Confusao de sentimentos

403 30 12
                                    

ANTÔNIO

Os dias em Boca Raton estavam leves e divertidos com Dona Wilma ao meu lado. Conversamos muito. Me abri com ela várias vezes sobre o meu sentimento pela Amanda e sobre como as coisas tinham tomado um rumo diferente do que eu imaginava.

DW: filho, sabe quem tá aqui? No mesmo condomínio? A Mari. Eu chamei ela pra vir aqui. Pra gente jantar, tomar um vinho.
An: sem problemas, mãe. Tô indo pra academia e só volto de noite hoje. É bom que ela te faz companhia.

Sai de casa e deixei ela empolgada esperando a Mariana.

Mariana é uma amiga de longas datas. Já fomos quase um casal. Ela se aproximou muito da minha mãe, do dindinho e da beta. A gente não se vê já a algum tempo e hoje não rola mais nada entre a gente. Pelo menos era o que eu achava até voltar pra casa essa noite.

Cheguei e fui direto pro banho. A casa estava vazia e minha mãe estava no supermercado com ela. Logo voltariam, segundo as mensagens da dona Wilma.

Não demorou até que eu ouvisse as conversas e risadas delas.

An: chegaram? Oi, Mari...
M: oi, Juninho. Tudo bem?
DW: filho, Mari vai fazer uma massa pra gente. Comprei uns vinhos também... faça companhia a ela que eu vou tomar meu banho, tá? Mari, meu amor, fica a vontade.
M: brigada, Wilma. Fica tranquila. Eu tô a vontade já.

An: deixa eu te mostrar onde tem tudo aqui na cozinha...
M: e aí? Como é que você tá? Nunca mais nos falamos
An: tô bem... na mesma de sempre.
M: e a namorada? A famosa "amandinha, Tadeu"?
An: hehehehe... ela não é minha namorada, Mari.
M: ju... você não precisa de alguém que esconda você... sua mãe me contou que vocês se desentenderam... você precisa de uma mulher que ame você de verdade

Enquanto ela falava, seus passos em direção a mim entendiam o rumo daquela conversa.
Quanto mais ela se aproximava de mim, mais eu queria sair de perto.
Não sei... me intimidou, sabe?

Segurei nos pulsos dela quando já estávamos perto o suficiente e confesso que eu nem ouvia mais o que ela estava falando. Só entendi que naquele momento ela me agarraria ali na cozinha mesmo.

An: Mari... não. Não força nada.
M: você sabe que eu posso fazer você esquecer essa garota, não sabe? Eu sei como fazer isso, Júnior.

Senti sua boca tocar meu pescoço e me afastei mais uma vez.

An: Mari. Você é linda, gente boa pra caramba, mas não força nada assim... por favor. Eu tô de boa. Tá? Fica de boa também...
M: tá. Desculpa. Eu não queria te assustar.

Sai pra varanda e respirei fundo. Fechei os olhos e senti a brisa balançar meu cabelo.
Caralho. O que é que tá acontecendo? Eu preciso seguir a minha vida. Eu não posso deixar de viver por causa de uma pessoa que não me quer.
Eu amo a Amanda. E acho que nunca mais eu vou amar ninguém assim. Mas a vida precisa seguir.

Voltei pra cozinha e Mariana me olhou assustada.
Sem que ela falasse nada eu apenas me aproximei e segurei sua cintura com a força suficiente pra colar nossos corpos.
Com a outra mão segurei sua nuca e uni nossos lábios num beijo urgente e forte.

Senti sua mãos deslizarem nas minhas costas e ombros. Apertei ela contra o balcão e senti seu corpo se encaixar no meu. Ouvimos alguns passos no corredor e nos largamos.

M: nossa... eu... é...
An: xiiiiiiiii... não fala nada.

Fiz carinho no seu rosto e pisquei o olho pra ela.

DW: e aí? Como é que tá nosso jantar?
M: quase pronto. Vamo abrir o vinho? Abre pra gente, ju?
An: claro. Me dá aqui.

Enchi as tacas delas e me afastei ouvindo risadas e conversas.
Sentei novamente na varanda. Agora sem entender direito o que eu tinha feito. Olhei a tela do celular e uma mensagem da Anaju me deixou ainda mais confuso.

"Saudade de você já"

Não respondi. Apenas travei o celular e larguei ele na mesa de apoio que tinha ali.

...

M: é isso então... eu vou nessa.
An: quer que eu te acompanhe até a casa que você está?
M: não precisa. É aqui perto.
DW: melhor, Júnior. Não deixa ela ir sozinha não. Vai Mari. Ele te deixa lá.

Nos despedimos da minha mãe e fomos caminhando mesmo pelo condomínio. Em silêncio.

M: Juninho, o que foi aquilo na cozinha?
An: não sei hehehe... impulso, talvez.
M: saudade?
An: pode ser também? Você não gostou?
M: muito. Gostei muito. Você sabe do que eu gosto. Como eu gosto...
An: talvez eu precise lembrar...
M: é? Talvez eu refresque a sua memória...
An: tem alguém com você? Nessa casa...
M: não. Eu tô sozinha. Você pode entrar se quiser.

Chegamos e entramos. Nos agarrando, arrancando nossas roupas.
Urgente, forte, sensual.

Puxei ela pro meu colo e a fiz sentar no balcão da cozinha. Puxei as últimas peças de roupa que ainda cobriam seu corpo. Tirei meu short e cueca juntos.
Encaixei meu membro nela sem cerimônias. Forte e ritmado. Enquanto ela gemia de prazer e deitava sobre o mármore frio da bancada. Segurei seu pescoço enforcando ela de leve. Desci minhas mãos no vale dos seus seios e depois prendi seus mamilos entre os meus dedos.

Virei seu corpo de costas pra mim e me encaixei nela novamente.
De olhos fechados as imagens de misturavam na minha cabeça. Hora ela, hora Amanda.
Me concentrava pra tirar essas lembranças de mim, mas até a voz da Amanda eu conseguia ouvir. A saudade que tava de ouvir ela gemer e me chamar de amor me deixava excitado. De olhos fechados e com o pensamento longe, cheguei ao meu limite.

An: aaaaaah... Que delícia, amor.
M: aaaai, meu amor. Que saudade eu tava de voce.

A voz da Mariana me trouxe de volta e me assustou. Num pulo eu me afastei e me vesti.

An: eu tenho que ir.
M: mas... espera. Toma um banho comigo. Dorme aqui.
An: não, Mari. Desculpa. Eu preciso ir.

Ela me abraçou e deixou um selinho demorado nos meus lábios.

An: desculpa, tá? Você é linda. Não merece que eu saia assim... mas eu preciso ir.
M: tá. Não se preocupa. A gente se vê amanhã?
An: é... hum... pode ser.

Sai rápido e quanto mais eu andava mais me sentia culpado. Não pelo ato em si. Mas por ter pensado na Amanda o tempo inteiro. Corri pra casa, literalmente.
Entrei feito uma bala e fui direto pro banho.
Passei alguns instantes debaixo da água fria. Tentei relaxar.

Sai, tomei meu remédio e me joguei na minha cama.
Ao menos minha mãe já estava dormindo e não me encheria de perguntas sobre a Mariana.

Agora eu preciso me afastar disso tudo e por a minha cabeça no lugar.

🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢

Não me odeiem e confiem no processo.

Esse Antônio é gostoso até pegando outras, né?
🥵🥵🥵🥵🥵

Já já o amor reina. Calma...

Digna de ser Amada Onde histórias criam vida. Descubra agora