CAPÍTULO 04

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8 anos atrás

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8 anos atrás...

  Thomas, estava olhando fixamente o chão o tempo todo, isso me irritava, não conseguia ler os lábios dele assim, mas não é como se ele estivesse falando algo também, o que me irritava ainda mais.

O cutuquei, sentada ao lado dele na escada de sua varanda, notando a marca roxa na bochecha dele. Respiro fundo, pegando meu cardeno para fazer ele me entender.

" O que aconteceu com seu rosto?"

Pergunto, colocando o caderno em cima das pernas dele, já que ele me ignorou. Thomas lê e dá de ombros, eu queria que ele falasse comigo.

Solto um suspiro triste, pegando meu caderno, colocando sobre minhas pernas. Então ficamos assim, sentados lado a lado, sem falar nada.

Até ele tocar minhas pernas, chamando minha atenção, fazendo o sinal que o ensinei pra ele falar na minha frente, assim consigo entender melhor os lábios dele.

— Meu pai fez isso.

Acho que eu já sabia, queria falar do braço dele pro meu pai, mas Thomas me fez prometer e agora tem isso.

— Mas eu estou bem. - ele diz antes de virar o rosto novamente, voltando a encarar o chão.

Suspiro mais uma vez, chamando a atenção dele.

— O que foi? - parece perguntar, então volto a escrever.

" Como você está? Você não quer mesmo que eu fale pro meu pai?"

— Não sei como eu estou e não quero que você fale. - as sobrancelhas dele se juntam e seus olhos pareciam com medo.

Apenas balanço a cabeça, concordando.

"Quer ver tv lá em casa?"

Ele sorri levemente, concordando antes de se levantar e me estender a mão. Os próximos dias foram parecidos, Thomas não falava muito, mas parecia me entender melhor.

Vimos filmes e desenhos com o papai e a mamãe, comíamos lanches e eu continuava ensinando ele a me entender.

Thomas já até sabia xingar com as mãos, o que me fazia rir já que todas as vezes que estávamos indo pra casa, ele fazia isso pra quem olhasse pra ele.

Ele era legal, o único que parecia querer me entender, era chato ir pra escola e não ter ninguém pra falar, exceto a Luna.

Então papai começou a fazer perguntas, perguntava sobre as marcas no braço e do roxo das bochechas, que agora era só um leve rosado.

Apenas falava que ele tinha dito que tinha caído, pensei que tudo estava bem, até ele me chamar pra conversar na sala, só eu e o papai.

Ele tinha meu caderno nas mãos, eu o encarei assustada.

" Quem é o cara mau que eu prenderia, filha?"

Ele pergunta em linguagem de sinais

" Não gosto que você minta pra mim, você sabe quem está fazendo isso com aquele garoto?"

Sinais do amor [ EM PAUSA ]Onde histórias criam vida. Descubra agora