohm ficou ocupado pelas semanas que se seguiram, além dos negócios, a família estava insistentemente tentando provar que o avô era senil, e que o testamento não valia.
Uma família deveria ser conforto, lar, proteção, mas Nanon só via um monte de abutres, querendo a carcaça triste de Ohm, que lutava com unhas e dentes para que ninguém destruísse o que o avô dele construiu.
Na semana que completariam dois meses da morte do patriarca, um rumor sobre problemas nos hotéis de lazer explodiu nas mídias sociais, histórias sobre como o Sr. Chittsawangdee pagou para abafar um caso de abuso, traição e gravidez circulou até chegar nos jornais.
Nanon achava que antes as coisas eram complicadas, mas ele não estava pronto para o que aconteceria a seguir. Os filmes parecem fantasiosos demais quando passam cenas onde um irmão trai o outro de forma espetacular. Na vida real, não era diferente.
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Ohm viveu muitas coisas, até o dia que seu tio o levou para um restaurante mediano, onde ele teve um jovem o chamando de velho, e acabaram transando até se apaixonarem.
O que ele não sabia, é que naquele dia, o tio não estava tentando ajudar com as coisas malucas que o irmão mais velhos e Ohm fazia. Na verdade, ele tinha documentos até provavam que o mais velho estava roubando a empresa, e por isso o avô o estava punindo. Mas no caminho do restaurante ele foi abordado por Perth, e convencido de que lucraria mais se ficasse ao seu lado.
Enquanto Ohm salva a empresa, se empenhava em publicidade, conquistar o público e garantir que as ações ficassem em seu auge, o irmão mais velho se preparava para roubar o seu lugar.
Infelizmente, Ohm só descobriu isso no momento em que chegou na reunião sobre os novos cargos, e em sua cadeira estava seu irmão.
- Agora que meu irmão chegou, podemos dar início a reunião sobre sua renuncia ao cargo de CEO.
Ao seu lado, Mix e Earth se levantaram inconformados, Mix estava prestes a colocar um estilete no pescoço de Perth, quando Ohm o acalmou com um gesto.
Não que ele não estivesse surpreso, ou completamente decepcionado, mas se ele bancasse um adolescente rebelde, perderia no segundo que a votação começasse.
Andou sem demonstrar sua tristeza com a traição, olhos sérios, respiração controlada, desabotoou o botão do paletó e se sentou na enorme cadeira na ponta da enorme mesa.
Perth podia ter muita coisa preparada enquanto fingia ser um bêbado fanfarrão, mascOhm foi treinado desde criança para ocupar aquele lugar, que os jogos começasse.
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Próximo capítulo terá um assunto sensível, que será sinalizado entre ⚠️⚠️. Atenção a quando o aviso começa e termina.
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IT'S A MATCH
FanfictionOhm Pawat e Nanon Korapat não tem nada a ver um com o outro. Um é o milionário herdeiro de um conglomerado de hotéis de turismo na Tailândia, e o outro um universitário em seu último ano, que está atualmente trabalhando em empregos de meio período...