Capítulo 9

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Depois de colocar Lorenzo na cama eu fui para o meu quarto.

Tomei um banho quente e coloquei meu pijama e me deitei para ler meu livro. Atualmente estou lendo o livro "Imperfeitos" um maravilhoso enemies to lovers.

Sou interrompida da minha leitura com mia madre me ligando.

Ligação on

- Mamma?- Atendo.

- Figlia! Como está no novo emprego?- Perguntou animada.

- Está ótimo mamma. As crianças são uns amores, são quietinhos, não dão trabalho- Digo feliz.

- Que bom amore mio- Diz carinhosa- Fico muito feliz por você-

Sorrio com a sua felicidade em me ver feliz.

- Como está o orfanato?- Pergunto curiosa.

Depois que me adotou, mia madre se afastou um pouco do cargo de monitora. Quando ela ia voltar oficialmente ao trabalho, o orfanato foi vendido e ficou sobre nova direção. O novo dono a despençou.

Minha mamma então foi trabalhar em uma escola para crianças de 1 á 6 anos. Escola essa que eu também trabalhei no período da faculdade e um pouco depois.

Recentemente ela foi contratada para trabalhar no orfanato. Ela ficou muito feliz, afinal, trabalhou lá por anos e criou carinho pelo local e as crianças que ainda vivem lá.

- Está bem, as crianças são todas novas. De todas da sua época ficou apenas uma- Disse em tom tristonho.

- Ah não, não me diga que ela ainda está lá- Digo desacreditada com lágrimas nos olhos.

- Infelizmente figlia... Sofia não foi adotada e continua lá- Diz desgostosa.

Sofia é uma menina de atualmente 14 anos. Ela chegou ainda recém nascida no orfanato quando eu tinha 12 anos. Como eu era a mais velha das crianças eu ajudava as monitoras a cuidar de todos, mas criei um sentimento forte por Sofia.

Eu que cuidei dela. Acordava de madrugada para lhe dar mama, a ensinava a falar, brincava com a mesma e fui a pessoa que viu seus primeiros passos e sua primeira palavra.

Quando fui adotada eu continuei indo durante as tarde no orfanato para ficar com a mesma. Mia madre até tentou adotá-la também, mas não deixaram, sempre usavam a desculpa que minha mãe não era casada, que a preferência era para casais.

Mas mesmo assim sempre mantive contato com a mesma. Apenas agora que vim para Roma nosso contato ficou restrito, pois era difícil ela ter acesso a telefone no orfanato.

- Por Dio! Como puderam fazer isso com ela?! Não deixaram a senhora adotá-la para a deixaram abandonada?- Falo revoltada.

- Eu te entendo figlia, também sinto ódio do que fizeram. Vou tentar entrar na justiça para adotá-la, me recusa a deixar minha piccola ( pequena)- Disse decidia.

- Quando estiver com ela por favor me ligue, preciso matar a saudade, nem que seja por ligação- Peço.

[...]

Depois de uma longa conversa com minha madre eu desliguei. Assim que abaixei o celular do ouvido, a babá eletrônica tocou.

Peguei o aparelho portátil e fui até o quarto de Violetta. A mesma estava resmungando como sempre.

- Mia principessa acordou?- Pergunto pegando a mesma no colo.

A mesma me encara e logo sorri me impinotizando com seus olhos azuis.

Deito ela no meu ombro e fico acariciando suas costas.

Violetta era assim. Acordava do nada e em menos de minutos dormia de novo.

Fiquei com ela no ombro até ver pelo reflexo da janela que a mesma tinha dormido. Então coloco a pequena no berço e a cubro com seu cobertor.

Saio do quarto e apago a luz.

Com sede desço até a cozinha e pego água gelada na geladeira e despejo num copo.

Assim que termino de beber o líquido suspiro cansada.

Eu sinto muita falta de Bolzano. Sinto falta da minha mamma e de Sofia. Sinto falta das nossa conversas e das nossas brincadeiras. Por mais que Bolzano tenha me trago momentos ruins eu também tinha momentos bons lá.

Aqui em Roma me sinto solitária.

Por mais que eu tenha a companhia das crianças 98% do meu dia, eu me sentia sozinha. Não tinha ninguém para conversa. Olga é um amor, mas não temos o mesmo assunto, Emília não tem tempo, e os outros funcionários correm de mim que nem o diabo corre da cruz.

Suspiro mais uma vez tristonha e me viro para ir para o quarto, mas sou surpreendida com a presença do meu chefe me observando.

Me assusto com sua presença e quase deixo o copo cair.

- Por Dio! Quase me mata de susto- Exclamo colocando a mão no peito.

- Scusa ( desculpa) - Diz ele - Quer dizer... desculpa nada. Não tenho que me desculpar por estar num cômodo da minha casa- Diz arrogante.

Me seguro para não tocar o copo em sua cabeça e coloco o objeto dentro da pia e me viro para o mesmo novamente.

- Não tem que se desculpar por estar num cômodo da SUA casa senhor Bianchi- Digo dando ênfase no "sua" - Apenas é educado se desculpar quando está observando uma pessoa que está distraída, e acaba assustando a mesma- Falo por fim saindo da cozinha.

Orco! Homem arrogante.

Mais que uma babáOnde histórias criam vida. Descubra agora