Passagem pelo Brasil

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AMANDA

"Senhores passageiros, portas em automático"

Ouvi o aviso da cabine e me encostei no ombro dele. Senti ele segurar minha mão e levá-la até a sua boca, deixando um beijo carinhoso.

Am: tá com sono?
An: um pouquinho. Vamo dar uma relaxadinha?
Am: kkkkkkkk vamo, amor. Vamo.

Ele se ajeitou no banco e fechou os olhos. Continuei por ali pensando em como a gente tá bem, como tudo tá fluindo bem e como eu tô ansiosa pra, em fim, levar ele pra Curitiba.
É o casamento da Ana e nós somos os padrinhos. A gente vai chegar em cima da hora? Vai. Mas o que importa é que a gente vai estar lá.

Antônio conseguiu uma semaninha de folga dos treinos e a gente vai aproveitar pra, depois do casamento, ir ver nossos pais. Parece loucura cruzar o Brasil em só uma semana, mas vai dar certo.
No máximo 10 minutos foi o tempo que ele levou pra adormecer.
Sorri olhando ele dormir, segurando minha mão, boca entreaberta, o olho apertadinho.

"Aaah, sapato! Kkkkkkkk é lindo demais, meu amor"

Pensei alto, suspirando, tal qual uma mulher apaixonada. Isso que eu sou. Cada dia mais apaixonada por ele.

As coisas acontecem e eu tenho cada vez mais certeza que o nosso encontro já estava marcado. Coisa de alma, mesmo, sabe?

Com ele eu tenho uma sensação  de pertencimento. Como se eu tivesse vindo pra esse mundo pra encontra-lo, pra ser dele. É tudo intenso, forte, lindo, pleno.

Na última semana nós aproveitamos um pouquinho Las Vegas com nossos amigos e depois que todos eles voltaram pro Brasil, nós voltamos pra Boca Raton. A gente já vinha pro casamento, mas ele conseguir alguns dias a mais foi ótimo. Assim poderemos comemorar o nosso noivado com nossas mães e nossos irmãos.

...

Desembarcamos algumas horas depois no Rio de Janeiro. Já como forma de tentar fazer tudo em uma semana, Antônio resolveu que chegaríamos por aqui, assim teríamos o resto do dia e uma noite com Mário, Beta e as crianças.

Pegamos nossas malas e seguimos procurando por eles. De longe eu já via o Matheus e a Maricota super empolgados.
Mas o Mário tava estranho. Chorando?

Am: amor? Ele tá chorando?
An: ué?

Chegamos mais perto e sim, ele estava chorando.

Andou na nossa direção, abraçando forte o Antônio enquanto eu abraçava as crianças:

Maricota: amandiiiiinha!!
Am: maricooooota!! Que saudade. E você, hein cara? Da aqui um abração na Amandinha também?

"Amor, acabou!! Acabou, vida! Eu tô livre do processo"

Am: que? Como assim?
M: isso mesmo, Amandinha! Ele foi inocentado!

Eu só sabia chorar abraçada a ele. De alívio, de paz.

Am: eu sempre soube, vida. Eu te disse. Você é muito mais que qualquer opinião. Te amo. Te amo...
An: brigado por não soltar a minha mão, meu amor. Eu tô livre. Livre.

Chegamos na casa do Mário em êxtase com tudo aquilo. Ele ligava pros pais e eu pros meus. Choro, emoção e muita gratidão a Deus por tudo.

ANTONIO

Eu so chorava. Desde a hora que encontrei o dindinho no aeroporto. Liguei pra Dânia, falei com ela e a mãe dela ao lado da Amanda. Era o que faltava pra fechar esse ciclo.

Comemoramos com um jantar delicia em casa mesmo.
Mais tarde, crianças dormindo e aquele vinho de sempre pra nós quatro.

B: vocês estão brilhando, sabia?
An: muita coisa linda acontecendo, Beta.
Am: sim!! Eu tô muito feliz.
M: e esse casório aí? Já marcaram a data?
An: esse ano ainda.
Am: é? Nossa. Tava nem sabendo ainda
An: claro! Eu noivei pra que? Pra casar logo, amandinha.
B: kkkkkkkkkk prepara, Amandinha.
Am: aqui no Brasil, numa praia linda, a tardinha... que tal? Prepara a roupa de madrinha, Beta.
B: iiiih... isso é um convite?
An: claro! E a gente vai casar sem vocês no altar com a gente?
M: cê vai ficar linda, amor. A madrinha mais linda de todas.
Am: aaaah... que lindos...

Depois de um vinho, muita conversa boa e de matar a saudade deles, fomos dormir e descansar um pouquinho. Vai ser rápida a nossa passagem aqui com eles. Amanhã a tarde a gente segue pra Curitiba, mas só de estar aqui já valeu a pena.

No quarto, várias fotos nossas ainda.

Am: olha essas fotos, Antônio!
An: hehehehehe certeza que Maricota não deixa tirar daí. Olha essa do bebê aqui no meio da gente. Eu amo essa, amandinha.
Am: kkkkkkkkkkk um bebê lindo, né? Os nossos serão assim lindos
An: aaah que linda! Eu amo quando você fala assim do nosso futuro. Nosso casamento na praia, nossos filhos...
Am: bobo (beijo) eu quero tudo com você. Tudo.

Dormi agarradinho na minha noiva, com o coração cheio de paz e gratidão.
Só eu sei o quanto foi doloroso todo esse processo. Foi difícil, mas também de muito aprendizado e muita evolução.

"Que presente!"

Eu já tava feliz com a volta aos cages, feliz pelo nosso noivado e agora pra completar tudo veio essa notícia perfeita.

...

"Titiiiiio... eu posso entrar? Tia Amanda?"

Acordei com uma vozinha na porta seguida de "deixa eles dormirem, Matheus" da Beta.

Am: entra, meu amor!
An: hehehehe vem aqui, cara!

Puxei ele pra junto de nós e enchi ele de beijos. Joguei ele no meio da cama e nos abraçamos a ele. Entre cócegas e beijinhos começávamos o dia com o amor mais puro e verdadeiro do mundo.

Am: cadê a Maria?
M: ela já foi pra escola.
An: e você?
M: eu vou pro judô. Me ajuda a vestir meu kimono, titio?
An: claro que sim, campeão! Cadê? Vamo lá.

Levantei com ele no colo enquanto Amanda nos observava com os olhos brilhando.

Am: você vai ser um paizão, vida!
An: cê ta me iludindo demais falando de filho o tempo todo, tá?
Am: kkkkkkkkkkkk

Depois de ajudar o Matheus me juntei a Beta e Amandinha no café da manhã.

An: que milagre você tá em casa essa hora, Beta?
B: tô de folga hoje. Só tinha dois  pacientes e consegui remanejar pra receber vocês. Mário foi pro escritório só resolver umas coisas, mas volta rápido tbm. Vamo almoçar com a Luciana, tá? Já confirmei com ela

Completo. É assim que eu me sinto quando tô com meus irmãos. Eles me protegem, me cuidam, me mimam. Eles são a fonte de boa parte do amor que eu recebi na vida e eu sou muito grato por isso.

No fim da tarde, depois 24 horas intensas e de muito amor, embarcamos pra Curitiba. E eu já tô louco pra conhecer mais essa parte da vida da minha mulher.

🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢

Primeiro:
Tenho minha opinião sobre tanta coisa. E a minha opinião não vale de porra nenhuma. Sabe pq? Pq eu só sou fã. E eles é quem vivem a vida real.
Pra hoje eu só desejo que Deus abençoe e faça eles felizes. Se for do jeito que eu espero (felizes um com o outro) vai ser melhor ainda. Mas não posso fazer nada a respeito.

Segundo: "Iris, a fic continua?"
Claaaaaro! Bem linda, bem melosa, bem amorzinho. Pq já basta sofrer na vida real, aqui a gente fanfica e pronto!

E terceiro: se por acaso eu puder dar um conselho/dica/toque: foque em outras coisas, se divirta nas fics. A vida real tá chata pra caralho. Deixa que as coisas se resolvam. Fique em você e na parte boa de um fandon que é, sem dúvida, as amizades que a gente faz.

Quem quiser conversar, desabafar, tô aqui. E lá no tt tbm.

Beijoooooo e bora pro casório da Ana banana.
Que tal uma pitadinha de ciúme?

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