Sinais do amor [ EM PAUSA ]

CAPÍTULO 08

Cheguei na academia do Jeff, que tá mais pra galpão enorme, Eli estava do meu lado falando como eu levaria uma surra do ex lutador enorme que já estava me olhando de onde ele estava.

— Você está completamente ferrado. - Eli parecia mais emocionado do que qualquer outra coisa.

Eu já fui pro ringue o suficiente pra saber que Jeff raramente usava a força dele, mas Eli e os garotos mais novos acreditam que sim, isso faz eles ficarem na linha.

— Ele vai fazer você de pinhata. - Continua Eli. — Você sabia que ele foi o campeão?

— Você é muito motivador. - murmuro, antes mesmo de eu chegar no meu armário, Jeff se aproxima.

— Pro ringue. - é a única coisa que diz antes de ir em direção às cordas, gemi, tombando a cabeça no armário, vejo Eli querendo abrir a boca, mas logo o calo jogando minha luva na cara dele.

— Quantos anos você tem, hein? - reclama, mas eu ignoro, tirando minha calça moletom e minha camisa, eu já estava com o calção mesmo.

Eli me ajuda a por as luvas e antes mesmo de eu estar pronto, todo mundo que estava treinando estava em volta do ringue, toda vez que isso acontecia era um evento.

Respiro fundo, estufei o peito e quase me sinto subindo em um ringue de verdade, no máximo eu fui em outras academias com o Jeff pra pequenos torneios.

Meu peito nu subia e descia numa respiração pesada e é como se todos em volta ficassem calados, agora era só eu o Jeff.

Eu sabia que ele estava me usando como exemplo para os novatos, que não dão a mínima e só querem parecer legais lá fora.

— A mãe dele me ligou. - Jeff se aproximou. — Falou que o amigo adulto agressivo do filho dela foi lá a ameaçar.

O homem parecia bravo, mas o conhecia o suficiente pra saber que não.

— Ameaçar não, foi um aviso. - o provoco, batendo minhas luvas com as deles. 

Jeff balança a cabeça a cabeça negativamente com um pequeno sorriso que logo sai, nos cumprimentamos formalmente e isso significava que era a hora de lutar.

Minha respiração fica mais dura, assim como minha postura.

— Espero que você não seja mole que nem das outras vezes, seu velhote. - o provoco.

Jeff vem pra cima com um soco que eu esquivo, dando um certeiro na cintura dele e conseguindo ir para trás dele.

Ouço o pessoal do lado de fora surpresos, Jeff vira pra mim com um sorriso nada amigável, avançando com um chute que acerta em cheio minha lateral.

Puta que pariu, o velho ainda é bom.

Avanço sem dar tempo pra ele, um golpe atrás do outro no abdômen, já que Jeff priorizava defender o rosto.