Capítulo 24

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1 semana depois...

Nessa última semana as coisas ficaram meio... estranhas?

Violetta fez 5 meses, Lorenzo está mais quieto, os irmãos do meu chefe vivem aqui 24 horas e o senhor Bianchi anda mais presente, ou seja, está no meu pé o dia inteiro.

Mas essas mudanças não são tão ruins, apenas preciso me acostumar.

Termino de ninar Violetta e a coloco no berço. Saio de seu quarto com cuidado e desço para a sala.

A porta principal é aberta e Lorenzo passa por ela meio tristonho.

- Enzo? O que aconteceu?- Pergunto me abaixando e ficando do seu tamanho.

- Nada lisa- Diz baixinho sem encarar meu olhos, um claro sinal de mentira.

- Tudo bem querido, quando quiser falar io estarei aqui... tá bom?- O mesmo assenti e eu o puxo para um abraço.

Levo ele até seu quarto e o ajudo a tomar banho, quando ele se abaixa para pegar o sabonete que caiu no chão eu  vejo um roxo enorme em sua costela.

- Enzo, voi se machucou na escola?- Pergunto preocupada.

Ele me encara tenso e nega com a cabeça.

Termino seu banho e o levo para almoçar. Enquanto ele come eu corro para o escritório de seu pai, antes que o mesmo vá até a cozinha.

Abro a porta sem bater e encontro o mesmo em pé me encarando.

- Senhorita Rossi, está tudo bem?- Pergunta me observando.

- Tenho que ter uma conversa séria com o senhor- Digo ajeitando a postura.

Ele arregala os olhos.

- Eu fiz algo errado?- Pergunta me encarando.

- Non, non, é sobre Lorenzo- Digo vendo sua expressão mudar.

Ele aponta para a cadeira enfrente a sua mesa e assim eu me sento nela, Leonardo faz um manejar com a cabeça indicando para eu continuar.

- Observei seu comportamento ao longo da semana, ele está meio estranho, come pouco, non brinca tanto e mal conversa comigo. Hoje ele chegou muito estranho da escola e na hora do banho io notei um roxo em seu costela e até ontem o machucado non estava lá... foi feito na escola- Falo o encarando.

Meu chefe tinha uma expressão dura no rosto, mostrando claramente a sua raiva e preocupação.

- Acha que foi alguma criança?- Pergunta com os ombros tensos.

Nego com a cabeça.

- O machucado era grande e a marca estava forte, nenhuma criança teria força o suficiente para aquela mancha roxa- Compartilho minha observação.

Me assusto quando meu chefe soca o vidro da janela repetidas vezes deixando vários buracos.

- CAZZO- Grita nervoso.

Rapidamente seguro seu braço o impedimento de continuar se machucando.

- Senhor Bianchi, sei que é uma situação horrível mas precisa manter a calma- Falo ainda observando o mesmo de costas.

Ele se vira pra mim e vejo seu olhos vermelhos assim como seu rosto, lágrimas extremamente grossas descem por sua face.

- Como me acalma Elisa? Meu filho fui machucado e eu só soube disso por voi,  achei que ele estar quieto demais era normal, mas como ia saber? Se io nem cuido do meu próprio filho!- Diz se ajoelhando no chão e chorando mais - Io sou um péssimo papa- Sussurra baixinho.

Me abaixo ficando quase do seu tamanho e seguro seu rosto.

- Senhor Bianchi, voi é humano, cuida da maior empresa de alimentos do país, tem que cuidar de muitos assuntos e ainda tem dois filhos, é normal que deixe passar algo, afinal, non existe mãe ou pai perfeito- Falo encarando seus olhos castanhos- Precisa se acalmar para saber contornar a situação da melhor forma possível, vamos encontra um jeito para melhorar isso tudo mas agora voi precisa se acalmar e me deixar cuidar da sua mão que está muito ferida-

Ele assenti ainda encarando meu olhos, o ajudo a se levantar e se sentar no sofá que tinha no escritório.

Busco o kit de primeiro socorros e começo a limpar o sangue de sua mão, depois com água oxigenada eu limpo o machucado delicadamente com gases, passo uma pomada e faço o curativo.

A todo momento sinto seu olhar em mim, não sei por que ou como, mas seu olhar fazia todos os pelos do meu corpo de arrepiarem.

- Obrigada Elisa- Diz me encarando.

Olho para o mesmo e o pego olhando minha boca, disfarçadamente faço o mesmo com ele, mas logo me recomponho.

- Non há de que- Falo fechando o kit- O almoço está pronto. Vou pedir para uma das meninas da limpeza vir arrumar aqui- Digo saindo rapidamente de seu escritório.

Por que estou tão nervosa?!

Mais que uma babáOnde histórias criam vida. Descubra agora