#7 - então vamos.

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Bom dia, boa tarde e boa noite.

Gente eu estou perdida no tempo, mas já melhorei muito, então perdoem as trocas de data dos posts kakakaka.

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O ar parecia rarefeito, os olhos de Ohm eram sempre sinceros demais. E agora ele não parecia estar brincando.

Deveria correr? Rir como se fosse uma piada? Seu coração estava acelerado.

- Esta tudo bem, Nanon. Não sou um adolescente, gosto de passar tempo com você, não espero que você se mude e compremos um peixe.

- Eu gosto de peixes. - Eles sorriram um para o outro. - Eu também gosto de perder um tempo com você, sabe.

Ohm imitou a mania de Nanon, e revirou os olhos, levando um tapa leve na nuca. Estava se acostumando com a mania de Nanon de sempre usar o humor ácido para se livrar de situações que o deixavam tímido.

- Então, podemos conversar pelo chat, mas também podemos querer nos encontrar. Não é?

- Sim, Nanon. Eu adoraria.

Nanon estava tímido pela primeira vez, e não conseguia se conter, tentou ficar calmo, mas sentiu Ohm puxa-lo, e deram um beijo calmo. Ouviram um som e encararam um garçom meio tímido, segurando hambúrgueres.

O resto do encontro foi tranquilo, ambos estavam na mesma página, e queriam as mesmas coisas.

Sabe aqueles comerciais de filmes românticos, que o casal come sorrindo, e dividem a comida de forma harmônica? Eles pareciam estar gravando uma cena assim.

Por um momento, Ohm se esqueceu das preocupações que o assombravam até durante o sono.

- Ohm, quer conhecer meu apartamento?

- Te pago um jantar e você já quer me levar para casa? - Se abraçou, fingindo ofensa.

- Palhaço. - Nanon jogou uma batata nele. - Sempre nos vimos no seu apartamento. Claro, minha casa cabe dentro do seu banheiro, mas é um lugar bonito.

- Eu adoraria.

Depois que terminaram de comer, Nanon começou a ficar ansioso. Gostava da sua casa, mas de repente, sentiu que deveria ter ficado quieto, imagina Ohm entrando naquele micro apartamento.

- Então vamos? - Pagaram a conta, e quando estavam próximo ao carro Ohm abriu a porta para ele.

- Obrigado. - Nanon entrou no carro, e segurou as mãos, estava ficando ansioso.

Ohm pediu o endereço, e Nanon foi explicando, não era longe dali. Quando estacionaram em frente ao local, o celular de Ohm não parava de tocar.

- Nao vai atender?

- Se eu atender terei que ir embora. - Ele se recostou no banco, e suspirou.

- Tudo bem, Ohm. Podemos marcar outro dia.

- Eu não quero ir embora. - Ele abriu os olhos e pareciam tristes.

- Bom. - Nanon suspirou. - Se esperar aqui, pego roupa para me trocar e posso dormir na sua casa.

Ohm abriu um sorriso tão bonito, que Nanon esqueceu que estava quase se enfiando na terra de timidez.

- Pode subir, enquanto isso eu atendo a ligação.

Nanon saiu quase correndo, ainda ouviu a risada do mais velho.

Arrumou uma mochila, se viu procurando as roupas mais novas, e depois parou com aquilo. Ohm teria que aceita-lo da forma que era.

Quando desceu, encontrou Ohm encostado no carro, respirando fundo e de olhos fechados.

- Esta tudo bem ? - Ohm o puxou e ele o abraçou.

Nanon passou as mãos pela cintura fina do mais velho, e o apertou em um abraço. Eles eram quase da mesma altura, então ele deitou a cabeça em seu ombro.

- Tão ruim assim?

- Minha família vai acabar me enlouquecendo.

- Vamos embora, e quem sabe eu possa te acalmar.

Ohm beijou o topo de sua cabeça, e ele sentiu o coração ficar quentinho.

Foram conversando sobre coisas aleatórias, Nanon não queria nenhum assunto sério, Ohm já parecia preocupado o suficiente.

Subiram e Ohm segurou sua mão, o puxando para trás dele.

- O que foi?

- Ohm? - A voz de um homem que parecia bêbado surgiu, e Nanon parou ficando quase escondido atrás de Ohm.

- O que faz aqui ?

- Quero conversar. Por favor.

- Amanhã iremos jantar juntos, não é o suficiente ?

Nanon começou a sentir que estava atrapalhando algo, soltou a mão de Ohm.

- É melhor eu ir embora? - Sussurrou.

- Não, meu irmão tem que aprender a ser educado.

Irmão? Meu Deus, ele ia conhecer a família dele tão cedo? Ohm o puxou pela mão, passou pelo homem que parecia bem mais baixo, abriu a porta e disse para Nanon espera-lo lá dentro.

- Tem certeza? Quer que eu dê um soco nele? - O mais velho riu.

- Vou deixar essa opção em aberto. Eu te chamo.

Ohm saiu, e Nanon foi tomar banho, não ouviu nenhuma discussão, mas ouviu quando eles entraram no escritório, se trocou e deitou na cama enorme e gostosa, fechou os olhos e sentiu o sono surgir.

Ohm estava irritado, seu irmão sempre aparecia sem avisar, como se fosse dono de seu tempo.

Agora Perth estava ali, reclamando de como o pai estava sendo frio com as tomadas de decisões.

- Que tal você parar de causar problemas?

- Ohm, eu só gosto de viver minha vida.

- E você acha que eu não ? Por sua causa tenho que manter tudo em perfeito estado, para que você não seja enviado para outro país.

- Oh, desculpe se estou te impedindo de ser feliz.

- Não comece com isso, você sabe muito bem sobre o que estou falando.

- Ohm, a culpa é do nosso pai e avô, eu não tenho culpa se são dois malucos controladores.

- Claro, não estou dizendo que não. Mas se você decidiu sua vida, então vá e viva. Não venha atrás de mim querendo que eu converse com eles e devolvam seu cargo e poder.

- Não seria melhor para você?

- Seria, seria incrível. Mas você deixaria essa loucura toda de viagens, festas e álcool ? Porque é essa a opção.

- Exatamente isso que quero conversar, por que preciso abrir mão da minha vida, para gerenciar a empresa?

- Porque não vivemos em um filme. E você sabe disso.

Ambos costumavam ser melhores amigos, mas conforme Ohm foi crescendo e tendo que tomar as rédeas de tudo, por conta da vida desenfreada que o mais velho levava, a amizade foi ficando frágil.

Depois de passarem quase uma hora discutindo sobre as mesmas coisas, acabaram a conversa bebendo uísque e relembrando coisas do passado. Ohm se despediu do irmão, e foi até o quarto, encontrou Nanon dormindo, usando um pijama fofo de nuvens. Tomou um banho, colocou um pijama e se deitou ao seu lado, abraçando sua cintura, Nanon se aninhou no abraço, e segurou sua mão.

Todo o estresse parecia estar se esvaindo.

- Esta tudo bem? - O mais novo perguntou sonolento.

- Agora sim.

Era uma frase clichê, mas Nanon gostou muito de ouvi-la.

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Aí gente que estresse que é ficar doente né, atrasa tudo.

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