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Ao acordar Mahya logo se recordou de tudo em milésimos de segundos, se sentou na cama em um susto e olhou para o lado vendo Tom ainda adormecido.
— Porra. — Esfregou o rosto se odiando por ter deixado se levar tão facilmente daquela forma.
Sai da cama lentamente, suas roupas haviam sido perdidas pela casa, então pegou a camiseta de Kaulitz e a vestiu, assim que saiu da casa correu para sua moto, era bem cedo então era apenas chegar no dormitório da base de comando e fingir naturalidade.

[...]

Era meio dia, os gêmeos chegam na base e claro que  que Kaulitz caçava Mahya por cada canto, Georg estava arrumando o motor de seu carro e normalmente Mahya gostava de estar ajudando com os motores, mas não ela não estava ali.
— Vocês viram a Petrova? — Ele perguntou em direção a Georg, a pergunta foi geral mas ele sabia que Georg iria dizer.
— Ela está lá fora, está colocando as armas novas no carro. — Disse Gustav, e assim que ele responde Georg o olha com os olhos arregalados.

Com o tempo ali Mahya havia feito uma boa amizade com os meninos, principalmente com os dois, Georg e Gustav, e quando eles acordaram elas pediram a eles que se fosse perguntado aonde ela estaria não deveria ser respondido.
— Obrigada. — Assim que obteve sua resposta Tom saiu ao encontro de sua fugitiva.

Lá estava ela, analisando as armas e as colocando no porta malas do carro.
— Bom dia Petrova.
Ela respira fundo e olha para Kaulitz.
— Bom dia Tom.
— Vai fugir agora também?
— Eu não fugi. — Ela olha para baixo e volta a atenção para suas armas.
— Então por que foi embora?
— O que você queria Tom? Que eu ficasse para um café da manhã e ficasse vendo filme com você?
— Só estou dizendo que não precisava sair daquele jeito.
— E eu estou dizendo agora que é melhor esquecer o que aconteceu. — Mahya estava confusa com tudo, mesmo obtendo a resposta que queria na noite anterior para ter certeza de suas especulações, agora ela estava mais confusa ainda sobre sí mesma.
— Era para eu estar fazendo isso, e não você.
— Fazendo o que?! — Não aguentava mais aquela conversa, Petrova queria encerrar logo todas aquelas perguntas.
— Fingindo que nada aconteceu e agindo como se não fosse nada.
— É por que não foi nada, foi apenas a típica foda entre chefe e funcionaria, nada mais que isso, mas uma foda qualquer.

De verdade, ouvir aquilo deu uma leve pontada de dor em Tom, sempre era ele que dizia essas frases clichês para as mulheres que se deitava, mas agora aquilo estava sendo dito a ele, foi um gostinho de seu veneno.
— Agora se me dá licença Tom, eu preciso voltar ao trabalho.

Na tentativa de passar por ele e voltar para dentro, Mahya é segurada pelo braço e colocada contra a porta do carro.
— Você não quer dizer isso. — Tom a encarava firmemente.
— Eu quero, como já disse. — E ela fazia o mesmo.
— Você me fez ceder a algo que eu ainda não sei explicar e agora quer fugir disso, por que você também está se sentindo como eu.
— Vai se fuder Kaulitz.
— Anda, fala pra mim, admite Mahya. — Ele a segura pelo maxilar com força. — Fala!
— O que você quer que eu diga porra?!
— Quero que diga que me deseja, que você me quer assim como eu lhe quero.

E mais uma vez, Mahya estava nas mãos dele, mas ele também estava nas mãos dela, ela empurra Tom para o lado e agora o deixa contra o carro, retira a arma de sua cintura e coloca ao lado do rosto de Kaulitz engatilhando-a.
— Eu te desejo, te desejei desde o primeiro toque, o primeiro olhar, e eu te quero a todo momento, mas eu também te odeio, eu te mataria tão facilmente agora nesse exato momento Kaulitz. — Ele sorria de canto enquanto aquelas palavras saiam da boca de Mahya, céus, ele poderia acabar com ela agora mesmo, em qualquer lugar.
— Igualmente, Petrova.

Ela abaixa a arma e sai rapidamente de perto dele, estava desnorteada, ele era como um efeito de droga sobre seu corpo, voltou para dentro da garagem e voltou a ajudar Georg e Gustav com o carro.
— Quem foi o filho da puta? — Ela pergunta aos dois amigos.
— Desculpa, é automático a gente responder o que ele pergunta. — Gustav disse baixinho.

Bill chega perto do trio e toca o ombro de Mahya.
— O que você quer meu d..— Ela se vira irritada e logo vê que na verdade era Bill. — Ah, perdão.
— Essa chave aqui, Tom mandou eu lhe entregar. — Ele da a ela uma chave.
— O que é isso? — Mahya segura a chave e o olha confusa.
— Tanto ele quanto eu não queremos você aqui no meio dos meninos, agora você tem um apartamento.

Filho da puta.

𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐖𝐎𝐌𝐀𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora