REVEILLON - parte 1

697 39 24
                                    

ANTÔNIO

3 horinhas de carro e chegamos a Praia de Maracaípe. O clima entre mim e a Amanda era o melhor possível. Carinho, xamego, dengo... uma dose de safadeza que a gente ama. Eu consigo encontrar tudo nela. Incrível como a gente se completa e se combina.

Chegamos na pousada e já seguimos pra deixar as nossas coisas no quarto. Lucas e Pamela chegam no final da tarde e até lá a gente já tem umas festinhas pra ir.

Depois de nos arrumarmos seguimos pra um dos locais da festa que antecedia ao show principal da noite.

L: aaaaah que lindos!

Lari corria na nossa direção não abraçando com carinho.

Am: amiiiiga!
L: vocês são tão lindos. Eu torci tanto pra ver vocês assim. Juntos e lindos e assumidos.
An: hehehehehe
Am: aah, amiga! Brigada por tudo. Por ter apoiado sempre.
An: meu amigo fred chega hoje, sabia?
L: não tenho naaaada a ver.
Am: sapaaato.
An: ué... só comentei. Ele tá solteiro. E você também.
L: para, sapato. Não vai acontecer nada.
An: tá se entregando, lari? Kkkkkkkkk claro que não vai. Só tô comentando.
L: kkkkkkkkkk paaaaara! Sei... sei...

Na festa, todos os olhares eram pra gente. Cumprimentando conhecidos e tiramos algumas fotos. Curtimos juntos e o clima era leve e descontraído.

Am: vou no banheiro com a lari (selinho) rapidinho, tá?
An: humrrum (selinho) cuidado, tá?
Am: segura aqui meu celular e minha bolsa.

Fiquei ao lado do bistrô que tinha ali, segurando as coisas dela e conversando com uns conhecidos que haviam por ali.

De longe avistei dois caras se aproximarem das meninas.
Amanda parecia apresentar eles a Larissa que cumprimentou educadamente os dois.
Amanda animada. Muito animada. Animada demais.
Sorrisos, abraços de lado, conversinhas muito engraçadas ao pé do ouvido.

Meu sangue fervia. Respirei fundo e tomei toda a água de uma garrafinha que estava na minha mão.

De longe eu ia ela voltar entre risos com a Larissa.

Chegou perto, de ponta de pé, me deu um selinho. Mal me movi.

Am: que foi?
An: nada.
Am: por que tá me olhando assim então?
An: nada, rapaz.

Arrumei o cabelo dela atrás da orelha e segurei seu queixo deixando um selinho.

Esfriei. Fiquei tenso. Com ciúme.
E só piorava ainda mais quando ela rebolava e dançava até o chão.

AMANDA

O Antonio ta estranho. De cara fechada, frio, tenso. Me aproximo e ele mal me beija. Continuei tentando me divertir e ficar o mais perto possível dele.

Am: que foi, amor? Tá bem? Tá sentindo alguma coisa?
An: não. Eu tô bem. Já te disse
Am: tem certeza? Então por que você esfriou assim?

Mal terminei a frase e senti ele me abraçar pela cintura e puxar meu corpo pra si.
Olhei pro lado e entendi do que se tratava.
Dois amigos de Curitiba que eu tinha encontrado na ida ao banheiro estavam se aproximando.
Fingi que não entendi e deixei ele me puxar.
Fiquei de ponta de pé mais uma vez e envolvi seu pescoço com meus braços. Ele me olhava sério, mas não soltava minha cintura por nada.
Encarei seus olhos séria também.
Me aproximei e beijei seus lábios intensamente.
Minha língua deslizava junto a dele. Sugava sensualmente seus lábios e raspava de leve minhas unhas na sua nuca. Senti seu corpo e responder arrepiado. As pontas dos seus dedos pressionavam as minhas costas.
Ao final do beijo mordisquei seu lábio inferior.
Abri os olhos e vi desejo nos olhos dele.

Digna de ser Amada Onde histórias criam vida. Descubra agora