Cansada eu subo para meu quarto. Meu chefe e eu achamos melhor conversar com Lorenzo amanhã, ele colocará o filho para dormir e eu terei o resto da noite livre.
Tomo um banho longo e coloco o pijama mais confortável que eu tenho, vulgo o mais velho e surrado.
Será que todo mundo tem um desses?
Sento na cama com os meus pensamentos rondando em Lorenzo e na conversa do jantar.
Sem saber como conversar com ele, o que fazer, o que falar e como resolver isso, eu ligo para a única pessoa que me entende e pode me ajudar.
Ligação on
- Mamma?- Pergunto assim que atende.
- Elisa? Está tudo bem?- Pergunta preocupada.
Não sei se era uma mágica dela ou das mães, mas minha Madre sabe quando eu estou ou não bem sem eu falar nada.
- Mamma, preciso da sua ajuda, estou tão confusa- Suspiro cansada.
- Conte-me o que aconteceu desde o início- Pede com voz calma.
Faço que pede e conto-lhe tudo, desde o infeliz acontecimento com Chiara até a conversa no jantar.
- Aí querida, nem imagino a bagunça que deve estar sua cabeça, quem dirá a dessas crianças- Diz triste.
Minha mamma é uma fiel defensora das crianças.
- Non sei o que fazer mamma! Amo muito essas crianças, mas sou somente uma babá. Lorenzo ficou feliz por achar que io me casaria com o pai dele e ficou extremamente triste quando soube que era mentira...talvez seja coisa da minha cabeça, mas acho...acho que Lorenzo está me vendo como, er...-
- Uma Madre?- Pergunta com o mesmo raciocínio que eu- Querida, sei que é mais inteligente do que isso, está claro que Lorenzo quer ter voi como mãe, mas a situação non é tão fácil porém também non é difícil-
- Como resolvo isso? Non quero machucar ele- Falo segurando as lágrimas na hipótese de ir embora e ter que os deixá-lo.
- Acalme-se Elisa- Fala acolhedora- Primeiro de tudo, como se sente em relação á esses crianças?- Pergunta.
- Eu amo eles mamma, amo muito e só de pensar um dia em ir embora e deixá-los...- Suspiro- Meus sentimentos por essas crianças está extrapolando os maiores limites de uma babá-
- Voi os vê como filhos, já criou laços fortes em pouco tempo- Não consigo negar quanto a essa fala- E está tudo bem Elisa, non pode se culpar por isso, ninguém manda nos sentimentos e muito menos na intensidade deles- Fala acolhedora.
- E o que eu devo fazer?!- Pergunto desesperada- Ele non pode me ver como mamma e não posso vê-lo como filho- Declaro triste.
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Mais que uma babá
RomanceElisa Rossi é uma jovem órfã de pai e mãe, que nasceu em Roma na Itália, e viveu em um orfanato até seus 16 anos, quando foi adotada por uma das monitoras do orfanato "Angeli di Santa Lucia" . A mulher de 26 anos é Psicóloga infantil. Se formou a p...