A recuperação de Mahya foi longa, diariamente Bill entrava em seu quarto para trocar os curativos, ela não saía do cômodo, apenas aparecia na cozinha ou no jardim, e também não permitia que mais ninguém além de Bill e os médicos entrassem, se passaram 3 meses, a mulher se prendia durante as madrugadas em seus pensamentos, relembrava de momentos com o mafioso os quais tentava esquecer, como ela poderia aquecer seu coração com um homem como ele?
Como ainda pensava nele?
E se tudo fosse diferente?
Se culpava diariamente por seu próprio sofrimento, deixou ceder a aquele desgraçado tudo que jamais cedeu a ninguém, sua vulnerabilidade, não conseguia aceitar que pode olhar para Kaulitz de outra maneira a não ser como mais um inimigo de seu pai.Tom não dormia mais na casa, permanecia longe da mulher, ele sabia que se pisasse na casa ele não iria resistir sabendo que ela estava tão perto, mas ao mesmo tempo tão distante, aquela parte que Mahya havia trazido a tona estava longe assim como ela, se tornou um caçador, tirava a vida dos homens sem remorso, descontava sua raiva, sua frustração, tudo em seus inimigos, um simples olhar de outro homem sobre ele que soasse diferente, era motivo, ele se perdeu, Bill não reconhecia mais seu irmão, o que antes eram torturas, agora eram castigos do próprio demônio, o gêmeo diversas vezes tentava conversar com seu irmão mais velho, pouco adiantava, seu olhar era amedrontador, e assim como Mahya rogou, aconteceu, os gritos da mulher os atormentava, os perseguiam, as lembranças muitas vezes não permitiam que ele sequer fechasse os olhos para dormir, seus sonhos eram invadidos com imagens daquela noite.
[...]
Despertou de seu sono em mais uma manhã que por mais que o sol brilhasse, para ela, seu mundo agora era cinza, entrou no banheiro e se despiu em frente ao espelho, ao se virar pode ver as cicatrizes, que por mais que o médico tivesse todo o cuidado e ela tomasse todos os medicamentos ficariam marcadas para sempre.
— Mais uma tatuagem vai ajudar a esconder essa merda.
Respirou fundo e entrou em seu chuveiro começando a banhar-se, não tinha notícias de Tom desde que se fechou dentro da casa e ele sumiu, enquanto seu banho acontecia ela sempre se pegava pensando aonde ele deveria estar, como ele estava, mas logo se apedrejava por estar pensando naquele filho da puta.Assim que finalizou se vestiu e saiu do quarto, precisava se alimentar, porém assim que pisou no último degrau Bill aparece, preocupado, era nítido seu olhar nervoso.
— O que foi Bill?
— Volta para o quarto Mahya.
— Por que? Eu preciso comer.
— Eu te levo comida, só volta para o quarto.Ela desconfiou, e deixou sua curiosidade falar mais alto apesar do pedido do amigo para subir para o quarto, quando ela se vira e ele abaixa a guarda ela sai correndo até a cozinha, e quando chega, percebe que seria melhor ter escutado Bill.
Seus olhos se fixaram sobre Tom escorado no balcão da cozinha bebendo um copo de whisky e não demorou muito para ele fazer o mesmo, no momento em que ambos se encaram, o corpo de Mahya reage como se fosse a primeira vez que o viu, aqueles mesmos arrepios, um sentimento de saudade porém agora regado com ódio, raiva e desgosto.
— Mahya. — Tom se dirigi a ela, sério, um semblante fechado.
— Tom, não. — Bill pede para que o gêmeo não se aproximasse.Mas ele não o escuta, caminha em direção a ruiva até ficar a sua frente a mesma estava paralisada, não conseguia se mover, ela podia notar algo diferente, mas não sabia dizer o que era.
— Quanto tempo Petrova.
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𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐖𝐎𝐌𝐀𝐍
FanfictionOs gêmeos Kaulitz desde pequenos foram afastados de seu pai biológico por conta da vida que o velho vivia, a mãe sempre jurou proteger os filhos da herança perigosa que eles carregavam, porém todos os esforços acabaram sendo em vão quando eles desco...