Natal 1

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ANTONIO

Acordei sentindo os beijos da minha namorada no meu peito e pescoço, juntos com uma voz dengosa dizendo "bom dia, sapatinho".
Sorri antes mesmo de abrir os olhos.
Abracei ela e girei rápido nosso corpos, encostando suas costas no colchão e tirando um gritinho e o sorriso mais lindo do mundo. Enchi ela de beijos por todas as pintinhas que eu amo.

"Bom dia, minha namorada linda"

Am: você ainda me mata de susto com essas viradas que você dá em mim, sabia garotinho?
An: hehehe boba.
Am: deixa eu levantar. Deixa eu ir preparar um café bem delícia pra gente. Minha mãe já deve estar preparando, na verdade...

...

O cheiro do café invadiu tudo quando abrimos a porta do quarto e saímos de lá ainda abraçados.

R: bom dia, meus amores.

De longe eu vi Amanda beijar e abraçar sua mãe.
Me aproximei e beijei as testas das duas.

An: bom dia, dona Regiane.

L: bom dia, família! Nossaaaaa café de novela, hein dona Regiane.
R: senta e aproveita pra comer, meu amor. Você saiu cedo? Não te vi levantar.
L: alguém precisa treinar nessa família, né? Cadê meu pai?
E: bom dia, filho. Bom dia, meu povo!

O clima tranquilo e amoroso deles me encanta. Sentamos todos à mesa e depois do café eu me despedi.

Já na porta, um último selinho e a promessa de nos ver amanhã. Seria a véspera de Natal e esperaria por ela com q família lá no haras.

Hoje dindinho e beta chegam com as crianças e eu preciso correr pra esperar por eles.

Am: cuidado na estrada, tá? Me avisa quando chegar?
An: humrrum. Aviso sim. Te amo.
Am: eu amo maaaaais...

Segui pra casa com o coração leve e tranquilo.
Parei meu carro e segui em direção a sede da fazenda encontrando Dica orientando as cozinheiras sobre o almoço e as guloseimas que as crianças amam.

Abracei ela por trás e beijei sua cabeça.

An: bom dia!
D: bom dia, Juninho. Deu certo? Tudo certo?

Mostrei meu dedo com o anel de compromisso e ela sorriu.

D: você tá radiante, meu filho! Brilhando. Meu coração fica cheio de paz te vendo assim feliz.
An: brigado, dica! Cadê meu pai?
D: Deve tá chegando aí a qualquer momento com Mário, Beta e as crianças.
An: vou tomar um banho então... já volto.

Já no meu chalé, deitado na cama, sem camisa, o bom é velho stories de bom dia.
O braço cruzado na testa e o dedo anelar a mostra. O nó do anel girou um pouco e não ficou tão evidente.

O boomerang já estava estampado no TT minutos depois.
Vários prints comparavam meu anel ao da Amanda.
Algumas pessoas logo perceberam se tratar do mesmo.
Outras juravam que era totalmente diferente.
E a investigação pra descobrir qual grupo nos presenteou com aquela peça continuava.

Eu ria das suposições. E me estressava também com algumas fãs dela que insistiam em dizer que eu "usei o anel só pra insinuar que estava com ela". "Está se aproveitando dela mais uma vez." "Se ele atrapalhar esse novo relacionamento dela eu juro que bato nele"

Os absurdos que eu tinha que ler.

Por que é tão mais fácil insinuar que temos outras pessoas? Por que nós colocar como pedaços de carne? Como desesperados por sexo ou por nos relacionarmos com qualquer um? Por que é tão difícil pra algumas pessoa admitir que nós somos adultos, responsáveis pelas nossas escolhas e tá tudo certo? A gente só quer viver. Em paz.

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