CAPÍTULO 14

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Eu provavelmente estraguei a conversa com tanta melancolia, Crystal sorriu fraco na minha direção, eu gostava dessa sensação de que nada mudou depois de tanto tempo

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Eu provavelmente estraguei a conversa com tanta melancolia, Crystal sorriu fraco na minha direção, eu gostava dessa sensação de que nada mudou depois de tanto tempo.

— Eu preciso levar o Eli pra casa, quer ir? - perguntei, na esperança de parar antes que essa conversa fique mais emotiva. Ela me examinou por alguns segundos com uma das sombrancelhas levantadas como se soubesse o que eu estava fazendo.

"Adoraria"

Respondeu com um olhar compreensivo, meus ombros que eu nem sabia que estavam tensos relaxaram e eu apoiei minhas costas na cadeira, esse tipo de conversa não me atraía muito.

— Ele mora uns 15 minutos daqui, vou chamá-lo. - a aviso antes de me levantar, Crystal segue atrás de mim, meio próxima e o cheiro doce do perfume dela, invadiu meu nariz.

Eu poderia dizer que parecia flores, mas quando fui a floricultura pela primeira vez comprar flores pra minha mãe, cherei boa parte e todas elas pareciam uma variação de cheiro de grama.

Já Crystal parecia um cheiro forte de morango e baunilha, disso eu entendia mais, minha mãe gostava de fazer bolos com todo tipo de sabor.

Respiro fundo para ter um pouco mais desse cheiro antes de me aproximar do sofá, Eli logo me vê, entendendo que era para irmos.

Ele se levanta em silêncio , desliga a TV e pega a mochila jogada ao lado do sofá, e então sai na frente sem bater a porta.

Suspiro abrindo espaço para Crystal passar, mas antes de ir para fora ela me lança um sorriso encorajador.

Ter dezoito e ter que ser relativamente responsável por uma de doze não era uma coisa reconfortante as vezes.

Eli espera eu abrir o carro antes de entrar no banco de trás, em dias comuns ele sempre disputava o banco do passageiro, conseguia ganhar até do Jeff.

Abro a porta do carona para Crystal, que agradece antes de entrar e então eu entro. O garoto olhou pela janela o caminho todo.

Crystal parecia querer me consolar de alguma meneira, sempre me olhando com um olhar preocupado.

" Está tudo bem"

Digo por sinal a ela, assim que estacionei em frente a casa de Eliot, que sai batendo a porta do carro com força, eu precisei respirar fundo antes de sair atrás dele.

— Eliot. - o chamo em tom de advertência quando o vejo preste a fechar a porta da casa dele, o garoto me lança um olhar desafiador fechando um pouco mais a porta, no entanto logo a abre toda,  bufando. — A gente já faz isso a um tempo, porque hoje você está assim?

Perguntei me aproximando da entrada da casa dele, subindo a pequena escada. Eliot fica em silêncio por longos segundos até jogar a mochila em algum canto da sala dele e vir para o lado de fora, passando por mim e se sentando na escada.

Sinais do amor [ EM PAUSA ]Onde histórias criam vida. Descubra agora