Eu volto logo

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Antonio

Segurei sua mão enquanto eu dirigia e sentia ela fazer carinho. Ela levou minha mão até a sua boca e beijou.
Puxei a mão dela de volta e retribui o beijo.

An: eu sei que voce deve tá pensando mil coisas. Por que eu também tô. Mas eu quero te dizer antes de qualquer conversa que eu amo você.

Tirei a atenção da rua e olhei pra ela:

An: eu amo você. Tá?

Voltei a dirigir e a olhar pra frente, mas antes percebi que ela já estava emocionada e com os olhinhos brilhando.

An: e eu não quero ver você triste.

Am: eu também amo você. Muito. Tanto, taaaanto.

Ouvi ela disfarçar o choro. Não aguentei e chorei também.

Am: a gente vai chorar feito dois desgraçados, sapato kkkkkkkkkkk
An: amandinha kkkkkkkkkk voce não existe não.

Dei um selinho rápido nela, mesmo dirigindo. Ela seguiu fazendo carinho em mim.

Respirou fundo e começou a falar. Explicado e com a tranquilidade que só ela tem.

Am: eu não tinha ideia do que ia acontecer com a gente quando a gente se beijou a primeira vez. Eu me deixei levar. Mas eu só me permiti viver isso porque eu sabia que você era diferente. Você é diferente. Eu nunca me senti amada, protegida, cuidada como com você, Antônio. Você sabe disso. E o que sinto já é tão grande. Que eu não sei o que vai ser de mim longe. Eu não queria ter que ficar longe.

Sua voz embargou e eu deixei que ela desabafasse tudo, mesmo chorando. Eu também já chorava.

Am: mas eu sei que é necessário agora. É o seu trabalho. O seu propósito de vida. O seu sonho. É a sua casa. Você precisa voltar. E eu nunca me perdoaria se eu de alguma forma atrapalhasse isso.

An: eu sei disso. Eu preciso ir. Mas eu também tô muito mal de te deixar. Se eu pudesse eu te levava embora agora. Mas eu sei que você também precisa viver isso tudo aqui. E eu também nunca iria atrapalhar ou impedir a sua vida nova. Você tem muita coisa pra conquistar ainda, amandinha. E eu vou te aplaudir e te apoiar sempre. Mesmo longe. Eu sei que a gente não definiu nada ainda. Que é tudo muito novo pra você, mas... eu preciso saber se você me quer mesmo longe. Eu tô disposto a esperar por você todos os dias. Mas eu preciso saber o que você acha disso tudo.

Am: eu não quero ninguém que nao seja você, Antônio. Independente dessa distância. A gente não definiu nada e eu acho que a gente não precisa definir nada ainda.

An: eu sei. Ta tudo muito cedo. Eu não quero que a gente se pressione por causa da mídia ou nada disso...

Am: o Que importa é o que a gente sente. Eu ficar aqui te esperando. O tempo que for.

An: não quero te forçar. E eu quero que você seja o mais sincera possível se isso em algum momento mudar pra você.

Am: você acha o que, cara? Que vai se livrar de mim assim fácil? Não meeesmo.

Ela se esticou até me alcançar ensinar meu rosto e meu pescoço. Me virei deixando um selinho nela e rindo da carinha de sapeca que ela faz.

An: Amanda, eu sou ciumeeeento. Eu fico bravo, tá? Eu sou inseguro. Eu pego no pé... tem certeza?

Falei brincando enquanto ela me encarava fingindo estar brava.

Am: olha só... não vai aprontar nada que eu me viro aqui e entro naquele país sem visto pra te puxar pela camisa, hein?

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