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Depois de muito tempo, Tom criou coragem para voltar a sua casa, chegando lá, pode ver todos na sala, Bill estava escorado na parede em direção a escada, Georg e Gustav estavam sentados no sofá ainda se recuperando do ataque de mais cedo.
— Com ela está? — Tom agora olhava para seu gemeo.
— Ela está descansando. — Bill o encarava seu irmão com a expressão séria.
— Eu vou ver como ela está. — Assim que da o primeiro passo na escada, é segurado por Bill que coloca a mão em seu ombro.
— Não você não vai. — O olhar de Bill ao irmão fez com que Georg e Gustav se levantassem do sofá.
— Acho que esqueceu quem manda nessa merda toda, Bill. — Tom segura na mão de seu gêmeo e a empurra, afastando o mais novo.
— Acho que esqueceu que não é só você. — Ele se coloca novamente a frente de Tom.
— O que deu em você? Se importa com ela agora?
— Quem sabe Tom..quem sabe.

E nesse momento Tom cerrou seus olhos, segurou o irmão pelo pescoço e o colocou contra a parede, o corpo de Bill colidiu com tanta força que fez com que este grunhisse de dor.
— O que quer dizer com isso? — O mais velho novamente sente sequela raiva subir por seu corpo, ele não estava entendo o que o outro queria dizer com isso, e nem gostaria de entender.
— Você quer machucar ela mais um pouco? — Com dificuldade tanto de falar como de respirar Bill segurava nas mãos do irmão em seu pescoço tentando se livrar dele.
— Parem agora!

A voz feminina vindo de cima das escadas fez com que o olhar dos dois se dirigisse para o alto, ambos puderam ver Mahya no topo da escada se segurando no corrimão.
— Mahya! — Bill se solta e corre até a ruiva a segurando pelo braço. — Você não devia levantar..
— Ouvi vocês dois, e já sabia o que estava acontecendo.

Tom estava parado a olhando, e assim que o olhar de ambos se cruzaram o coração do homem novamente palpitava com mais força.
— Mahya.. — Ele subia degrau por degrau.
— Não. — Ela diz firme.
— Por favor, me deixa falar com você..
— Não. — E com mais uma advertência da mulher, o moreno apenas para no meio da escada.
— Não tenho nada para conversar com você.. — Ela se solta dos braços de Bill e segurando com força no corrimão vai descendo as escadas lentamente até ficar frente a frente com Kaulitz.
— Você não quis conversar comigo antes de me arrebentar com a merda de uma corrente. — Seus olhos agora se enchiam de lágrimas.
— Mas eu..
— CALA BOCA!

Ela acaba cambaleando um pouco para frente, mas se segura, seus machucados queimavam em sua pele.
— Caesar é meu pai, e sim, ele me mandou até vocês para que eu acabasse de uma vez com seu império, desde pequena ele me criou como uma arma, atraía seus inimigos e os matava, eu sujava minhas mãos para que as dele estivessem limpas, eu nunca recebi o amor dele, nunca fui tratada como filha, e sim como uma arma.
— Mas você..
— Mas eu conheci você, que me tratou diferente, que me mostrou outro tipo de sentimento, algo que eu nunca recebi de ninguém, você tira a vida de muitas pessoas e sabe que quando isso acontece, nossa humanidade simplesmente vai embora.
— Mahya.. — Bill chama a garota, ele não queria que ela desgastasse as poucas forças que lhe restavam.
— Não..ele vai me ouvir. — A mulher olha para trás, e Bill apenas aceita que era o que ela o que queria.
— E você me trouxe isso de volta Tom...
— Você fez o mesmo co..
— E assim como arrancou o sangue de meu corpo, arrancou a única esperança que eu tinha de sentir algo novamente.

Ouvir aquilo, fez com que Kaulitz sentisse algo que também não sentia a muito tempo, tristeza, ele abaixa o olhar, abaixa sua cabeça diante de Mahya Petrova, seu irmão ao ver aquela cena arregala seus olhos, ninguém nunca o fez abaixar a cabeça, ficar em silêncio, aquela mulher com certeza o tinha na palma de suas mãos.

— E eu espero, eu rogo a você, que o que fez comigo, te assombre todas as noites, que meus gritos te atormentem, Kaulitz.

𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐖𝐎𝐌𝐀𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora