Os dias passaram rápido e cada um conseguiu ser melhor que o outro, faltava só um dia para luta, Crystal estava sentada em um pequeno sofá que ficava no ginásio lendo o livro que eu a dei, enquanto isso, Jeff me dava as instruções finais para amanhã.
As coisas estavam indo tão bem que a todo momento sinto como se essas coisas boas fossem desmoronar sobre mim e eu não iria poder fazer nada para salvar, de novo.
Eu não quero mais perder nada e nem ninguém.
E se eu perdesse a luta? E se a Crystal percebesse que eu não sou tão bom assim? E se o que fiz pesar demais um dia? E o Eli, como poderei o fazer ficar sem correr perigo?
Eli continuava a mentir para ficar com a mãe e com a gente, mas essa semana Jeff conseguiu convencer a mãe dele a deixar o garoto dormir na casa dele e está tentando a convencer de passar a tutela, segundo Eliot, "ela não volta pra casa muitas vezes".
Os pesadelos continuavam me atormentando todas as noites, como se eu fosse ao inferno toda vez que dormia.
Mas tirando tudo isso, eu, Crystal e Eli fomos ao parque, o garoto não conseguia parar de sorrir e eu não conseguia parar de me apaixonar pela Crystal.
Nesse dia eu descobri que tinha medo de altura, ainda bem que ela estava ao meu lado. Até Luna foi uma coisa boa durante esses dias, ela deu um grande surto divertido quando descobriu sobre Crystal e eu.
E ontem eu tive que jantar com o senhor Leonard, foi como se nunca tivesse o conhecido, já que estava tão nervoso quanto a primeira vez.
Todos os dias aconteciam coisas boas e todos os dias sentia medo de perdê-las.
— O que foi, thom thom? - Jeff pergunta, trazendo minha atenção pra ele. — Está nervoso para o dia de amanhã?...ou para o baile?
— Com tudo. - respondi num suspiro. — Tenho medo de perder tudo de novo.
Desabafei olhando para as faixas nas minhas mãos, fingindo ver se estavam bem amarradas.
— É um risco a correr quando se escolhe ter essas partes boas da vida. - Jeff murmura, infelizmente ele também sabia como era perder, teve que se aposentar mais rápido que o normal e perdeu a mulher que parecia ser o amor da vida dele, já que escolheu nunca mais ter nenhuma outra. — Mas vale a pena filho, perder sabendo que teve o melhor pelo menos por um tempo, agora vai lá curtir seu fim de dia antes do campeonato, amanhã te busco as duas, o Eli vai pra minha casa hoje.
— Obrigado Jeff, de verdade. - agradeci sem jeito, acho que sem ele eu provavelmente estaria muito longe daqui, não teria o Eli e sem minha mãe, o que sobraria?
— Não fiz nada, você é que fez. - ele balança os ombros como se realmente acreditava no que dizia, mas estava sendo modesto.
— Só me convenceu a continuar vindo pagando frango frito. - brinco lembrando do passado.
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Sinais do amor [ EM PAUSA ]
Humor+17 [ EM PAUSA POR MOTIVOS PESSOAIS, MAS EU VOLTO <3 ] Ele não era amigável, tão pouco sociável, sua inocência foi quebrada antes do tempo, nada de Papai Noel ou um Super herói para salva-lo. Como ser alguém normal depois de tudo? Como acreditar em...