Quando retorno a sala de entrada sou surpreendida com um par de braçinhos abraçando minhas pernas.
Olho para baixo e reconheço os cachos castanhos.
- Chiara!- Me abaixo da altura da mesma para abraçá-la.
A pequena me olha sorrindo e depois encara Violetta em meus braços.
- Quer dizer um "oi" a ela?- Pergunto para a mesma que assente.
Coloco Violetta em sua frente e a mesma acena para a bebê.
- Oi Violetta- Diz baixo.
Minha filha se anima com a amiguinha e estende os braçinhos.
Ajudo Violetta a chegar mais perto de Chiara, assim a mesma abraçou a garotinha que ficou surpresa, mas feliz.
- Elisa!
Olho para trás e vejo Antonella seguindo até mim.
- Nella- Me levanto com Violetta no colo e abraço a mulher a minha frente- Está linda- Digo vendo sua roupa.
- Obrigada- Sorri agredecida- E essa principessa?- Diz com Violetta que logo lhe mostra um sorriso banguela.
[...]
Ficamos conversando na sala até todos irmos para a sala de jantar. Quando todos se sentaram eu os deixei avontade para se servirem.
Nenhum dos presente tinha essas frescuras de serem servidos, e estamos todos em amigos, sem formalidades.
Leonardo surpreendeu a todos quando fez um prato e o pos em minha frente.
- Que isso?- Pergunto desentendida.
- Seu prato- Diz como se fosse óbvio.
Olho para todos para ver se não era só eu que estava totalmente surpresa. Até fiquei mais aliviada quando vi a cara de espanto de seus irmãos.
Ok, o problema não está só em mim
- Obrigada- Agradeço ainda em choque.
Leonardo fez um prato para Lorenzo e um para si mesmo.
Fingimos que nada aconteceu e continuamos o jantar. Eu dividindo algumas comidas com Violetta e Leonardo auxiliando Lorenzo a cortar as coisas.
Durante o jantar todos ficaram conversando sobre tudo e todos, mas não pude deixar de notar o comportamento arisco de Chiara. Porém não posso culpá-la, afinal ela estava em uma sala onde a maioria é homem e a coitada tinha acabado de passar por um grande evento traumático.
Suspiro triste e volto a focar na conversa da mesa. Todos estavam animados e aparentemente bem confortáveis...tudo parecia com filmes americanos na época de Natal, mas eu não conseguia ficar 100% feliz, ainda faltava mebros da minha família, pessoas importantes.
Fora o medo de algo acontecer com Sofia. As câmeras que eu encomendei chegaram em Bolzano, com a ajuda da minha mãe ela instalou os eletrônicos em todos os cômodos possíveis. Vim acompanhando o que acontecia naquele orfanato e por Deus, que homem asqueroso, não sabia quem era pior, ele ou o pai.
Encaminhei as gravações para Alessandro, ele mandou para o órgão judicial que cuida do caso, ainda não tivemos nenhum retorno, e por ser fim de ano é capaz de demorar mais do que o normal.
Só rezo a Deus que cuide da minha menina, e que aquele nojento não toque em um fio de cabelo dela, se não eu sou capaz de perder meu réu primário.
- Elisa?- Sinto uma mão em minha perna esquerda.
Olho para o lado e vejo Leonardo me analisar com semblante preocupado.
- Sim?- Volto a realidade.
- Está tudo bem? Voi parece meio aérea- Comentou analítico.
- Só estava pensando em algumas coisas- Respondo ajeitando Violetta em meu braços.
Ele assente e se ajeita em sua cadeira.
Ninguém percebeu nossa conversa, então o clima natalino e animado continuava o mesmo. Apenas tentei me distrair brincando com as crianças e enchendo o saco de Matteo.
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Mais que uma babá
RomanceElisa Rossi é uma jovem órfã de pai e mãe, que nasceu em Roma na Itália, e viveu em um orfanato até seus 16 anos, quando foi adotada por uma das monitoras do orfanato "Angeli di Santa Lucia" . A mulher de 26 anos é Psicóloga infantil. Se formou a p...