Capítulo 43

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Leonardo narrando

- Como pode deixar uma estranha ser madre dos seus filhos Leonardo?!- Praticamente grita Francesca.

Estávamos no escritório tendo uma caótica reunião familiar, depois que o clima pesou entre minha mãe e Elisa.

- Figlio, essa mulher é uma estranha. Como voi a deixa ser madre dos seus filhos, e pior, vocês nem estão juntos. Se a imprensa souber vai ser um escândalo- Imagina com as mãos na cabeça enquanto anda de um lado para o outro- Já pensou os sites de fofoca com " Leonardo Bianchi deixa babá ser mamma de seus filhos"...isso vai manchar a nossa imagem, a sua imagem- Aponta pra mim.

Estava respirando fundo para não surtar e dizer o que pode machucar.

Depois que eu saí de casa e casei, minha mãe tentava ser presente na minha vida para compensar o que ocorreu no passado, porém ela faz isso de maneira impulsiva. Ela acaba querendo mandar no que faço e deixo de fazer, palpitando em tudo e mais um pouco.

Francesca tinha dado um tempo por conta da alta demanda de seu trabalho em Milão, mas agora ela voltou com tudo...porém eu não vou ficar calado vendo ela mandar na minha vida, e ainda mais insultar a mãe dos meus filhos.

Volto a realidade quando a mesma aponta o dedo pra mim e diz:

- Voi tem que parar com essa bobagem com aquela babá, se casar e arrumar uma madre que preste para os meus netos-

Encaro seu olhos castanhos e vejo o quanto eles tinham mudado. Quando era mais novo eles tinham uma neblina escura que mostravam toda a sua dor e medo, mas agora eles estão como um mar revolto, agitado e nada silencioso.

Como a mesma vê que não respondo nada continua com a palestra.

- Por que non se casa com alguém de classe, a altura para carregar o sobrenome Bianchi...- Para para pensar- Eva, ela é uma moça jovem, linda, de boa famiglia e tem muito apreço pelas crianças- Dá a ideia.

Sinto meu sangue ferver quando cita esse nome.

Olho para Matteo e o mesmo encara a mulher a nossa frente com puro desgosto...talvez por falar o nome de Eva ou talvez por...

- Faça alguma coisa Giovanni!- Grita com meu padre - Vai deixar seu figlio colocar uma qualquer para cuidar dos seus netos? Aquela mulher non serve para ser uma Bianchi. Io me recuso a deixar isso acontecer!- Bate o pé voltando a me encarar furiosamente.

- Tudo isso por que ela non é da alta sociedade?- Pergunta Enrico com voz de desdém.

Era a primeira vez que vimos esse lado venenoso de nossa mãe. Pra mim ela era como uma mosca morta, com opiniões baseadas no achar do meu pai...mas vejo que me enganei, encontrei alguém pior que ele.

- Ela non é mulher para o seu fratello, muito menos para cuidar de Lorenzo e Violetta- Berra histérica.

- Dobre sua língua para falar da madre dos meus filhos- Digo em tom grave, finalmente me manifestando.

Ela Arregalou os olhos e depois me olha com horror.

- Como pode falar assim comigo? Io sou sua mam...

- Madre é que cuida non quem pare. Voi deixou de ser minha mamma a partir do momento que me renegou como figlio, que mesmo sendo uma esposa troféu non se importava em dar atenção a uma banbino, que prefiria ignorar a minha presença e deixar de cuidar de mim e dos meus fratellos para ir viajar e torrar o dinheiro dos Bianchi- Elevo minha voz.

Sinto os olhares masculinos em mim e não sei dizer se era de surpresa ou de dó.

- Voi non tem o direito de se nomear minha madre, por que nunca foi! Quem cuidou de mim, me deu carinho, atenção e amor non foi voi ou o seu marido, mas sim Emília, uma pessoa que non tinha responsabilidade nenhuma comigo e mesmo assim assumiu o papel de mamma- Aponto em seu dedo sentindo meu corpo tremer de raiva.

- Então non venha dar palpite na minha vida e na vida dos meus filhos, por que voi non tem direito ou moral para isso- Digo rudemente a encarando- E saiba que a mulher naquela sala, em meses foi mais madre do que voi foi em 28 anos. Então non me venha falar dela, por que io digo que aquela mulher foi a salvação da minha famiglia, e que sem ela io teria sido um padre pior que o meu e teria dado o desgosto aos meus filhos de ter uma madre igual a voi- Berro jogando tudo em sua cara.

- A partir de hoje voi está fora da minha vida, non te quero na minha casa, nem perto de mim ou dos meus filhos- Digo por final me dirigindo até a porta.

Antes de sair pelo mesma ouso Alessandro se pronunciar.

- Non adianta forçar uma presença materna na vida dele, e nem nas nossas. Non precisamos mais de voi, já estamos crescidos e agora nós mesmos nos defendemos, nós nos ajudamos, nos apoiamos e nos amamos...somos um para os outros e para nós mesmos o que vocês dois deixaram de ser, e a mulher que tanto julga é a mamma mais amorosa, paciente a carinhosa que io já vi-

Mais que uma babáOnde histórias criam vida. Descubra agora