1 semana depois...
Nessa última semana as coisas ficaram meio... estranhas?
Violetta fez 5 meses, Lorenzo está mais quieto, os irmãos do meu chefe vivem aqui 24 horas e o senhor Bianchi anda mais presente, ou seja, está no meu pé o dia inteiro.
Mas essas mudanças não são tão ruins, apenas preciso me acostumar.
Termino de ninar Violetta e a coloco no berço. Saio de seu quarto com cuidado e desço para a sala.
A porta principal é aberta e Lorenzo passa por ela meio tristonho.
- Enzo? O que aconteceu?- Pergunto me abaixando e ficando do seu tamanho.
- Nada lisa- Diz baixinho sem encarar meu olhos, um claro sinal de mentira.
- Tudo bem querido, quando quiser falar io estarei aqui... tá bom?- O mesmo assenti e eu o puxo para um abraço.
Levo ele até seu quarto e o ajudo a tomar banho, quando ele se abaixa para pegar o sabonete que caiu no chão eu vejo um roxo enorme em sua costela.
- Enzo, voi se machucou na escola?- Pergunto preocupada.
Ele me encara tenso e nega com a cabeça.
Termino seu banho e o levo para almoçar. Enquanto ele come eu corro para o escritório de seu pai, antes que o mesmo vá até a cozinha.
Abro a porta sem bater e encontro o mesmo em pé me encarando.
- Senhorita Rossi, está tudo bem?- Pergunta me observando.
- Tenho que ter uma conversa séria com o senhor- Digo ajeitando a postura.
Ele arregala os olhos.
- Eu fiz algo errado?- Pergunta me encarando.
- Non, non, é sobre Lorenzo- Digo vendo sua expressão mudar.
Ele aponta para a cadeira enfrente a sua mesa e assim eu me sento nela, Leonardo faz um manejar com a cabeça indicando para eu continuar.
- Observei seu comportamento ao longo da semana, ele está meio estranho, come pouco, non brinca tanto e mal conversa comigo. Hoje ele chegou muito estranho da escola e na hora do banho io notei um roxo em seu costela e até ontem o machucado non estava lá... foi feito na escola- Falo o encarando.
Meu chefe tinha uma expressão dura no rosto, mostrando claramente a sua raiva e preocupação.
- Acha que foi alguma criança?- Pergunta com os ombros tensos.
Nego com a cabeça.
- O machucado era grande e a marca estava forte, nenhuma criança teria força o suficiente para aquela mancha roxa- Compartilho minha observação.
Me assusto quando meu chefe soca o vidro da janela repetidas vezes deixando vários buracos.
- CAZZO- Grita nervoso.
Rapidamente seguro seu braço o impedimento de continuar se machucando.
- Senhor Bianchi, sei que é uma situação horrível mas precisa manter a calma- Falo ainda observando o mesmo de costas.
Ele se vira pra mim e vejo seu olhos vermelhos assim como seu rosto, lágrimas extremamente grossas descem por sua face.
- Como me acalma Elisa? Meu filho fui machucado e eu só soube disso por voi, achei que ele estar quieto demais era normal, mas como ia saber? Se io nem cuido do meu próprio filho!- Diz se ajoelhando no chão e chorando mais - Io sou um péssimo papa- Sussurra baixinho.
Me abaixo ficando quase do seu tamanho e seguro seu rosto.
- Senhor Bianchi, voi é humano, cuida da maior empresa de alimentos do país, tem que cuidar de muitos assuntos e ainda tem dois filhos, é normal que deixe passar algo, afinal, non existe mãe ou pai perfeito- Falo encarando seus olhos castanhos- Precisa se acalmar para saber contornar a situação da melhor forma possível, vamos encontra um jeito para melhorar isso tudo mas agora voi precisa se acalmar e me deixar cuidar da sua mão que está muito ferida-
Ele assenti ainda encarando meu olhos, o ajudo a se levantar e se sentar no sofá que tinha no escritório.
Busco o kit de primeiro socorros e começo a limpar o sangue de sua mão, depois com água oxigenada eu limpo o machucado delicadamente com gases, passo uma pomada e faço o curativo.
A todo momento sinto seu olhar em mim, não sei por que ou como, mas seu olhar fazia todos os pelos do meu corpo de arrepiarem.
- Obrigada Elisa- Diz me encarando.
Olho para o mesmo e o pego olhando minha boca, disfarçadamente faço o mesmo com ele, mas logo me recomponho.
- Non há de que- Falo fechando o kit- O almoço está pronto. Vou pedir para uma das meninas da limpeza vir arrumar aqui- Digo saindo rapidamente de seu escritório.
Por que estou tão nervosa?!
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Mais que uma babá
RomanceElisa Rossi é uma jovem órfã de pai e mãe, que nasceu em Roma na Itália, e viveu em um orfanato até seus 16 anos, quando foi adotada por uma das monitoras do orfanato "Angeli di Santa Lucia" . A mulher de 26 anos é Psicóloga infantil. Se formou a p...