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Tom balançava um copo de whisky em suas mãos enquanto olhava para o homem amarrado envolto de cordas, sentado a sua frente.
— Se você falar logo, poupa a gente de se livrar do seu corpo depois. — Bill estava em pé em frente ao sujeito.
— É só falar quem está por trás desse carregamento que a gente cuida do resto. — Tom exprimiu calmo.
— Se eu falar ou não, morro de qualquer forma. — Ele não iria dizer, mesmo com o rosto coberto de sangue pelos socos desferidos em sua face, o desgraçado não iria falar.
— Bill. — Tom mirou o irmão.
— Bom, você escolheu do jeito difícil, então..

Bill foi até a mesa em que o gêmeo estava sentado e retirou de dentro da gaveta sua coleção de facas enroladas em um couro grosso, pegou a uma das facas, sendo a sua preferida e caminhou até o homem.
— Isso pode acabar muito rápido, você ajuda a gente e nós te ajudamos.
— Nunca. — O inditoso cuspiu sangue, acertando em Bill o fluido pegajoso.

Com a faca em mãos deslizou a lâmina pelo rosto inquieto do informante que recebia a tortura em silêncio, o sorriso satisfeito logo surgiu nos lábios molhados do moreno que em um segundo de silêncio cravou a lâmina afiada na coxa esquerda do homem finalmente o fazendo gritar pela dor insuportável de sua carne sendo maltratada.
— Vamos, estou ouvindo. — Bill forçou a faca ainda mais contra o membro do outro que não parava de gritar. — Você realmente grita muito. — Rasgou o tecido da calça que o homem usava e tirou um pedaço da carne enfiando na boca para que o mesmo parasse de gritar. — Já está com vontade de falar? — Começou a cravar a faca contra o coração.
— O carregamento é do Caesar! É DO CAESAR!
— Filho da puta.. — Tom se levantou e sacou sua arma da cintura acertando a cabeça do homem.
— Porra, precisava? — Disse o gêmeo se afastando do corpo.
— Precisava, ele ia morrer de qualquer jeito como ele mesmo disse, agora vamos, preciso bater um papinho com Caesar.

[...]

Foram para o lado leste da cidade de Los Angeles, território que conquistaram a pouco tempo o que fazia alguns rebeldes traficarem na região sem passar pelos gêmeos, e antes de conseguirem o território ele era comandado por Caesar, um rival antigo do pai na Europa, de Roma, como o território era dos Kaulitz agora tudo que fizesse parte do tráfico deveria passar por eles ou vir deles, sem autorização, isso era uma afronta contra os mafiosos.
— Ele deve estar pegando pequenas gangues de rua para não sujar o nome dele e poder vender sem a gente saber. — Bill palpitou.
— Nós tentamos tornar o tráfico algo mais controlado, por isso sempre vem de nós, foi esse o caralho do acordo com o pessoal lá de cima, estruturamos essa merda para que nada desse errado, mas é claro que Caesar não compreende isso, ele sempre gosta de ser do contra, de confusão, e já que ele quer isso, vamos dar isso a ele. — Olhou para trás vendo os diversos carros os seguindo.
— Chamei uma grande parte dos nossos, assim podemos apenas dar o recado sem precisar se livrar de mais corpos, então vê se controla esse seu dedo nervoso Tom.

Com a ajuda dos hackers conseguiram rapidamente a localização do adversário, era um galpão abandonado, assim que os carros pararam alguns homens armados saíram de dentro, os gêmeos caminharam em sua direção.
Que quieres aqui hombre? 
Mexicanos sério? — Bill começou a rir.
— Eu quero falar com seu chefe. — Sorriu. — Hombre.
A porta do galpão foi aberta e então Caesar saiu de dentro de sua toca com alguns homens armados atrás de sí.
— Seu amigo veio falar com a gente. — Tom colocou as mãos dentro dos bolsos.
— Eu fiquei sabendo Kaulitz. — Caesar se aproximou ainda mais. — I miei amici.

Caesar sendo de Roma falava em Italiano, o que irritava os gêmeos por ficar intercalando sua língua com a deles.

— Você sabe que não pode traficar aqui mais, não é mais seu território, é nosso. — Disse Bill.
— Ele sabe disso, ele só não quer.
— Exato Kaulitz, eu não pretendo parar meus trabalhos por aqui.
— Caesar, não brinque com a gente. — Tom já fechava o punho.
— Isso foi o primeiro aviso, vamos poupar você por hoje, mas se vender qualquer coisa aqui novamente, vamos voltar com outras intenções. — Bill de virou voltando para o carro, mas Tom permaneceu olhando para Caesar. — Tom.
O mais velho respirou fundo e foi para o carro.
— Eu ainda vou atravessar uma bala na cabeça dele.
— Demos o aviso, agora vai dele ouvir ou não. — Bill sempre foi mais controlado, já seu irmão...nunca.

[...]

Ao voltarem para sua fortaleza, seu braço direito os informou sobre um grande evento que estaria acontecendo no alto da colina na casa de um grande amigo, um parceiro antigo de jogatina em cassinos no exterior, um herdeiro.
— Kalay não cansa de gastar com festas. — Tom nem leu o convite.
— Uma festa de máscaras, uma coisa mais chique. — Já Bill estava lendo todos os detalhes.
— Que milagre, normalmente a casa sempre está cheia de putas.
— Vai estar, mas vão estar usando máscaras. — Os dois riram.
— Então vamos ir.

[...]

𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐖𝐎𝐌𝐀𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora