Depois de tomarmos sorvete nós nós reunimos com os irmão Bianchi e Antonella.
Decidimos juntos os próximos passos. Antonella e o senhor Bianchi iram fazer um boletim de ocorrência na delegacia contra o Jonathan e em seguida iram na escola falar com a diretora.
Será necessário levar Lorenzo e Chiara para a delegacia porque provavelmente vão pedir que eles contem o que passaram. Obviamente serão acompanhados pelos responsáveis e talvez por um psicólogo ou pessoa encarregada de lidas com crianças em depoimentos.
Antonella ficou o tempo todo perto de sua filha, estava muito protetora e isso é totalmente compreensível, tanto que deixamos elas a sós na sala de estar para conversarem e fomos para o escritório.
Meu chefe estada sentado em sua cadeira com seu irmão logo a frente, eu estava no sofá e Lorenzo ao meu lado.
Ninguém sabia o que falar, o clima estava tenso, nada confortável.
Fomos surpreendidos quando dona Emília entra pela porta com Violetta nos braços, minha menina chorava tanto que seu rosto estava vermelho.
- Desculpe entrar assim senhor, mas ela non para de chorar, ficou assim desde de manhã- Diz preocupada.
Me levanto rapidamente e pego minha pequena no colo, coloco sua cabeça em meu peito e começo a andar pela casa com a mesma.
Aos poucos Violetta vai se acalmando, seu choro cessa e ela apena resmunga. Seu olhos observando tudo ao redor, mas param quando encontra meu colar.
Ela pega o mesmo e começa a brincar.
- Scuca non ter dado atenção- Digo passando a mão em suas costas.
Quando vejo que está cem por cento calma eu volto ao escritório onde todos estão, incluindo Antonella e Chiara.
- Agora está mais calma- Comento olhando Violetta.
Todos nos encaram e fico sem entender o motivo.
- Voi foi rápida- Alessandro fala surpreso.
Dou de ombros e me sento aonde estava com a pequena em meus braços.
Violetta nota Lorenzo e sorrio para o mesmo. Ele se anima e passa a mão por seu rosto, acariciando a irmã.
Sorrio com a cena, é muito lindo o amor e carinho entre os dois.
[...]
Estávamos na escola, prontos para falar com a diretora.
Fomos na delegacia, abrimos um boletim de ocorrência e agora vamos falar com a diretora e buscar por justiça, pois é inaceitável que Jonathan continue cuidando das crianças.
- Lembre-se, independente do que acontecer pensem antes de agir- Aviso.
Os irmãos Bianchi são muito estressados e qualquer mãe no lugar de Antonella estaria tão furiosa quanto ela.
- Non prometo nada- Diz seco meu chefe.
Se fosse um desenho animado, estaria soltando fumaças pelos nariz e ouvidos.
Entramos na escola e o Senhor Bianchi são exigiu ver a diretora. Ele, Antonella, Alessandro e um policial foram falar com a mulher.
O policial foi enviado pelo delegado para caso ouvir problemas.
Fiquei com Lorenzo e Chiara sentados em uma sala de espera. Não é bom que as crianças estejam presentes nessa conversa.
Não sei o que vai dar essa conversa, mas espero que saía tudo bem.
Jonathan não pode ser preso por enquanto pois não teve flagrante e o pedido de prisão ainda não chegou até o juiz, mas pela seriedade do caso (ainda mais envolvendo um Bianchi), o juiz irá conceder a prisão preventiva daquele nojento e ele ficará preso até um julgamento.
Acredito que ele pegará uma pena maior que a normal, afinal, estamos falando da família Binachi no caso, uma das famílias mais respeitadas, ricas e conhecidas da Itália.
Mas sei que ele receberá uma boa punição, se não for da justiça será pela máfia italiana. Não é novidade que ela exista, as autoridades sabem deles mas não podem fazer muito a respeito.
A máfia Italiana tem informantes ou membros nos presídios, tanto que nos últimos anos homens e mulheres que mexem com criança, idosos e pessoas com deficiência são torturadas ou simplesmente somem do nada.
Fui criada em um orfanato onde as monitoras eram voluntárias de uma igreja simplisinha em Bolzano, ou seja, tivemos ensino religioso, o que pra mim foi ótimo, me ajudou muito nos dias que o fardo estava difícil de carregar, e por isso me sinto um pouco culpada por gostar da ideia de Jonathan sofrendo pelo que fez. É errado desejar seu mal, eu sei, porém é mais forte que eu.
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Mais que uma babá
RomanceElisa Rossi é uma jovem órfã de pai e mãe, que nasceu em Roma na Itália, e viveu em um orfanato até seus 16 anos, quando foi adotada por uma das monitoras do orfanato "Angeli di Santa Lucia" . A mulher de 26 anos é Psicóloga infantil. Se formou a p...