- Enzo, voi sente falta de ter uma madre?- Pergunto o encarando.
- Um pouco- Suspira pesadamente- Meus colegas tem uma madre, a Chiara também. Eu queria ter uma mamma pra cuidar de mim e da minha sorella, que nem nos desenhos- Confessa brincando com os dedinhos da mão.
- E acha que seu papa precisa se casar para ter uma mamma?- Pergunto novamente o encarando.
Me olha confuso.
- E non precisa?- Pergunto com uma careta engraçada.
Riu de sua feição.
- Non piccolo...- Digo tirando alguns fio de cabelo que caem em seus olhos- Non sei se voi se lembra, mas io já comentei que morei em um orfanato.
- Sí, onde tem crianças que non tem papa e nem mamma-
- Exato...antes de io seu adotada pela minha madre io já a considerava como minha mamma, mesmo ela sendo uma monitora- Conto.
- Que?-
- A minha mamma era uma das cuidadora do orfanato, ela cuidava de mim e das outras crianças. Io amava muito ela, porque ela me tratava bem, io tinha um sentimento diferente por ela, pois io non tinha esse mesmo sentimento com outras monitoras, mesmo todas me tratando bem- Explico a ele- A questão Enzo, é que voi pode ter uma madre e ela non precisa ser casada com seu papa. Isso é uma questão de sentimentos. Se voi amar uma pessoa e vê ela como uma madre, non tem problema, ela pode ser sua mamma contanto que ela querira-
- Isso também pode acontecer de outro jeito, uma mulher amar uma criança como filho/a e ser uma mamma para aquela pessoa... um exemplo disso é a Sofia, a menininha que io vou adotar. Io cuidava dela assim como io cuido de voi e da Violetta, só que nós duas non tínhamos padre e madre e io era muita mais nova, porém isso non me impediu de amar ela como filha e nem ela de me ver como madre- Concluo torcendo para ele ter entediado.
Ele para e pensa um pouco.
- Então... io posso ter uma mamma sem que ela seja casada com o meu papa- Assinto o encarando- Ela também pode ser mamma da minha sorella?- Pergunta.
Acho fofo seu jeito de sempre se lembrar da irmãzinha
- Se a mulher quiser...pode-
- E se io já tiver uma mamma de coração, como eu faço pra ela querer ser minha madre?- Pergunta aflito.
- Se voi sente que ela é sua madre, voi pode perguntar se ela quer ser sua mamma- Digo sentindo minha mão transpirar por tamanho nervosismo.
Ele assente entendendo o que digo.
- E..er, lisa- Me chama gaguejando.
O encaro com o coração a mil esperando que prossiga.
Dá para ver o nervosismo nas ações do mesmo. Não sei qual dos dois está pior, eu ou ele.
- Voi...voi quer ser minha mamma? Minha e da Violetta?- Pergunta nervoso.
Sorrio para o mesmo sentindo meus olhos marejar.
- Claro que sí amore mio - Digo sorrindo para o mesmo.
Ele sorri surpreso e pula em meu colo me abraçando.
- Te amo Lorenzo, voi e sua sorell são meus filhos de coração desde que comecei a cuidar de vocês - Falo beijando sua cabeça.
- Te amo mamma- Diz entre soluços.
Não me aguento e choro com o mesmo o abraçando bem forte sentindo seu cheirinho único.
Depois de alguns minutos eu separo nosso abraço e coloco minha mão em seu rosto molhado e vermelho.
- Estamos juntos agora mio caro, jamais de deixarei ok? Conte sempre comigo. Irei cuidar de voi e da Violetta para sempre!- Digo beijando sua rostinho molhado como o meu.
Ele assente e agarra meu pescoço novamente.
Deus, nunca estive tão feliz. Me sinto livre por ter mostrado todo meu amor por eles e mais feliz ainda por tê-lo me chamado de mãe.
Céus! Não choro assim desde que Sofia me chamou de mama pela primeira vez.
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Mais que uma babá
RomanceElisa Rossi é uma jovem órfã de pai e mãe, que nasceu em Roma na Itália, e viveu em um orfanato até seus 16 anos, quando foi adotada por uma das monitoras do orfanato "Angeli di Santa Lucia" . A mulher de 26 anos é Psicóloga infantil. Se formou a p...