Dias se passando

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ANTONIO

Ter a Amanda comigo em qualquer lugar é perfeito. Mas aqui, na Bahia, na minha casa, tem um gostinho especial.
É como se eu sentisse que nós sempre estivemos ali. É como se nada antes tivesse importância.
Amanda tem cheiro de primeiro amor, tem gosto de primeiro beijo. Como se a vida tivesse me preparado pra conhecer e encontrar ela. E ser dela.

Desde ontem, quando ela chegou, a gente não saiu de casa ainda. Ficamos com meu pai, Dica e Vanda o tempo todo.
Inclusive eu já perdi Vanda pra ela. Ou ela pra Vanda? Não sei. Sei que o grude delas tá grande e eu babo vendo de longe elas rindo e conversando.

An: amandaaaa!
Am: oi, vida! Tô aqui.

Me aproximei da cozinha e ela tava de pé na pia, ao lado de Vanda, cortando alguns legumes e verduras. O cheiro do almoço já estava por todo canto.
Abracei seu corpo por trás e beijei seu pescoço, fazendo ela se arrepiar.

V: olha, ju. Já te vi feliz, mas assim como tu tá com Amandinha nunca vi não, viu? Fico até emocionada, sabia?
Am: oun kkkkkkk ele também me faz muito feliz, Vanda.
An: cê viu, Vanda? Minha cara de bobo apaixonado nessa menina.
V: cês precisam é casar e encher essa casa de criança. Lá na fazenda... um monte de criança pra gente cuidar, viu amandinha?
An: eu também acho, Vanda. Urgente. Um monte de filho.
Am: calmaê, gente. Um monte? Eu só topo se voce for morar com a gente, Vanda. Pra me ajudar a cuidar.
V: eita, Júnior... ó pra isso... como é que eu deixo Dica aqui, Amanda? Não posso. Não tenho como...

Entre conversas e muita comida a gente se divertia e construía boas histórias.
Foram 9 dias juntinhos, nos amando, passeando, nos curtindo. Nesse tempo, fomos pra Feira de Santana ver os pais dela e ficamos por lá duas noites.

Mas eu sabia que ela precisava voltar pra SP.

Am: aaaai, meu Deus, amor. Eu não consigo ficar tranquila sabendo que eu tenho que ir.
An: eu sei, vida. Eu sei. Só mais alguns dias. E eu corro lá pra te ver.
Am: te amo. Muito. Não demora não.
An: eu te amo! Não demoro. Prometo que não.

...

Dia 23 de janeiro eu desembarquei em SP pra passar 2 noites com ela. Pra comemorar nosso primeiro mês de namoro. Só pra matar a saudade e depois voltar pros treinos. Só porque eu não consigo ficar longe dela. Do cheiro dela. Da pele dela.
Jantarzinho, flores, presentinhos. E muito amor. Dormir coladinho com ela é a melhor coisa do mundo. Parece que eu reinicio com cada noite que passo com ela.
Depois da nossa comemoração eu corri pra Salvador e pros meus treinos com as baterias recarregadas.

É assim que eu vou precisar fazer agora. Me adaptar a essa distância que machuca demais, mas que é inevitável nesse momento. Vai chegar a nossa hora. A hora que a gente não vai mais se separar. Nunca mais.

AMANDA

Carnaval batendo na porta e eu com meu coração divido e apertadinho.
Vários convites de trabalho por esses dias, mas sem ele.
Saiu a data da luta e ele tá hiperfocado. Não tem carnaval pra ele esse ano.

An: amooooor... fica ai, trabalha e se der tempo você corre pra cá.
Am: eu tenho publi sábado, domingo e segunda. Terça eu vou pra Salvador e fico até sexta.
An: daqui a gente embarca na sexta pro rio. E domingo eu embarco pra casa.
Am: nem me fala... affff

Combinamos e assim fizemos.
Alguns dias longe dele e sobre todos os olhares curiosos dos fofoqueiros de plantão.
Mas, nesse momento, nada e nem ninguém vai atrapalhar a gente.
Trabalhei pra caralho e corri pra junto dele quando eu pude.
Só de pensar que a hora da despedida da gente tá chegando já me dá uma dor tão grande.

...

Am: amanhã, nessa mesma hora, você vai tá lá na sua casinha.
An: morrendo de saudade de você.
Am: e eu aqui do mesmo jeito. Mas vai dar certo, vida. No final vai tudo dar certo.
An: promete que não vai demorar pra ir?
Am: humrrum! Tudo que eu puder fazer pra adiantar aqui eu vou fazer.

Falei enquanto abraçava ele por trás, beijando suas costas ainda um pouco molhadas do banho em que ele acabou de sair.
A toalha envolvida na sua cintura e as gotas de água que escorriam nos seus cabelos eram o motivo do meu desejo.
Voltamos a pouco tempo da casa do Mário e da Beta. Estamos hospedados num hotel lindo e os últimos momentos aqui estão sendo de muito amor e muito grude.

Antônio virou de frente pra mim e segurou meu rosto com as duas mãos. Aproximou e colou nossas testas.
Fechei os olhos ao sentir seu nariz no meu. Eu não preciso olhar pra saber que ele também tem os olhos fechados. Apertei ainda mais sua cintura, me colando um pouco mais nele.

An: a gente vai ficar juntinho, amandinha. Daqui há pouco você tá lá comigo. De vez.
Am: não vejo a hora, vida. Não vejo a hora de ir embora de vez. Construir a nossa vida juntinhos lá fora... realizar os nossos sonhos.
An: construir a nossa família. Cuidar de você.
Am: eu amo muito você. Muito. Não esquece, tá? Quando tiver com muita saudade lembra da gente assim abraçadinho.
An: eu também amo você. Amo demais. Eu vou pensar na gente o tempo todo.

Uni nossos lábios devagar e senti nosso beijo se aprofundar.
Passava as unhas de leve pelas suas costas enquanto ele prendia meus cabelos entre os seus dedos.
Fiquei de ponta de pé e rocei meu corpo no dele. Senti ele abaixar um pouco e tentar encaixar nossos corpos, separados apenas pelas toalhas que estávamos envolvidos. 
Soltei sua cintura e tirei a toalha que estava presa acima dos meus seios.
Seus braços envolveram minha cintura e suas mãos grandes deslizavam nas minhas costas e na minha bunda.
Caminhamos em direção a qualquer parede próxima. Senti minhas costas encostarem numa superfície fria pelo ar condicionado. Tirei a toalha dele, jogando em qualquer lugar e mordi meu próprio lábio ao ver seu pau excitado e pronto pra mim.
Gemi baixinho quando ele tocou a minha barriga.

Antônio se abaixou o suficiente pra que nossas intimidades ficassem na mesma altura e me impulsionou pra cima, me forçando a tirar os pés de chão.
No ar. Flutuando. Escorada na parede e louca de tesão.
Ele me segurava firme enquanto esfregava seu pau em mim.

Am: aaaaaaah... ssssssssssss gostoso. Aaaaaaaaah, amor.
An: geme baixinho no meu ouvido.

Nossas peles arrepiadas. Corpos quentes. Pupilas dilatadas.
Que delícia de amor é esse que me deixa sempre louca por mais dele.

Senti ele me puxar ainda mais pra cima, me forçando a abraçar sua cintura com as minhas pernas.
Segurando seu membro, ele me masturbou e o posicionou na minha entrada.
Aos poucos me preencheu enquanto eu delirava de prazer e rebolava implorando por mais.

Ali, de pé, encostados na parede ele me fez gozar pela primeira vez naquela despedida.
Desci do seu colo com as pernas falhando e me segurando nele que sorria satisfeito.

Am: você vai acabar comigo ainda.
An: gosto de ouvir você falar isso. Heheheehhe
Am: gosta? -falei mordendo sua orelha e sentindo sua barba arranhar minha pele.
An: gosto. Mas gosto mais quando você fala outra coisa.
Am: é? O que, por exemplo?
An: gosto quando você me pede pra...
Am: me fode, Antônio. Forte! Me fode forte. (Beijo) adivinhei?
An: aaaaaah... gostosa.

Ele, literalmente, me jogou na cama. E caminhou lentamente na minha direção. Se masturbando e me olhando como um predador olha uma presa.
Eu não conseguia parar de me mexer e nem de tocar meu próprio corpo.

An: eu vou foder você. Forte. Duro. Do jeito que você me pediu.
Am: vem. Eu sou toda sua.
🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥

🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢🪢

Então é isso.
A partir daqui nada tem relação com o tempo cronológico. Só a luta dele.
Se tudo é criação da minha cabeça, agora é que vai ser mesmo.

Bora ver nosso casal construir um futuro lindo e cheio de amor.
Tá chegando ao fim, tá?

Espero que curtam!!

Beijo da autora.

Digna de ser Amada Onde histórias criam vida. Descubra agora