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— Petrova. — Bill pronunciou-se. — Sobrenome de origem russa, uma das principais famílias fundadoras.
— E eu sou? — Caesar pergunta ao rapaz.
— Herdeiro da família fundadora. — Bill respirou fundo.
— Mahya. — Tom começou a se aproximar da mulher ignorando aquelas armas apontadas para sí, mas ela permanecia com o olhar baixo. — MAHYA!

Ele gritar em frente ao próprio pai da mesma, seu principal inimigo territorial, com dezenas de armas apontadas e prontas para estourar seus miolos fez ela perceber que ele não estava se importando se morreria ou não, então o olhou.

— Isso tudo, tudo que aconteceu, desde a primeira vez que eu coloquei meus olhos em você, foi uma armadilha? — Ele estava a ponto de esfolar aquela mulher viva. — Você me enganou desde o início?

Ela sentia toda a raiva dele apenas pelo olhar, se encostasse sobre a pele do homem ela sentiria seus dedos queimarem.

— Eu..
— Ela sempre foi muito boa no que faz, aprendeu com a mãe, mas infelizmente ir para a cama com um inimigo com certeza não fazia parte do combinado, definitivamente não. — Caesar a interrompe se colocando entre meio aos dois quebrando aquela aproximação de ambos.

— Mas e que combinado era esse, que plano era esse, vai nos matar, é isso?! — Tom queria saber, ele queria entender.

— Primeiro tínhamos que chamar sua atenção com algo, uma coisa que de verdade faria esquecer tudo ao seu redor. — Caesar era um ótimo poeta um ator, então ele narrava seu plano como se fosse uma peça de teatro, gesticulava com vontade e olhava para todos na sala. — E eu sabia a joia que eu tinha guardada dentro de casa.

Ele toca no rosto de sua filha.
— Mahya, Mahya Petrova, ela tem a sedução, a feminilidade, o poder o mesmo poder que sua mãe tinha, e eu sabia, eu apostei todas as fichas que o grandioso Tom Kaulitz seria fisgado, deixaria se levar aos encantos da bela dama, a dama dos cabelos de fogo, e você não só se distraiu de tudo, você se apaixonou por ela, não é?

Quando Mahya ouviu aquilo tudo, sua ficha caiu, ela entendeu tudo, como ela pode ser tão idiota?!
Tom estava apaixonado por ela, seu pai entendeu isso apenas o olhando nos olhos e ela depois de todos os sinais não pode perceber?!
Sua respiração estava ficando ainda mais pesada enquanto ela escutava aquilo tudo calada.

— Ela foi até sua casa não foi? — Caesar perguntou a Kaulitz e ele apenas confirmou com a cabeça.
— Ela foi?! — Bill estava incrédulo com aquilo, como Tom pode ser tão burro?!
— E se eu não me engano, na sua casa devia ter bastante informação sobre as cargas, sobre tudo não é?

Mais uma vez ele começa a rir.

— O que ela precisava fazer era que você confiasse nela, colocamos informações falsas dela sobre seu trabalho com gangues e máfias, lutar ela sabe e muito bem, desde nova aprendeu a lutar, coloca qualquer um aqui pra tentar bater nela, morre, é verdade eu já vi, morre mesmo. — Ele arruma sua gravata e toca no ombro de sua filha. — Você é meu orgulho.

Mahya não pensava em mais nada, ela apenas queria voltar atrás, queria poder mudar tudo isso, mas não era mais possível, ela podia ver tudo que Kaulitz sentia por ela sendo consumido pelo ódio, pela raiva, ser traído pela primeira pessoa que amou, deve ser pior que levar um tiro.

— Resumindo, meus queridos gêmeos, eu tenho todas as localizações das suas cargas de drogas e armas, sei todos os seus fornecedores, eu tenho tudo bem aqui nas minhas mãos, mas os agradecimentos não serão a Mahya. — Ele coloca sua mão sobre seu peito. — Meus agradecimentos serão ao amor, um viva ao amor, uma salva de palmas!! — Ele volta a bater palmas.

Tom cerrava seus pulsos, sua cabeça doía, seu peito doía, sentia dor física de verdade, seus pensamentos estavam embaralhados, nada mais fazia sentido, seus dentes rangiam, sua respiração estava totalmente descontrolada.

— Você gosta de uma boa cena de teatro não gosta Caesar? — Ele pergunta ao homem mais velho antes de o chutar com força, o velho acaba caindo sobre alguns dos homens que estavam atrás, puxou Mahya pelo braço e enrolou seus cabelos em uma de suas mãos, e com a outra apontava a arma para a cabeça da jovem. — Espero que goste de ver a cena que eu acabo com a vida da tua filha bem aqui.

Todos os homens de Caesar engatilharam suas armas, o velho se levantou do chão.

— MANDA ELES ABAIXAREM AS ARMAS! — Bill puxou outra arma de sua cintura e apontou para Caesar assim que percebeu que o velho apontaria para Tom. — AGORA!

— ABAIXEM AS ARMAS! — Caesar jogou sua arma no chão e ergueu suas mãos rendido. — Tom você tem o mínimo de consciência pra saber que se fizer isso, vai declarar uma guerra que não vai querer pra você.

— Eu estou disposto a correr esse risco, meu velho.
Dava passos para trás enquanto puxava Mahya junto a ele a fazendo de refém. — Se você nos seguir, eu acabo com ela.

Seus homens voltaram para os carros e Mahya foi nocauteada antes de ser posta dentro do porta malas.

"Olho por olho, dente por dente."

𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐖𝐎𝐌𝐀𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora