ANTONIO
19:00 e eu já tô pronto. Nervoso, suando, cheio de espasmos. O motivo: vou pedir a Amanda em namoro. Hoje. Como manda o protocolo. Pedir aos pais dela. E eu acho que ela nem imagina que eu vou fazer isso hoje.
Alguns dias atrás mandei fazer dois anéis de prata com um nó e vou usar eles hoje pra fazer o pedido.
Sai do chalé e entrei em casa arrumado, chamando a atenção de Dica e de meu Pai.
D: vai sair, Juninho?
An: vou. Mas antes eu preciso falar com vocês dois.
A: fala, meu filho. Ta acontecendo alguma coisa?
An: tá, pai. Eu e a Amanda... a gente tá junto mais uma vez.
D: kkkkkkkkkkkk
A: eu sabia. Acertei. Falei pra você, Dica? Te falei que era ela? 4 pessoas a mais na ceia só podiam ser Emanuel, Regiane, Lucas e Amandinha.
D: que bom que vocês se acertaram, meu filho! Eu fico muito feliz e torço muito por vocês.
A: agora vê se assume logo isso tudo e fica com essa mulher de vez, Junior. Não perde tempo, filho. Vocês se amam. Me dê aqui um abraço, venha!
An: kkkkk Que bom que vocês gostaram da novidade, meu pai. Agora eu vou lá. A gente vai contar pra família dela hoje.
D: eles vão ficar tão felizes quanto nós. Você vai ver!!
A: vai lá. Curte esse amor de vocês. E cuidado na estrada. Não corre tanto, tá bom?
An: pode deixar. Eu amo vocês, tá?
D: a gente também te ama, meu amor.
Sai rindo feito uma criança. E quanto mais eu me aproximava da casa dela, mais meu coração acelerava.
Parei na porta do condomínio e ainda era cedo. Mandei mensagem avisando que cheguei e ela me respondeu dizendo que iria liberar minha entrada na portaria.
Adentrei ao condomínio e busquei por ela. Avistei de longe ela na porta de casa, cabelo solto, um vestido longo solto, mas que marcava seu corpo me deixando com mais saudade ainda.
O sorriso largo dela iluminou tudo quando eu parei o carro.
A caixinha dentro do bolso da minha bermuda parecia querer saltar a qualquer momento, mas eu saberia a hora certa de pega-la.
Desci do carro e ela pulou no meu colo.
An: que saudade, que saudade.
Am: eu tbm, meu amor. Chega doeeeeer...
Falávamos enquanto nos beijávamos e nos abraçávamos com urgência.
Encostei ela no carro e segurei seu rosto com as minhas mãos.
An: te amo, amandinha. Tanto. Tanto.
Am: eu também te amo, sapatiiinho. Muuuuito mais. (Selinho) mas agora vem. Vamo entrar. Antes que eles saiam pra ver onde eu estou.
De mãos dadas, entramos na varanda e de lá, pra sala da casa. Não era a primeira vez que eu entrava ali, já que viemos buscar uma mala pra ela dormir comigo na outra vez, mas agora tudo parecia ser diferente.
Am: eeeei... cadê todo mundo? Manhêê!! Paaai!! Lucaaaaas!!
Antes que um deles aparecesse, fui recepcionado por várias lambidas do Thor, que latia amigável por ali.
An: oi, amigão! Vem cá...
E: eu sabiiiiia que era você!! Me dá aqui um abraço, Sapato!! Bem vindo a nossa casa.
R: antooooonio... Amanda...
Dona Regiane abraçou a filha, enquanto seu Emanuel veio na minha direção. Logo ouvi a voz do Lucas e recebi um abraço tbm.
R: bem vindo, filho. Que bom que você está aqui com a gente.
An: eu tava com saudade da senhora, dona Regiane.
E: vamo entrando, sapato.
Sentamos na mesa da área externa, conversamos, rimos, petiscamos.
Seu Emanuel e Lucas tomavam uma cerveja, enquanto Amanda e dona Regiane tomavam vinho.
Eu estava colado na Amanda. Sempre segurando a mão dela ou fazendo algum carinho.
Vez ou outra nossos olhares se cruzavam e ela se aproximava mais um pouco de mim, me cheirando ou beijando meu rosto.
Am: Ce tá com fome, amor? Claro que tá, né?
An: comendo tanto assim? Tô nada.
Am: mas vamo jantar sim. Depôs a gente volta aqui fora.
"Pessoal, vamo jantar?"
L: nossa... sim. Vamo. Eu pensei que ninguém tava com fome como eu tô.
E: bora.
R: vamo. Ta tudo pronto já. Vem Antônio, entra. Fica a vontade, tá?
An: brigado, dona Regiane.
Sentamos a mesa lado a lado e eu sabia que a hora de pegar aquela caixinha estava chegando.
Jantamos num clima agradável, cheio de conversas e muito amor. A forma como a família da Amanda me acolhe me encanta.
R: deixa eu pegar a sobremesa...
An: espera, dona Regiane. Eu quero falar com vocês. Aproveitar que estamos aqui.
A Amanda me olhava sem
Entender nada e eu ria da cara de medo dela.
An: que foi? - falei baixinho arrumando uma mecha do cabelo dela.
Am: quer conversar com a gente?
Apenas sorri e comecei a falar.
An: seu Emanuel, dona Regiane, Lucas... primeiro eu preciso agradecer a vocês pelo carinho que vocês sempre me tratam. Eu realmente me sinto em casa quando estou com vocês e o que eu puder fazer pra retribuir esse carinho, farei. E Amandinha, eu preciso dizer que você foi o maior presente que eu recebi esse ano. Tudo valeu a pena. Você é uma mulher incrível, uma amiga extraordinária. A conexão que a gente tem é rara de se encontrar por aí. Nos últimos meses, quando a gente se afastou um pouquinho, eu tive a certeza que eu não funciono sem você. Eu não consigo. Você me completa, me faz uma pessoa melhor, me ensina, me encanta com esse sorriso lindo. Você tem tudo que eu preciso pra ser feliz. E aí... eu não posso deixar passar mais essa oportunidade na nossa vida.
Afastei a cadeira e fiquei de pé. Os olhos de Amanda brilhavam. Dona Regiane levava as mãos a boca emocionada. O Lucas já filmava tudo. E o seu Emanuel ficou de pé junto comigo como se me apoiasse e me encorajasse.
Coloquei a mão no bolso e retirei a caixinha vermelha aveludada.
An: eu não quero mais viver um dia sequer sem ser seu namorado. Sem ser oficialmente seu. Seu Emanuel, eu quero pedir a sua permissão e de dona Regiane, pra ser o namorado da Amanda. Amor, você quer namorar comigo?
🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢
Aaaaah!!! Chorem abraçadas comiiiiiiigo
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
